sexta-feira, outubro 29, 2004

Que fazer ...

... quando o jantar de despedida de um colega coincide com o dia em que fazes dez anos de namoro com a tua mulher? Foi esta a situação com que me deparei ontem.
Quarta Feira descobri a incómoda sobreposição de datas. Cheguei a casa e perguntei se podíamos adiar o jantar de Quinta para Sexta.
Ela "Mas temos algum jantar amanhã?"
Ele "Eu tenho dois. Um de despedida do Marco e outro contigo. Pode ficar para a Sexta?"
Ela "Mas porque é que temos um jantar?"
Foi a minha janela de oportunidade para marcar muitos pontos.
Ele "Fazemos dez anos de namoro."
Ela "Ai as hormonas que me atingiram o cérebro na zona datasqueasgajasnunmcaseesquecemequeosgajosraramenteselembram"
Ele (dramatizando) "Isto é inacreditável. Como é que te podes esquecer?"
Daí até à concessão para a troca dos jantares foi um pequeno passo.
Para que a coisa não desse para o torto tornava-se necessário assegurar alguns pontos durante o dia da efeméride. Fui eu que me lembrei de dar os parabéns pela manhã e fui a casa antes de ir para o jantar de despedida do colega. Disse-lhe que era para lhe dar algum apoio nos banhos, e nos jantares dos Marias, mas já sabia que ia levar umas flores. Meu dito meu feito.
Lá consegui chegar às 19:20 à florista. Chovia como nos filmes e a porta já estava fechada. A mulher demora tempo a abrir-me a porta, mas acaba por fazê-lo. Depois confessa que olhou bem para a minha cara e que tem medo, quando está sózinha na loja, de abrir a porta a qualquer um. Fiquei feliz de mesmo careca e a escorrer água, não ter cara de qualquer um. Comprei um arranjo campestre bem ao gosto da raínha e lá vou para casa. Não pára de chover e isso abona a meu favor. Tem mais impacto chegar a casa molhado com um ramo de flores na mão do que seco com um ramo de flores na mão. Mesmo à porta de casa, há um daqueles toldos de loja, que a chuva transforma num autêntico duche. Passo mesmo por baixo da água para ficar ensopado. Conquisto por fim aquele ar entre o romântico, o engraçado e o desgraçado. Toco à campaínha e lá me ponho de ramo estendido, a escorrer água com uma poça à minha volta e um sorriso aparvalhado
"Parabéns !!!"
Muitos pontos. Mesmo muitos pontos marcados.
Hoje vamos jantar para festejar o aniversário que eu jamais esqueceria.
A propósito disto não sei o que se passa hoje em dia com as mulheres, deixaram de ligar a estas lamechices das datas. São todas iguais, só pensam em sexo.

quarta-feira, outubro 27, 2004

Ah pois ando ...

desaparecido. Os dias passam mais depressa do que eu quero e a minha lista de coisas "a fazer" parece não ter fim. Enquanto resolvo um assunto chegam cinco novos para resolver. Vai daí desleixo-me na Caixa, vítima preferencial da indigestão de tempo. Enquanto isso, as coisas acontecem à mesma, à velocidade de sempre e normalmente a roçar o surrealismo. A democracia, a liberdade de imprensa, o futebol, as eleições nos Estados Unidos, as eleições nas Autónomas. A propósito destes temas, a Antena 1, transmite às sextas feiras um debate com alguns comentadores. Bom, mesmo muito bom. A seguir às sete da noite na boleia para o fim de semana.
Um dos comentadores desse programa, é o Luis Osório, director da Capital, o único jornal português a declarar oficialmente o apoio ao candidato democrata para as eleições nos EU.
O Luís Osório é pai de um colega do João Maria, tem algumas semlhanças com o professor pardal, parece-me, contudo, que é mais brilhante que o próprio professor Pardal. Pouco conheço do seu trabalho, mas sempre fiquei preso ao que diz e ao que escreve. Fez um livro e um documentário sobre a relação dele com o Pai que é portador de HIV, esteve a fazer um documentário numa instituição de internamento psiquiátrico (não vi mas ouvi-o falar sobre esse trabalho), e talvez por sugestão, a Capital tem-me parecido um jornal mais sério. Vejo-o com alguma frequência, mas nunca lhe disse da admiração que lhe tenho. Fica aqui declarada.

sexta-feira, outubro 22, 2004

Fazes três ...

