quarta-feira, abril 18, 2007

Must

Parabéns para este gadget_blog. Mesmo muito bom.
Por falar em parabéns, foi lá que encontrei a prenda para os meus 40 anos (Agosto deste ano).
Aqui estão algumas fotos de uma casa portátil para colocar nos terraços desse mundo fora. Caso tenham dúvidas onde o colocar em Agosto, sugiro Barcelona, São Francisco, Rio de Janeiro ou Tokio.




terça-feira, abril 17, 2007

América

O homem daquele país entrou na escola e matou indiscriminadamente, um outro homem desse mesmo país foi o primeiro a pisar o solo lunar, e o presidente ? é inevitável tratar-se de um personagem de ficção, entrou na escola e só passados muitos anos de ter entrado é que acabou por sair, e só passados muitos mais mandou matar indiscriminadamente, no Afeganistão, e no Iraque e ai do Irão, a China não. Um outro homem ainda do mesmo país, toca saxofone em New Orleans, esquecida a cheia e fica a ideia de quem não está connosco, contra nós está.
Num lado génio o cinema, a música, o Central Park, o MOMA’s, Coltrane, o Guggenheim, São Francisco, o Grand Canyon e os Amstrong - o Neil o Lance e Louis. No outro lado a hipócrita moral, a polícia do mundo, o Bush, o provincianismo, a estupidez, o cowboy, a limusine e a Condolisa.
Pasme-se a América é como todo o mundo, não se livra da existência de um hemisfério Norte e de um hemisfério Sul. E para piorar ainda tem um Bush.

quinta-feira, abril 12, 2007

SR ARQº PROF DR ENGº

Andam os jornais, de há quinze dias a esta parte, num frenesim paranóico sobre a licenciatura do primeiro ministro e a forma como esta foi obtida. Existe, ao que parece, a possibilidade do homem não ser engenheiro. Esta psicose sobre o título do homem, confere-nos o carácter provinciano que genericamente temos sobre títulos. Tendemos a dar importância ao facto de sermos doutores, engenheiros e arquitectos. Tique mesquinho de quem possui uma das maiores taxas de iliteracia da Europa. Neste contexto, tal como ouvi ontem na crónica da TSF de Pires de Lima, das heranças do estado novo, este provinciana afeição aos títulos, é aquela que o regime democrático tristemente cuida com maior simpatia e estima.
Vem-me à cabeça uma conversa entre uma empregada das berças e a sua jovem patroa:
- Minha senhora, quer que engome as camisas do Senhor Engenheiro ?
- Florinda, o meu marido é arquitecto, não é engenheiro.
- Eu bem sei minha senhora, mas como não consigo dizer essa coisa que ele é, chamo-lhe Senhor Engenheiro.
Ainda a propósito, quero crer que o facto de se ser engenheiro, pouco ou nada tem a ver com a qualidade ou falta dela, no que toca ao desempenho de certas funções, a de primeiro ministro incluída e a de engenheiro também – lembro-me de algumas obras de engenharia, de algumas intervenções de engenheiros mecânicos na minha viatura, de Entre-os-Rios, de engenheiros da NASA. Talvez a competência seja mesmo o mais importante.
Não desfazendo, há engenheiros que nos seus cursos, têm cadeiras chamadas “Betão I” e “Betão II”. Eu dificilmente confio em alguém que tenha passado algumas horas a estudar “Betão II”. Não sei porquê, mas não acho que seja um bom sinal. Há males que, a meu ver, vêm por bem, pode ser que o Sócrates não seja engenheiro, e que isso constitua a razão do seu aparente sucesso.
Se, por fim, se verificar a possibilidade, ínfima, de existir uma relação directa entre a competência e sucesso e a engenharia, deixo os meus votos que aquele engenheiro Fernando, o da Luz, o Santos, seja mesmo engenheiro. É que hoje à noite o Benfica joga, e pelos últimos resultados, quer-me cá parecer que também fez o último ano na Universidade Independente.

quarta-feira, abril 04, 2007

Essa mulher

Num repente, numa viagem que começou com o Chico, com o Milton, esbarro nas imagens de Elis. Essa mulher. Essa mulher outra vez a abalar-me as estruturas. O canto, a pessoa, as entrevistas nunca vistas, as palavras, a dureza, a insegurança, a emoção descontrolada. Não consigo explicar o que se passa quando vejo esta mulher. Um metro e cinquenta e três de gente (como a Ana), a viver no olho do furacão. Depois encontro uma outra mulher, nada deusa mais terrena, porém magnífica, a cantar-lhe uma das canções. Tinha ouvido dizê-la que jamais o faria por nada ter a acrescentar à genialidade de Elis. Pode ser que o tenha feito por amor.
Na cabine da toca do bandido, o estúdio onde normalmente grava, refugia-se como num ventre e explode assim, diferente, maravilhosa, terrena, ela própria, mas necessariamente filha da mãe.
Vê-se aqui