sexta-feira, janeiro 30, 2004

Fim de semana
Já vou, já vou... Estou mesmo quase a chegar. Não te armes em parvo, nem amues, nem desates a chover como uma criança mimada.
Porquê?
Choveu como nos filmes. A propósito, ontem fui ao cinema ver o "Portugal SA". Para quem se lembra da simpática série "Os jornalistas" eu diria que, mais actor menos actor, o elenco é o mesmo e a qualidade ronda os 40% da série televisiva. Não tenho a mania de que "O que é nacional é mau", mas desta vez anda lá perto.
Por falar em cinema descobri um bom blog sobre a 7ª arte. Aqui está ele , e a entrada para a coluna da direita está assegurada.
Retomando o início do post. Choveu como nos filmes. Ao que parece, a chuva volta amanhã em abundância. Está bastante frio. Posto isto, digam-me se faz favor,

PORQUE É QUE NÃO NEVA ? PORQUÊ ?

.
A neve é simpática e está na moda e eu adoro ver nevar e as crianças de quase todas as idades também e acho merdoso que, dadas as condições, não se possa ter uma dúzia de cm's de neve para nos divertirmos.
Dúvida: Se nevasse, a descida das Amoreiras para o Marquês era uma pista azul, vermelha, ou preta? Se calhar era laranja.

quinta-feira, janeiro 29, 2004

Que artista de jazz eu seria?
John Coltrane
Voce seria John Coltrane (1926-1967). Apesar da
carreira (relativamente) curta, o saxofonista
John Coltrane impos-se entre as mais
importantes figuras do jazz, apoiado numa
militncia quase religiosa; desenvolveu o seu
estilo ao mesmo tempo que desbravou novos
caminhos para o jazz.


Que Artista de Jazz Seria Voce?
brought to you by Quizilla

Que honra caramba ....
O Sol
antes de se esconder atrás das nuvens ainda deu um ar de sua graça.
- Pai. Olha, o Sol está a pôr-se.
- Não João, o Sol acordou ainda há pouco, e está a levantar-se.
- Mas está cor de laranja.
- É sempre assim. Depois de acordar e mesmo antes de se deitar o sol está cor de laranja, o resto do tempo é amarelo.
- O cor de laranja é o pijama do Sol, não é?

quarta-feira, janeiro 28, 2004

Obrigadinho
1. À Tasca pela mesa reservada. Sai uma sandes de coirato e uma bejeca bem gelada
2. À ministra da justiça pelos serviços prestados para a reforma de todos nós.
3. Aos restantes 119999 que assinaram a petição pela realização de novo referendo sobre o aborto.
4. À Pensativa pela ideia do bolo. Desconfio que nesta casa e nos próximos dois meses, vai-se gastar mais dinheiro em massapão do que em fraldas e toalhetes. O resultado vai ser toda a colecção da Lancel, Longchamp e Louis Vuitton com recheios magníficos.
5. À S. do Pinheirinho por tudo o que fez e aturou ao Manel Maria que vai mudar de escola e destruir o equilibrio emocional a mais uma professora. Que Deus a proteja minha senhora, que o rapaz não é bom de assoar, mas é um dos mais lindos principes do mundo.
A televisão...
... anuncia Rita Lee. Nunca foi das minhas preferências, mas devo confessar que a maior parte das vezes soa bem. Baila comigo.

terça-feira, janeiro 27, 2004

Unhas
Que todos nós descendemos da classe baixa de um outro planeta, parece não haver dúvidas. Há muitos anos atrás, as chefias um planeta prestes a ser destruído, resolveu transferir toda a população para um outro planeta.
Para o efeito foram construídas várias naves, distribuidas pelas camadas sociais da respectiva população. Na base da pirâmide encontravam-se as manicures e os higienistas telefónicos (uns rapazes que andavam de cabine telefónica em cabine telefónica a limpar os auscultadores com um algodão ensopado em álcool). Ora duas dessas naves perderam-se das restantes e vieram aterrar num planeta desabitado que mais tarde se viria a chamar Terra (toda esta história é contada em promenor no Guia Galáctico do Pendura de Douglas Adams).
Sabendo isto, é com naturalidade que encaro os seguintes factos:
1. O ruído que mais odeio é o do corta unhas - isto explica muita coisa em mim.
2. O ruído que mais gosto é o dos frascos de verniz a bater nos anéis das manicures quando elas os rolam para aquecer ou misturar.