Há um ano atrás escrevi-te sobre os teus dois anos.

"És pequeno, estás tão grande, és meigo, és bruto, és ainda tão bebé, és loiro, és um querido, és maluco, és insuportável, és meu, és independente, és obediente, és lindo, és esperto, és a alegria da casa, és amado, és feio, és doce, és malcriado, és uma ternura, tens boas maneiras, tens normalmente ranho no nariz, tens mau feitio, tens caracóis, tens pinta, tens a mania de nos deixar embevecidos, tens carinha larocas, tens o condão de nos levar ao desespero, tens cócó (?), tens tanta piada, tens um feitio que não existe, tens charme, tens mais olhos que barriga, fazes caretas, fazes birras, fazes as nossas delícias, fazes de conta que não ouves, fazes chorar o João, fazes rir, fazes trinta por uma linha, fazes-nos felizes, fazes chichi na fralda, fazes-nos num oito, fazes tudo o que te dá na bolha, fazes anos, fazes dois. Parabéns meu amor."

Já não fazes chichi na fralda, fazes três anos e de resto é tudo igual. O teu mau feitio faz parte do teu charme e provavelmente a culpa é minha.
Durante a cesariana o médico resolveu perguntar pelo resultado do Sporting, e eu disse-lhe que tinha empatado. O homem desconcentrou-se e mandou-te com o forcéps no sobrolho. Continuo convencido que o mau feitio vem desse pequeno incidente, e se soubesse o resultado talvez tivesse mentido ao médico. És um selva lindo e bem educado, ontem estreaste o "Deixa-me em paz". Isso não se diz a ninguém senhor Manel, muito menos ao Pai. Agradeces tudo, mesmo quando, a dormir, recebes o biberon. Mas tens que portar só um bocadinho melhor. Não podes atirar os animais à cabeça do irmão, um dia ainda lhe fazes um lenho na testa, ou partes um vidro da porta. E a história de não fazeres cócó na sanita também não se pode eternizar. Onde é que já se viu, estar dois dias sem fazer cócó só porque não te pomos uma fralda ? E essa desculpa que dás "Não faxo cócó na xanita puque xou maluco", não passa disso mesmo, duma desculpa esfarrapada. És um príncipe de caracóis louros lindo. Parabéns meu amor.

