segunda-feira, maio 17, 2004

Gastronomia
Adiamento atrás de adiamento, lá chegou o dia da equipa se mudar para o piso de cima. Computadores, cadeiras, módulos de gavetas, telefones, tralha muita tralha e papelada. Lá nos instalámos no nosso novo local de trabalho, não muito convencidos de que íamos para melhor.
Bem vistas a coisas, no novo local, e ali mesmo à mão de semear, logo atrás do biombo, uma sala de reuniões. Ideal para discutir tarefas, planos, objectivos, avaliações, documentos.
Não passou muito tempo até chegar o nosso primeiro (não) convidado. Trazia um tuperware com comida acabadinha de aquecer no micro ondas. Pelo cheiro era um guisado. Contornou o biombo e começa o piquenicão na mesa de reuniões. Foi assim com muitos outros durante três horas. Iguarias que nem ne atrevo a advinhar pelo cheiro. Talheres, comida, hamburgers do MC Donalds e conversa de almoço. Toda a equipa de atendimento telefónico almoçou ali mesmo ao lado e o cheiro, pelas cinco da tarde, ainda estava presente. Mas que bom.
Sempre achei que um dia ia trabalhar num restaurante. Só não imaginava que o dia estava para tão breve, e que fosse afastado da cozinha. A trabalhar num restaurante sempre achei que fosse na cozinha, nunca no escritório ao lado do salão de banquetes. Amanhã, se tudo correr, bem vou tentar servir à mesa, numa cena de rara beleza. E já que não há restrições quanto aos odores, vou sugerir um fondue, ou um bife na pedra, ou no chapéu.
Ai que saudades do bife no chapéu de Ferreira do Zêzere.

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