PEDAÇO DE MIM
(Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

segunda-feira, janeiro 26, 2004

Miklos Fehér
A morte é sempre difícil. Por vezes tão próxima de nós, que nos esmaga a alma. Outras, tão afastada, nem chega a beliscá-la. Chega disfarçada em números e estatísticas, e quase me esqueço que cada um daqueles dados é para alguém, a maior das perdas, a gigante dor.
Ontem a morte deu em directo, a vida a esgueirar-se no sorriso, no tombo, na chuva e no desespero dos outros. Suficiente próxima para nos perturbar, à distância segura para não fazer mossa. Como a um livre de meia distância, fiz-lhe uma barreira de um só homem. Ainda nem sei se foi golo.

domingo, janeiro 25, 2004

É a partir ...
... desta hora que se começa a dar pela presença da semana que se inicia. É como se estivesse alguém do lado de fora da porta, a fazer horas, para poder tocar à campaínha. O problema é que ninguém a convidou e para falar com franqueza, se chegar atrasada, eu até agradecia.

sexta-feira, janeiro 23, 2004

Passaporte
Já aqui falei dos regressos a casa, quase sempre na companhia da TSF. Quando os afazeres o permitem e a vontade de casa o determina, aponto-o para as sete e mais uma fracção de hora. No primeiro cruzamento, dou boleia ao "Pessoal e... Transmissível". Sempre gostei de ouvir conversas no rádio. As conversas do CVM são, regra geral, um passaporte para a alma de quem com ele conversa. O meu post de 10 de Janeiro "A prenda mais desejada" não é mais que frases soltas da viagem à alma da Maria Rita. A par desta, lembro-me sempre da conversa com um Homem que mergulha no caos deixado pelos tremores de terra, e encontra sobreviventes. Fazedor de milagres, falou do triângulo da vida, da Cidade do México e do 11 de Setembro. Lembro-me também da conversa com Mário de Carvalho, guerras, medos e uma menina presa em lama, cinzas e lava de vulcão.
No 100nada descubro um passaporte para a casa do senhor das conversas de encantar. Hoje dou-lhe a boleia do costume, apanho-o logo no primeiro cruzamento no sentido de quem regressa aos seus.
GREVE GERAL

quinta-feira, janeiro 22, 2004

O DNA
da Caixa de Costura é
.
A Blogotinha descobriu, e rodas não se reinventam. Obrigado.
Para descobrir o DNA de um qualquer site é favor seguir por aqui.
Apontamentos de outro mundo
1. NASA - (diário digital) "O site do Jet Propulsion Laboratory da NASA vai manter em aberto uma lista até 31 de Janeiro para que qualquer cibernauta possa incluir nela o seu nome que será gravado num CD que seguirá a bordo da sonda espacial «Deep Impact». A 4 de Julho de 2005, esta sonda vai lançar um projéctil de cobre, com cerca de 370 kg, contra a superfície do cometa «Temple 1», criando uma cratera do tamanho de um estádio de futebol. Quando o projéctil alcançar o cometa, a «Deep Impact» recolherá fotografias e dados que serão enviados para a Terra."
O CD ficará em bastante mau estado, mas tenho a certeza que, com alguma paciência, um qualquer extraterrestre o conseguirá recuperar. Eu vou por o meu nome nesse CD, e aproveito e espeto-lhe um link para a Caixa de Costura. Vão-se roer de inveja quando nos domínios dos visitantes aparecerem extensões do tipo ".mar" ou ".alfadecentaurus". O caminho para a conquista do espaço é por aqui