quarta-feira, outubro 20, 2004

Celebridade

A Carlota simpaticamente e embebida de amizade profunda a uma das assistentes, foi assistir às gravações do “123”. Concurso já apresentado por Carlos Cruz e agora apresentado por Teresa Guilherme, essa sim com fama de ter alguma preferência por homens muito mais novos que ela.
Ora as gravações do 123 são algo tão chato que é difícil explicar. O programa é enorme e não é em directo, o que dá direito a repetições e ensaios e sei lá mais o quê. Assistir a uma gravação do 123 é pior que assistir à transmissão na íntegra de um jogo de xadrez. É muito chato, são muitas horas e o estômago normalmente encontra-se vazio. Com a agravante de aquilo se perpetuar à medida que se aproxima do fim. Se os primeiros cartões demoram minutos a ser rejeitados, os últimos demoram séculos. Posto isto cabe-me aqui elogiar a paciência da Carlota, e atenção que a paciência não é propriamente a primeira qualidade que vem à cabeça quando me lembro da Carlota.
Posto isto, e merecidamente, durante a emissão do programa, a Carlota lá apareceu durante alguns momentos na televisão. Não se trata de uma estreia, mas sim de uma confirmação, já que a nossa estrela televisiva já tinha sido difundida com algum ênfase por alturas do início do “levanta-te e ri”. Acontece que esta reaparição da Carlota em tão ilustre meio me recordou a minha brilhante carreira televisiva. Além das normais aparições em programas como o 123 de Carlos Cruz e n’ “O passeio dos Alegres” do grande Júlio Isidro, eu tive o privilégio de aparecer em dois “70x7” uma delas de costas em contraluz e outra de joelhos a fazer o presépio com o João Maria, que na altura tinha dois anos e chamou cão ao burro (já nessa idade o rapaz era um génio).
Para além destes momentos televisivos também fui estrela em dois anúncios e numa noite eleitoral.
Disney - O meu primeiro papel Principal.
Um anúncio para a Câmara Municipal de Lisboa, uma lição de civismo para que se usassem as papeleiras da cidade e não se atirasse lixo para o chão. Três estrelas e eu sou uma delas. Infelizmente estava dentro do fato do Pato Donald e ninguém nunca me reconheceu na rua. Além disso, tive que vestir collants cor de laranja, andar com uma espécie de barbatanas e tinha um rabo do tamanho do pavilhão atlântico que rodava 180 graus cada vez que eu avançava com uma das barbatanas para a frente com a intenção de andar. Desse “dar ao rabo” toda a equipa de filmagem se lembra e ainda hoje me falam disso, cada vez que encontro alguém do meio.
Ciclista – O meu Segundo papel Principal.
Um anúncio para a Rexona, na altura Rexina por causa dos abusos nas rimas. Eu era o ciclista.. Bem, na realidade o ciclista era o Joaquim Agostinho e eu, por questões de cachet, só ia fazer planos em que não fosse essencial ser ele a aparecer. No fundo ia ser o duplo do Joaquim Agostinho. Na realidade eu nem cheguei a aparecer. Era necessário filmarem uma bancada a acompanhar o movimento de um ciclista, com toda a gente a virar a cara ao mesmo tempo quando o ciclista passasse. Eu era o ciclista, mas só filmaram a bancada onde estava a assistência Talvez algum assistente tivesse óculos e reflectido nas lentes se consiga ver que sou eu.. Foi uma pena.
Legislativas – O meu momento de glória
Aquando da derrota eleitoral de umas legislativas, fui alegremente com a Ana apoiar a família próxima do candidato derrotado. Eis que chega a altura das declarações do candidato a primeiro ministro derrotado e a família, para prestar apoio, lá foi até à sala onde o evento acontecia. Havia na sala um cantinho discreto para o efeito e lá decidimos que era o melhor local para assistir ao evento. Na minha boa educação deixo toda a família passar à frente e sou o último a percorrer aquele difícil trilho entre pessoas, cabos e repórteres para alcançar o desejado local de discrição. A meio do trajecto, entra o candidato, grande frenesim, as pessoas à minha volta sentam-se todas, o trilho desaparece, todos os familiares já estão no cantinho escolhido. Olho para a frente, e vejo que o candidato vai começar a falar. Olho para trás e vejo as câmaras a começarem a acender a luz de indicação de estarem no ar. Não consigo avançar, não consigo recuar. Os pés estão presos a milhares de cabos de televisão. Não me consigo mexer. Estou à frente de todas as televisões. Estou em directo. Chegaram finalmente os meus segundos de glória:
“Saia da frente se faz favor”
“Sente-se que o homem vai falar”
“Sai daí palhaço”
“Baixa-te ó careca”
“Querem lá ver que temos outro emplastro ????”.
Ainda hoje me comovo cada vez que me lembro daquela noite.

