domingo, abril 18, 2010

Regressos







bQuase num acaso, no meio do meu facebook, descubro a minha prima a tornar-se amiga de um utilizador "Formigueiro Memórias". E memórias é o que não falta, quando se trata do colégio que tinha a forma de um castelo. Memórias de tantas coisas boas, dos recreios e das brincadeiras, de um armário de guloseimas, da sala de música, do cheiro da cantina, do elevador, das janelas às cores, da escada de pedra no recreio, dos banhos de mangueirada no regresso da praia, das festas de Natal, e das pessoas. Andámos lá tantos de então. Eu a minha irmã, e os meus primos, os Geadas também e os Cabanelas, e eis que o facebook, em tiques de máquina do tempo, nos leva de regresso à escola em forma de castelo, à terra dos sonhos.

quinta-feira, abril 15, 2010

Cuidados Intensivos

O Bruno Nogueira já atribui todos estes terramotos ao facto de Deus estar com Parkinson. Ora olhando para as cheias e enxurradas e trombas de água eu diria que também está com incontinência, e a julgar pelos vulcões na Islândia também sofre de flatulência.
Eu diria que o homem, digo, o Deus, está de rastos e até nem acho que tenha a ver com as barbaridades a que vai assistindo sobre a Igreja e a pedofilia.

terça-feira, abril 13, 2010

Sobressalto

Num sobressalto, como quem acorda no sonho da interminável queda. Ofegante, coração acelerado, a dez, a cem, a mil. Frio e calor em idênticas proporções. Assaltam-lhe as imagens como num trailler, planos curtos de cadência certa, o ritmo exacto de todas as cenas. Espectador da imensa ficção. E se é real? E a espera? É a espera que também o atormenta. E se num repente desespera? E se num outro sempre alcança? E se no filme se vê a si criança, se torna herói, se faz amante, se se transforma de aventureiro em foragido? Agora espera. Agora espera, o que é que espera? Espera lá, e se é um espelho? O que me espera? Respiro fundo, conto até três. Diz trinta e três, e que embrulhada, que trinta e um. E esta gente toda aqui à volta, não faz nada, não faz nenhum? Agora grito, agora deixo, agora bato, agora fujo e agora volto. Não há cansaço, não há tempo, não tenhas medo, deixa-te disso, reúne tropas, ganha energias, é tempo de carregar as baterias, há quanto tempo? Agora salto, agora avanço, agora super herói sem descanso, agora luto. Agora sim. Agora nós.

segunda-feira, abril 12, 2010

Descoberta Científica

A estadia na neve fez-me bem. E gases. Também me fez muitos gases. Os pacotes de batatas fritas comprados cá em baixo, quando chegam aos 2000 metros estão completamente insuflados. Receio que com os intestinos se passe um fenómeno em tudo idêntico.
Acho que descobri porque é que os monges tibetanos conseguem levitar. Têm a ver com uma gestão cuidadosa da flautelencia.