2. Folheei a Visão à hora de almoço e descobri uma frase muito semelhante a esta "Tenho dúvidas que se o Elton John tivesse nascido na Chamusca, conseguisse fazer uma carreira igual à minha em Portugal." O autor desta pérola é o grandioso José Cid. Curiosamente eu também tenho a mesma dúvida. E ainda tenho pelo menos mais duas ou três "Será que o José Cid conseguiria fazer a carreira do Elton John, se tivesse nascido em Inglaterra. " "Qual seria a música dedicada à Lady Di? Como o macaco gosta de banana eu gosto de ti?".
Chinesices
Os chineses entraram no ano do macaco. Para assinalar a data o google está assim.

Os portugueses há quase dois anos, entraram no ano do cherne. Desde essa altura, que muitos portugueses assinalam este longo período assim:

Alegrem-se. Pior seria se a Manuela Ferreira Leite fosse ministra das finanças ou se o Paulo Portas fosse ministro da defesa, ou se a inflação fosse superior aos aumentos salariais, ....

O Calvin ...
é como eu ...

um escritor conciso. Por falar em conciso, aqui vai o meu recado para todos os estomatologistas:
"Eu sou uma pessoa com sisos e assim pretendo continuar. ENTENDERAM ??????!!!!!"

quarta-feira, janeiro 21, 2004

Com as 8 ...
... horas quase à vista e a acompanhar-me as primeiras e ensonadas actividades do dia, a TSF transmite pequenas reportagens. Nesta semana tenho-as apanhado a todas.
1. O Salgueiros ia edificar um novo estádio de futebol. Ficou-se pelas escavações. O enorme buraco deu lugar a um lago de condições de higiene duvidosas, onde, por obra do acaso e de alguns esgotos que por ali passam, existem milhares de peixes de aquário cheios de anticorpos que lhes conferem invulgar resistência. Ora, onde há peixe, há pescaria e ao que parece, bem no centro urbano, existe uma autêntica multidão a pescar peixes cor de laranja (conheço um peixe cor de laranja, mas é um Cherne, não se deve dar por ali). Má sorte para as lojas de animais do Porto.
2. O metro de Lisboa tem um WC em cada estação. Pelo sim pelo não, o melhor é tê-los fechados, para evitar a respectiva manutenção. Bem vistas as coisas, uma casa de banho precisa de limpeza e segurança. Ide urinar e defecar aos cafés que o metro é para transportar a malta.
3. As empresas de mediação de crédito mal parado estão em período favorável, tendência inversamente proporcional à saúde financeira familiar e empresarial. Cheios de dinheiro e de bens inúteis. Uma máquina de fabricar rolhas de cortiça era o exemplo. O pior de tudo, cheios de histórias que quase sempre acabam mal, quando as responsabilidades e a capacidade para as assumir, andam tão afastadas.

segunda-feira, janeiro 19, 2004

Já para não falar ...
do frio de rachar que fez durante todo o santo dia, capaz de congelar o cérebro de qualquer um. Ora eu, que tenho rasgos de ininteligência, resolvi que, para além do agasalho de rua, uma camisa era mais que suficiente. Lá trabalhei o dia todo só de camisinha. Vou contar os pelos do peito para ver se o organismo se ajustou às condições adversas. Aproveito para descongelar as axilas.
Arranquei-me
da cama, bastante mais cedo que queria. Começar a semana a horas, ganhar o dia logo nos primeiros minutos, ir à frente de todas as coisas, fazê-las acontecer. Segunda circular entupida. Os kilómetros feitos metros, os segundos em minutos, intermináveis. Tudo ao contrário, que merda. Chego atrasado outra vez, corro atrás das coisas que chamam por mim. O dia todo assim. Aterrei agora e não tarda deito-me. Amanhã tento outra vez e raios me partam se vou por aquela estrada. É inexplicável a tendência que tenho para escolher o trajecto mais filho da mãe. Amanhã dou cabo de ti Murphy. Engraçadinho.