Esta é, resumidamente, a minha longa e invejável carreira televisiva, não contando com as câmaras de segurança espalhadas um pouco por todo o lado e as das montras da Singer.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Desvios

Cinza. È desta cor que traja o céu. Gosto da chuva de outono gosto de a ver ziguezaguear nos vidros. Sempre gostei. Aliás tenho um gosto parvo por exageros de chuva, de vento, de neve e de trovoadas. Não percebo, mas pelo-me por uma tempestade. Talvez porque em criança, estas coisas davam direito a umas baldas à escola. Lembro-me de um ventania, com caixotes de lixo a voar e árvores a cair, que deu direito a uma balda extra de dois dias à escola primária. As trovoadas na Beira Alta também quebravam os verões muito quentes e secos, ficávamos sem luz e havia uma agitação que me agradava. Um frenesim. um nervoso miudinho das velhas da aldeia e umas lembranças repentinas da Santa Bárbara, candeeiros a petróleo (Petromax. Seria Petromax o nome daquilo?) e muitas velas.
Vou tomar como certo que gosto destas coisas pela quebra da rotina. A alternativa é tratar-se de algum distúrbio do foro psiquiátrico . Não. É perfeitamente compreensível gostar de alguns exageros da natureza, mar a galgar a terra inclusive.

sexta-feira, outubro 15, 2004

Mensagem escrita

Recebi-a à pouco.
"Diz-me que não vais ao jogo no Domingo que eu compro-te muitos folhados". Os folhados da Aloma de Campo de Ourique são os melhores do mundo e a minha mãe sabe-o. Mandou-me a mensagem porque sabe que eu, caso tivesse intenção de ir ver o Benfica Porto, ia vacilar perante tal oferta. Já a salivar à conta dos folhados, lá a descansei sobre as minhas opções. Se houver jogo, vou vê-lo em casa.
A propósito desta confusão sobre o jogo, os adeptos, os bilhetes, as claques e a comparência do Porto, nem sei o que diga. Os que falta em civismo às claques, sobra em cretinice aos dirigentes. Cada dirigente merece as claques que o seu clube. A recíproca é verdadeira. A bem a bem, era obrigarem o Benfica-Porto e o Porto-Benfica a realizarem-se à porta fechada durante os próximos anos.

quinta-feira, outubro 14, 2004

Contas

Portugal Grécia 1 - 1
Portugal Rússia 2 - 0
Portugal Espanha 1 - 0
Portugal Inglaterra 2 - 2
Portugal Holanda 2 - 0
Portugal Grécia 0 - 1

Ora tudo somadinho dá 8 - 4. O resultado de ontem foi 7 - 1.
Quer dizer, ainda me dói pensar no dinheirinho que gastei no "follow my team", e os 27 000 que foram ontem a Alvalade pagaram úns vinte ou trinta euros para ver Portugal marcar menos um golo do que eu vi e sofrerem menos três. Ainda por cima saíram de lá de barriguinha cheia e todos felizes. Nada que se compare à azia com que saí da finale que ainda se faz sentir cada vez que penso no assunto.
Quero o meu dinheiro de volta. Sr Lopes se não se importa não se esqueça de me baixar o IRS se faz favor (se não se importa com se faz favor não me soa nada bem). Ó Lopes baixa a merda dos impostos, sua bicha ministrial.

