1. Considere-se o esforço gasto em campanhas, em recolhas de assinaturas, em debates, em lançamentos de livros, no esgrimar de argumentos, em sessões parlamentares, em votações, em manifestações a favor e contra, em vigílias, em panfletos, em velas acesas nas janelas, em tempos de antena, em escritas de artigos, peças de televisão, notícias de rádio e escrita de posts de tantos blogs. Seja esse esforço = X
2. Considere-se o esforço gasto em julgamentos, defesas e acusações, denúncias, ministérios público, factos não são comprovados, audições e mais vigílias. Seja esse esforço = Y.
3. Seja Z igual à soma de X e de Y
4. Pegue-se em Z e em tanta gente cheia de energia para debater a questão e coloque-se toda essa gente tão enérgica, junto daqueles que por falta de condições, por excesso de condições, ou por pura estupidez, não têm acesso (ou tendo-o não o realizam) à educação sexual e ao planeamento familiar.
5. Talvez assim, recorrendo ao factor Z, a discussão e o referendo se tornem desnecessários.
Já aqui disse que ninguém é a favor do aborto, mas a verdade é que ele se pratica. Ninguém se coloca no meio desta discussão que não seja com boas intenções. Mas dessas está, obviamente, o inferno cheio.
Sem comentários:
Enviar um comentário