domingo, janeiro 18, 2004

Quarentena
A minha irmã é uns anos (não muitos) mais velha do que eu. Só não é a minha irmã mais velha, porque é a única. Isso explica o facto de toda a gente saber de quem estou a falar, quando falo d"a minha irmã". O facto de só ter uma poupa-me o trabalho de dizer "a minha irmã mais velha". Para equilibrar tenho uma trabalheira sempre que me perguntam o nome completo.
Dizia eu, que a moça é um pouco mais velha que eu. Isso garantiu-me algumas vantagens ao longo da infância e adolescência. À medida que as coisas lhe iam acontecendo, podia, com algum grau de certeza, prever quando é que me iam acontecer a mim. Estou a falar de, por exemplo, ter direito a ter chaves de casa ou andar sózinho de autocarro. Depois havia algumas coisas pelas quais ela passou, mas que eu consegui antecipar, à conta da boleia dela. Ir acampar ou a festas à noite ou obter o financiamento para tirar a carta de condução são um exemplo deste último grupo. Depois havia outras de sinal contrário, que a mim não me aconteram ou que não me foram permitidas ou concedidas, como receber um livro de educação sexual por ocasião da primeira menstruação, que nunca cheguei a ter. A propósito, esse livro fazia um tremendo sucesso sempre que levava os meus amigos lá a casa. Esse e a enciclopédia da vida - capítulo da sexualidade - com aquele casal tão simpático que ilustrava pelo menos 18 posições diferentes do coito.
(interrompo para dizer que me parece estar a ouvir o "sobe sobe balão sobe da Manuela Bravo". Que saudades dessa diva de caracóis)
Ora acontece que agora a coisa está grave. A minha irmã completa hoje 40 anos (isto até me custa a escrever). QUARENTA. O que eu queria pedir aos meus pais era se me podiam, de alguma forma, impedir de fazer essa coisa. Protejam-me disso sff, que ainda estão em muito boa idade de me proteger. Isto não quer dizer que não quero viver muitos e bons anos. Lagarto, lagarto, lagarto. Só não quero é passar dos trinta e tais que me agradam sobremaneira. Façam lá qualquer coisita. E DEPRESSSSSSSAAAAAAAAAAAA. Se, por uma fatalidade, fizer essa quantidade imoral de anos, em vez de ficar um quarentão fico de quarentena.
Para ti Maria querida, beijos imensos de parabéns.

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Acréscimos
à coluna da direita. ---> TODAS AS DIRECÇÕES
Só com som
Quebrar um pouco as regras. Vou aproveitar um mail recebido para contrariar o apagão cerebral. Este link tem graça. Surge uma boneca virtual e uns campos para preencher:
1. Escolhe-se a lingua e a personagem (para português só existe uma mulher)
2. Escreve-se uma frase
3. Clica-se e a boneca fala a frase escrita.
è um pouco mais elaborada que o costume porque consegue entoar, por exemplo, os pontos de interrogação.
Tudo isto aqui para quem tiver placa de som se divertir um pouco.
Sem assunto
o melhor é, tantas vezes, o silêncio. Como um curto circuito entre a cabeça do pescoço e a cabeça dos dedos. Os olhos mal vêm de tanta luz mas o calor do sol. Que conforto. Se entretanto não resover a ligação, shiuuuuuuuuuuu.
REBENTO

Rebento, substantivo abstrato,
o ato, a criação, o seu momento,
como uma estrela nova e seu barato
Que só Deus sabe lá, no firmamento.

Rebento, tudo que nasce é rebento,
Tudo que brota, que vinga, que medra,
Rebento raro como flor na pedra,
Rebento farto como trigo ao vento.