terça-feira, outubro 12, 2004

Maioria Silenciadora

Pois claro que a melhor côr para um lápis é o azul. Fazendo-se valer desta máxima, o governo puxou uns cordelinhos e eis que o presidente da administração do grupo blogger me convidou para jantar e sugeriu que a Caixa de Costura se dedicasse apenas a temas como a Bimby, os Marias e as lamechices do costume. Sugeriu que me deixasse de críticas veladas ou explícitas à governação laranja, azul e amarela (nunca fomos governados por uma combinação de cores tão pirosa, quer dizer tão diversa, ou seja por tantas cores e das bonitas, quero dizer por uma combinação de cores tão perfeita).
Ontem o nosso primeiro veio anunciar boas novas ao país que tem sido massacrado nos últimos tempos, digo que tem passado por algumas aflições, melhor, que tem sido governado de forma consciente e realista, quer dizer, que tem vindo a ser governado de forma consistente, enfim que nunca foi tão bem governado em toda a sua história.
Ora o estupor do primeiro ministro, leia-se o desconcertante primeiro ministro, ou melhor, o brilhante primeiro ministro, veio dizer que o IRS vai baixar e as pensões vão subir. Anuncia isto ao povo antes de o fazer no parlamento e nada fala sobre o outro lado da moeda. E faz muito bem que o povo é que o elegeu e que se saiba, as moedas só têm um lado. E isso das taxas moderadoras nos hospitais, das contas poupança reforma não gozarem de benefícios fiscais, é tudo uma grande invenção desses mentirosos, ressabiados, bichas desses políticos do contra, da esquerda caviar, dos discípulos do professor Marcelo, quer dizer do assistente Marcelo, do licenciado Marcelo, enfim esse tal de Marcelo Castelo Branco que anda metido com a Cinha só para se vingar do nosso glorioso primeiro que andava com ela, mas ela trocou-o por um porco chamado pingo e agora reuniram-se todos numa cooperativa agrária e querem destruir o nosso sector primário e os latifúndios e ainda acabam por fazer a perigosa reforma agrária da "terra a quem a trabalha e os fascistas que comam palha".
Que país este.

quinta-feira, outubro 07, 2004

A Montanha a Maomé

ANTIPASTI
BRESAOLA(carne seca da "valtellina" temperada)
9,25 €
CAPONATA(legumes em agri doce(frio)
3,50 €
CAPRESE(mazzarella de bufala com tomate e manjerico)
7,00 €
CARPACCIO("filet mignon" crú temperado)
9,00 €
CARPACCIO DI SALMONE(salmão crú temperado)
9,00 €
MINESTRONE(sopa de legumes)
3,50 €

PRIMO PIATTO
FETTUCINE AI PORCINI(massa fresca com molho de "porcini")
9,00 €
LASAGNA
9,00 €
PENNE ALL ARRABIATTA(massa curta com tomate bacon e porcini "picante")
8,00 €
ROTOLO DI RICOTTA E SPINACI(torta de massa fresca com requeijão e espinafres)
8,00 €
SPAGHETTI AL POMODORO(spaghetti com molho de tomate e manjericão)
5,00 €
SPAGHETTI ALLA CARBONARA(esparguete com bacon,ovos e natas)
8,00 €
TAGLIOLINI AL GORGONZOLA(massa fresca com molho de gorgonzola)
9,00 €

PESCE
SPIGOLA IN GUAZZETTO(robalinho com tomate alho e salsa)
13,00 €

CARNE
CAPONETTI(couve lombarda recheada com carnes)
9,00 €
FEGATINI D'ANATRA AL MARSALA E POLENTA(figado de pato com marsala e polenta)
11,00 €
FILETO DI MANZO COM ZUCHINE E MOZZARELLA GRATINADO(bife do lombo com courgettes e mozzarella gratinado)
13,00 €
FILETTO AL GORGONZOLA(lombinhos de porco com queijo gorgonzola)
11,00 €
SALTIMBOCCA ALLA ROMANA(escalopes recheados com presunto e salvia)
10,00 €
STINCO AL FORNO(pernil no forno)
14,00 €

DOLCE
CROSTATA DE PRUGNE(tarte de ameixas)
3,00 €
PANNA COTTA(natas cozidas com mirtili)
3,50 €
TIRAMISU(doce tradicional com café e zabaione)
3,50 €
TORTA DI RICOTTA E NOCCIOLE(bolo de requeijão e avelãs)
3,00 €
TORTA GELADA
3,50 €



Este é o menú do Casanostra. Um dos melhores restaurantes de Lisboa. Além deste, outros menus de outros restaurantes disponíveis na página de "No Menu". Casa México, Solar dos Nunes, Vaskus entre outros.
A ideia é simples. Levar o restaurante a casa das pessoas em menos de uma hora e com uma taxa adicional de três euros sobre o preço.

