Chateia-me encontrá-los assim. Acabei por rever alguns amigos e os meus primos a expensas da morte do meu tio Victor, o pai deles. À parte isso, é como se fosse Campo de Ourique da meninice outra vez. Como se nos encontrássemos todos os dias, se bem que os miúdos agora já estão quase do nosso tamanho. Os afectos, as conversas, as parvoíces. Fez-me falta rever o João. Tudo à tona num instante. Os telhados dos prédios dos Geadas onde fomos super heróis, os Put’s (que grande conjunto de rock aquilo teria dado – o rock do dentista – lembram-se do concurso em que ficámos à frente dos Band’Almôndega que agora são os Ena Pá 2000), as idas no carro da avó Fernanda para a lagoa de Albufeira (para horror dos pais quando souberam que íamos todos pendurados do lado de fora do carocha, assim que chegávamos à terra batida), os pombos correio Rui e Rita, os pinheiro e o rio de Tibaldinho.
É a máquina do tempo a fazer das suas, é o tempo a servir desculpas para só nos encontrarmos assim.
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