Outras vezes rebento simplesmente
No presente do indicativo,
Como a corrente de um cão furioso,
Como as mãos de um lavrador ativo.
Às vezes, mesmo perigosamente,
Como acidente em forno radioativo,
Às vezes, só porque fico nervoso,
Rebento,
Às vezes somente porque estou vivo.
Rebento, a reação imediata
A cada sensação de abatimento.
Rebento, o coração dizendo “bata”
A cada bofetão do sofrimento.
Rebento, esse trovão dentro da mata
E a imensidão do som desse momento.

Gilberto Gil






quinta-feira, janeiro 15, 2004

Inverno
Esta chuva não se adequa ao lufa-lufa da semana. Não condiz com correrias, pressas e aquela sensação de estar uma hora atrasado para tudo. Gosto de a sentir no conforto, nas lareiras, música e leituras. Seguir-lhe num olhar despreocupado os trajectos de cada pingo na vidraça de uma janela. Embaciá-la e desenhar com a ponta de um dedo, uma estrada sinuosa. Pousada de São Bento na Caniçada. Um jogo de xadrez sem nexo. Cheque ao rei. Cheque mate ao cansaço. Troco o peão pelo teu abraço.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

Será
que existe uma linha dói-dói trim trim para a Play-Station 2. Está a rejeitar tudo o que é disco. Será que vai perder peso? Bem sei que é uma máquina, mas sou um lamechas e ganhei-lhe alguma afeição. E é lá que vejo alguns DVD's e ouço alguma música. Ai Jesus.
Este tasco
... tem de tudo. O dono metido a filósofo, empregadas ao despique, tis Manéis e Alentejanos. Tudo assim para o esverdeado (devem ter a concessão no Alvalade XXI). O linguajar é violento em forma e conteúdo. A ementa também não é pêra doce. É mais pastéis de bacalhau, pipis, pica-paus (valha-me Nossa Senhora), tremoços, orelha de porco, saladinha de polvo, vinagrete disto e daquilo, pregos e bifanas e (que Deus me perdoe) túbaros e punhetas de bacalhau.
Mau ambiente, mas para pesticar, parece não haver coisa melhor.
Gastronomia II
O problema de hoje continua a ser de solução desconhecida, ao jeito de enigma. Trata-se da confecção de chamuças. Não do recheio propriamente dito, do qual consigo aproximar-me se a vizinhança for generosa. Mas da massa. É que por muito que tente, não lhe consigo chegar perto. As minhas tentativas duraram seis meses e adiei o projecto.
Vencido pelo cansaço e pelo enjôo de comer uns triângulos manufacturados por mim, com uma massa que ora parecia tenra, ora parecia de rissol, ora parecia de pedreiro. Cheguei a dizer a um vendedor de flores que só as comprava se além das rosas, me vendesse um pacote que incluisse a receita da massa dos triângulos.
Retomo o assunto na forma de apelo. Dois impulsos para a retoma.
1. Hoje almocei com uma pessoa que veio da India. Toda a gente perguntava sobre o povo, os costumes, a arquitectura. Eu perguntava-lhe sobre o processo de fabrico da massa das chamuças.
2. No país dos matraquilhos, a Ana relatou o intercâmbio gastronómico promovido pelos pais, em tempos de viagem até à Índia. Pensei escrever-lhe a meter uma cunha mas não há como o fazer (referência ao movimento na net para que a Ana implemente a reciprocidade).
Haja neste mundo quem me ajude a descobrir o segredo do triângulo mais misterioso do mundo (logo seguido pelo das Bermudas).
Porto
Rivoli. Hoje e amanhã. 21 e trinta.
Vera Mantero extende o corpo à voz para caetanear. Se o fizer como baila, parece imperdível. Gentes do Norte, esqueçam o Deco. Vera Mantero é que é, pelo menos hoje e amanhã.

terça-feira, janeiro 13, 2004

PCP
Pode ser preconceito, mas achei curioso o PCP ter uma loja on-line.
Neste site propõe-se a aquisição de artigos com o mural da sede do Partido Comunista Português, pins, t-shirt's e várias edições discográficas que incluem versões da Internacional, do Avante Camarada e da Carvalhesa.