Como será com o Vaskus? Será que servem a picanha volante do restaurante? De 5 em cinco minutos, o desgraçado do empregado entra-nos casa dentro com uma peça gigante de picanha e pergunta se queremos mais uma fatia? É que um terceiro andar sem elevador é um trabalho de Hércules.
E será que existe rodízio?

Entra o desgraçado com o espeto e pergunta "Coxa de frango e linguiça senhor ?"
"Obrigado, só a coxa de frango"
Dois minutos depois lá vem o triste com Cupim espetado
"Um pedacinho de cupim, senhor?"
"Sim obrigado"
Mais dois minutos, o homem com os bofes de fora
"Um pouco de maminha senhor?"
"Não maminha não, obrigado"
Finalmente o homem já a arrastar-se pelo chão
"Picanha senhor?"
"Sim, mas bem passada, essa está muito crua. E levante-se do chão homem, que me está a sujar o soalho"
Desta vez já é a picanha que arrasta o homem até ao terceiro andar
"A sua picanha bem passada"
"Ah muito obrigado. Sabe vou aceitar a maminha. Ainda estou aqui com um ratito"
"Sim senhor. Com certeza senhor."
Dois minutos depois
"Aqui tem a sua maminha senhor"
"Obrigado. E agora para acabar. Lembra-se daquela salsicha que voçê chamou de linguiça? Vou querer uma."
"Sim senhor. Volto já senhor"
O desfecho mais certo é o homem acabar por se suicidar com o espeto, no meio das escadas. Coitado.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Carvalhaschxe

não se recandidata ao lugra de secretário geral do PCP. A agitação no exterior do PCP há-de, por muitas, diversas boas e más razões, sempre ser maior do que a agitação no interior do partido da foice e do martelo e da estrela.
Há quem assobie na rua, nos elevadores, na paragem de autocarro, ou mesmo na casa de banho. Carlos Carvalhas assobia nos ésses e nos cês. O que nunca o prejudicou muito. Quando da escolha da sua vida, Carvalhas escolheu o comunismo deixando de parte o socialismo. É que ser socialista tem mais ésses e cês que ser comunista, e foi a taxa de assobianço que lhe determinou a escolha. Vejam a diferença:
- Camaradaschxe. Viva o comité schxentral do partido comunischxta.
- Camaradaschxe. Vivam os eschxtadoschx schxeraischx do partido schxoschxialischxta.
Na minha modestíssima opinião nada vai mudar. O PCP é um partido ortodoxo, fechado, e muito pouco dado a desvios de rumo. É assim que existe e é assim que continuará. Pode-se achar bem, pode-se achar mal, mas não se espere que de repente haja desvios às principais linhas orientadoras. É como a hierarquia da igreja. O Papa pode mudar todos os anos, podemos ver sucessivamente fumo branco em São Pedro, que o Vaticano nunca oscilará muito. Por muito boas que sejam as intenções, por muito louváveis que sejam os valores das respectivas bases, o topo da pirâmide não se agita muito com as mudanças. Quando apanhada em contramão, a Igreja produz fenómenos como a teologia da libertação, enquanto que o partido comunista produz Zitas Seabras. Neste ponto a Igreja leva uma tremenda vantagem. Não se inquietem portanto, que para além do secretário geral, pouca coisa há-de mudar no partido comunista.

sexta-feira, outubro 01, 2004

O que é que se passa?

O blogger parece que mal funciona. Os transportes aumentam hoje mas não em número ou em género. Aumentam de preço. Ando a dar formação. Já me esquecia que gosto de dar aulas. É bom trabalhar com tanta gente. Isto dve ser um gene vindo directamente do lado da mãe. Acaba já hoje, é pena.