O Gandhi de Lisboa decidiu anunciar o orçamento para a capital e com ele vieram as taxas para quem chega e para quem pernoita. O governo que, como todos sabemos, tem uma alergia a taxar os portugueses, indignou-se e mandou soltar Pires de Lima para exprimir a sua indignação.
Ora o que parece, é que o governo não teve um momento de lucidez, mas antes uma crise de ciúmes por não se ter lembrado destas taxas mais cedo.
Mas descansem os mais inquietos que Portas, assim que acabar o documento da reforma do estado, vai começar a trabalhar afincadamente no documento da reforma das taxas, com o intuito de revolucionar o universo de taxas aplicadas em território nacional. A saber:
- taxa de visita aos submarinos a aplicar a Nuno Rogeiro e a crianças em visitas de estudo aos novos submarinos;
- taxa do irrevogável a aplicar a quem mudar de opinião sobre qualquer coisa
- taxa CR7 a aplicar a quem utilizar o nome de Cristiano Ronaldo em discursos de visitas oficiais
- taxa de quebra de compromisso, a quem faltar a jantares oficiais em que próprio seja a figura representante do estado português
- taxa da moderação fiscal a aplicar aos governantes do PSD que não baixem os impostos
- taxa da ausência a aplicar a quem não durma em casa
- taxa da ausência nacional a aplicar a quem não durma em Portugal, excepção feita se se tratar de uma ausência em representação oficial do país
- taxa dos forcados de Vila Franca de Xira a quem não apanhou a Legionella
- taxa Tim Cook a quem sair do armário
- taxa Manuel Monteiro a quem o irritar
- taxa 4ª pessoa do singular a quem disser estivestes, fizestes e ouvistes
- taxa do segundo beijo a quem cumprimentar com mais que um beijo
- taxa Pires de Lima a quem tentar ser irónico e só conseguir ser parvo
Posto isto, convém desde já começar começar a depositar uma moedas no mealheiro, que o nosso segundo ministro deve ter este documento pronto na próxima década, a menos que declare estas taxas irrevogáveis.
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