A oferta não parece muito diversificada, mas com um pouco de imaginação, acho que os camaradas poderiam torná-la bem mais interessante.
Não resisto a sugerir que pequenas réplicas da Odete Santos teriam, com certeza, muita saída.
Uma questão que me parece pertinente é a seguinte:
"Quiosque ? Mas porque raio se chama quiosque à loja on-line?" Quiosques há muitos por aí, replectos de jornais fascizóides. Banca on-line fica muito parecido com on-line banking. Vejamos .... Comité de vendas on-line. Isto sim parece-me um nome jeitoso.
Panados

1. Arrancam-se os pés aos cogumelos frescos e grandes.
2. Picam-se os pés dos cogumelos e refogam-se com cebola picada, bacon picado (cubos minusculos), sal e uma gota de molho picante. Deve-se obter um refogado consistente.
3. Recheiam-se os cogumelos (o pé, quando tirado deixa espaço para o recheio) com o refogado.
4. Passam-se por ovo batido e pão ralado e fritam-se em óleo.

Aldrabados - em caso falta de ovo, falta de pão ralado ou falta de pachorra para panar cogumelos.

Substituir o passo 4 por
4. Colocam-se num tabuleiro com o recheio voltado para cima e tapa-se o recheio com umas farripas ou um quadradinho de queijo. Levar ao forno (180 º) durante 20 minutos.

Já estou a aguar ...
TSF
O ticker da TSF informa:
AVEIRO - Tribunal prossegue julgamento sobre aborto ............................... ESTUDO - Lares de idosos sem condições .......................................................... FINANÇAS - David Justino esqueceu-se de declarar rendimentos ..................................................
Alguém me sabe dizer onde fica a fronteira do país civilizado a que pertencemos ?

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Caro Sr Bush:
Apesar da perspicácia que todos lhe reconhecemos, sinto ser meu dever comunicar-lhe que Sadam Hussain continua em liberdade, escondido numa pequena ilha atlântica. Junto, publico foto para que os seus homens possam, uma vez mais com sucesso, devolver ao mundo a paz tão desejada.
Obrigadinho George (posso tratá-lo assim ?). Um grande abraço.
No cantinho do Sofá
já existe uma Madalena. No cantinho do nosso coração já está um espaço reservado para ela. No canto de um sorriso já existe o sal de um canto de olho de mãe, sinal de encantamento. Parabéns.
Atrasados ...
... como quase sempre. Parabéns ao repórter mais famoso de planeta. Cúmplice em tantas aventuras. Levou-me à lua, a Àfrica e ao Tibete. Perfez, no passado sábado, a bonita marca dos 75 anos. Bem conservadinho o rapaz.

domingo, janeiro 11, 2004

Beatriz
quando me questiono sobre as mais bonitas canções que conheço, salta-me invariavelmente do baú das canções amadas, daquelas que se redescobre sempre que se escuta, a "Beatriz"de Chico Buarque e Edu Lobo. A Sofia da Operação Triunfo cantou-a, e é tão difícil cantar bem esta canção. Deixo por aqui a letra:

Olha,
Será que ela é moça,
Será que ela é triste,
Será que é o contrário,
Será que é pintura o rosto da actriz?
Se ela dança no sétimo céu,
Se ela acredita que é outro país
E se ela só decora o seu papel,
E se eu pudesse entrar na sua vida?

Olha,
Será que é de louça,
Será que é de éter,
Será que é loucura,
Será que é cenário A casa da actriz?
Se ela mora num arranha-céu
E se as paredes são feitas de giz,
E se ela chora num quarto de hotel,
E se eu pudesse entrar na sua vida?

