domingo, outubro 29, 2006

A contas com a campanha Caixa-Fã, fui assistir a um jogo da selecção nacional de Rugby. Um importantíssimo Portugal Rússia. Tratava-se da qualificação para o mundial de 2007.
O jogo parecia animar as hostes, mas confesso que passei toda a primeira parte a garantir que oito crianças não entravam campo dentro nem eram atropelados por nenhum daqueles senhores exagerados. No tempo livre que me restou passei os primeiros 40 minutos a tentar descobrir quem eram os portugueses e os russos, qual o resultado e o que levava aquela gente toda a encaixar a cara nas nádegas dos parceiros. O Rugby tem umas coisas engraçadas quando comparado com o futebol:

- um é jogado por Nélsons, Betos, Petits e Decos, o outro é jogado por Vascos, Gonçalos, Diogos e Salvadores
- no futebol não se promove o contacto físico e é vê-los a partir perónios e a fazer roturas de ligamentos. No rugby, promove-se o contacto físico mas as equipas médicas raramente entram nas quatro linhas
- depois de marcar um golo é natural que os companheiros de equipa se atirem todos para cima do jogador, ao tentar marcar um ensaio é natural que os adversários tentem todos atirar-se para cima do jogador
- a bola passar por cima da trave tem sabores antagónicos nos dois jogos
- a bola passar por baixo da trave também
- num, dada a forma da bola, é estranho que se falhem tantos passes, no outro, dada a forma da bola, é estranho que se acertem tantos



Enfim, algumas diferenças entre “um jogo de cavalheiros jogado por animais e o jogo de animais jogado por cavalheiros”. A coisa acabou bem, Portugal venceu os Russos por 26 a 23 e a criançada passou o resto do fim de semana a ensaiar placagens e ensaios.





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