quarta-feira, outubro 01, 2014

Costa Concórdia

O último Domingo trouxe um novo líder para a oposição. Seguro sai na sequência da magra vitória do PS nas eleições europeias e como Seguro não é dado a pressas, levou mais que um trimestre para substituir um António por outro. Cá em casa também temos um António, insubstituível como é óbvio, embora os irmãos tenham momentos em que não se importavam de promover primárias cá em casa. Mas não é deste António que se trata o texto, antes do outro, o Costa que reúne uma significativa concórdia no aparelho, nas bases e nos simpatizantes. No mapa político, a alegria pela sua eleição para secretário geral do PS, não ultrapassa as fronteiras do partido, mas ao que parece (li hoje num jornal) na Índia, há um sentimento de orgulho e de alegria, pela eleição para secretário geral do PS do "Gandhi de Lisboa". O Hindustan Times - jornal Inglês da Ìndia - refere-se a António Costa como Gandhi de Lisboa, apontando a possibilidade deste fazer parte da lista de pessoas de origem indiana que podem ocupar lugares de topo na política de países estrangeiros. Eu já desconfiava que o António Costa tinha ascendência indiana, não sei, era o meu sexto sentido que me dizia, mas "Ganhdi de Lisboa" parece-me um tudo nada, o título de um filme português dos anos 50: "Os que mais gosto são a Aldeia da Roupa Branca, o Leão da Estrela e o Gandhi de Lisboa" Muito me estranha que esse argumento, do Gandhi de Lisboa, não tenha sido usado em campanha pelo Seguro. Via-se o cravo a ser roubado por um homem vestido com um lençol que depois interrompia a greve da fome, para fazer chamuças e devorá-las apressadamente olhando para as ruas de Lisboa cheias de barcos e de pessoas a serem arrastadas pelas cheias. O Seguro só não ganhou as eleições porque não foi suficientemente imaginativo no filme do cravo. Bem feita. Não tem pressa de nada, mas para fazer um filme que podia ser a chave destas eleições foi muito apressado. É o que dá a mania das pressas.