Sim,
Me leva para sempre Beatriz,
Me ensina a não andar com os pés no chão,
Para sempre é sempre por um triz.
Ai, diz quantos desastres tem na minha mão,
Diz se é perigoso a gente ser feliz,

Olha,
Será que é uma estrela,
Será que é mentira,
Será que é comédia,
Será que é divina A vida da actriz?
Se ela um dia despencar do céu
E se os pagantes exigirem bis,
E se um arcanjo passar o chapéu,
E se eu pudesse entrar na sua vida...
A Madalena...
estás prestes a chegar ao mundo. A Titas do Canto do Sofá vai completar o trio tão desejado. O pai prometeu-lhe que no ano que nascesse, o Benfica ia ser campeão, e a menos que atrasem o parto umas dezenas (ou centenas de semanas) não me parece que vá conseguir cumprir a promessa. Não te preocupes homem, afinal o ano do centenário vai no décimo segundo dia e a nossa sala de troféus já conta com uma derrota, um empate e uma crise directiva. Isto é animador porque a maior parte das pessoas que completam 100 primaveras não consegue distinguir uma bola de futebol de uma arrastadeira.
Voltando à Madalena, tudo indica que vem via cesariana, tal qual os meus dois príncipes. Felizmente a direcção do hospital não autoriza que os pais assistam ao momento, por necessitar de prestar mais cuidados de enfermagem aos pais do que às mães das criancinhas e às próprias criancinhas. Portanto rapaz, ficas descansado na sala de espera à espera que os especialistas tratem do assunto.
Eu confesso que assisti às respectivas cesarianas e que também tenho um empate e uma derrota nesse capítulo. Vou deixar os detalhes para um post posterior.
Que corra tudo bem Titas e Madalena, que a malta está toda aqui à tua espera, ansiosa para te conhecer. Os rapazes já estão com as hormonas aos saltos pela chegada da primeira menina das redondezas.
Ainda estou ...
meio bêbado daquela mulher.
"Vocês adoram quando a cantora se esgatafanha a cantar, né?"
"É sim Maria Rita"
Voçê é abençoada

sexta-feira, janeiro 09, 2004

A Titas ...
está quase a dar de si e anda descaradamente a comentar os meus posts.
Ora já se sabe que já está na altura da Panças estar com contrações de 2 em 2 minutos e com, pelo menos, uma mão cheia de dedos de dilatação aos berros pela mãe, pelo pai, pelo marido e por um político conhecido da nossa praça (é preciso explicar que só a vi chamar aos berros por 2 homens. O marido por estar desatento aos filhos. E o político por solidariedade.)
Em vez de estar a fazer estas figuras para expelir a menina princesa, anda por aqui alegremente a comentar os meus posts. Est'agora !!!
Para a frente Panças, que a coisa faz-se.



A prenda mais desejada.
Tarde, muito mais tarde que a maioria. Pressão, resistências e dúvidas. A cidade que nunca dorme. A enorme maçã. Serena no olho do furacão. Tudo tão depressa. O local mais tranquilo é bem ao centro da confusão. Genética, fascinação e os tesouros. Entrega total. Identidade. Eu existo e sou assim. Trabalho, trabalho e trabalho. Consegue-se viver sem cantar? Mãe e mito. Menina da lua, “Vá escovar seus dentes Maria Rita.” Comparações e canções. Memórias poucas e só dela. “Prefiro não falar”. Muita sorte em tanto azar. Morre cedo demais, vive e vive e vive. Pai e mãe e muito eu. Risada fácil. Óculos que atrapalham, mais o suor e a maquilhagem. Respeito e cumplicidade. Simbiose. Olhos menina. Olhos nos olhos. Olhos de água. Os sapatos saltam fora, a voz que salta imensa. Nem toda a feiticeira é corcunda. Filho de peixe sabe é voar. Hoje no coliseu.

