Depois do Chapi-Chapo que consumi em pequeno, e dos Teletubbies que o Maria mais velho também consumiu, tinha eu em crer que possuía anticorpos para qualquer série infantil.
Pois é mentira. Cada vez que vejo o Noddy, sobe-se-me uma irritação pela espinha acima, instala-se-me uma camada de nervos a toda a volta e incham-se-me as glândulas alérgicas, que só consigo acalmar desligando a televisão e espetando um pontapé no Noddy de peluche que está lá por casa.
O boneco, que até cheguei a considerar simpático, está cheio de brilhos e de animação por computador. Está mais parvo que nunca, e é insistentemente ingénuo. Não é nada ingénuo, ele é mas é parvo. É burro. Há anos que o boneco é enganado pelos vilões, e não há forma de aprender a não lhes dar ouvidos. E ouvidos e orelhas é coisa que não falta na porcaria da série. Por amor de Deus. O boneco do chapéu do guizo nada deve à inteligência, e ameaça transformar a geração dos meus filhos, não na geração rasca, mas na geração mosca morta. É muito triste.
Agora, quando começa um episódio, já cantamos todos em coro:
“Raios parta o Noddy, já não posso ouvir o Noddy ....”
A seguir, desligamos a televisão.
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