quinta-feira, janeiro 08, 2004

Molha tolos
... chamam à chuva que tem caído hoje por aqui. O café onde tomei a italiana tinha um cartaz que dizia “Vende-se este estabelecimento”. Os donos tinham o ar desgastado de quem quer definitivamente vender o estabelecimento. Paguei com uma nota de cinco euros e estou convencido que podia escolher entre receber o troco ou ficar com o trespasse comercial. Precisava de moedas para o parquímetro e por ora os parquímetros não aceitam estabelecimentos nem porta moedas electrónicos como pagamento.
Saí com as minhas moedas. O parquímetro estava fora de serviço.
Fui até às finanças pagar uma dívida das antigas. Dos tempos em que, por engano, o sujeito passivo B da declaração do IRS era o meu filho mais velho. Foi um trabalhão convence-los que era casado com a minha mulher e não com o João Maria. Se isto chega aos ouvidos de alguém ainda tenho problemas com a justiça.
Voltei para o carro. Encharcado. Raios parta esta chuva.

quarta-feira, janeiro 07, 2004

Televisão
Numa entrevista ao director de programas da dois, e à pergunta "O que é a televisão?", disse-se "É uma fogueira electrónica. Para uns é uma companhia, para outros uma necessidade."
Lembrei-me de outras fogueiras e acrescentava "Para uns uma tortura. Para outros uma condenação."
Não deve ser possível assar linguiça ou morcela na televisão. A coisa mais parecida com uma televisão em que é possível cozinhar algo é o micro-ondas. E já se sabe que não é, nem de longe nem de perto, um bom aparelho para esse fim.
Educação
Resisti aos apelos desesperados do despertador. Cheguei para lá de atrasado. Tenho que sair cedo, para a reunião de avaliação do príncipe maior. Se a professora Paula não me der nenhuma novidade (boa ou má), vou-lhe às trombas.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Pendentes
Antes que o Ano comece a sério, alguns recados atrasados.
Bom Ano Adriana, Ivan, João e Leo.
A panças fez anos e já na altura eXtra Large e gostámos muito. Parabéns e muito muito obrigado.
O almoço de primos lá por casa foi muito bom. Gostei muito da história da pronunchia do norte. Pochas, carachas e chicha penico. Gostei ainda da história da avó a pedir café ao Eduardo no único dia em que a máquina não estava operacional e a avó estava. Há dias assim.
Já em 2k4 jantar de tios e primos. Animado e saboreado. Comida e companhia.
A dois
fazem-se tantas coisas e geralmente fazem-se com muito gosto. Ontem, e ao que parece com algum gosto, fizeram da RTP2 a Dois. Sete palmos de terra para começo de conversa ("sete que pena, chorai-as"). Abram alas par o Noddy e também Peanuts - Charlie Brown e Cª. Gosto de Charlie Brown e da voz da professora primária. Mais detalhes por aqui e a dois.

segunda-feira, janeiro 05, 2004

2004
Bom Ano a todos.
Ouvi hoje na rádio que a forma como passamos os doze primeiro minutos do ano indiciam o que se vai passar nos doze meses do ano que então se inicia.
Isso seria interessante se o primeiro minuto do ano não tivesse sido passado na total ignorância sobre o facto do ano já ter começado. No segundo segundo minuto apoderou-se de mim a desconfiança que algo importante estava a acontecer e que a barulheira na rua e o fogo de artifício no céu não correspondiam à precipitação dos restantes 9999988 portugueses. O terceiro minuto passei-o a percorrer que nem um louco tudo o que era canal de televisão para confirmar segundos, minutos, horas, dia, mês e ano. Os festejos ficaram algures entre o terceiro e o quarto minuto.
Segundo a teoria, o primeiro trimestre do ano vai ser inesquecível. Vivido entre a ignorância, a desconfiança e a loucura de zapping. Vou já comprar pilhas para o comando à distância.