... dizem que há sempre, e para tudo. Fui apanhado à boca de urna para as sondagens de mais logo. Foi o João Maria quem preencheu o boletim de voto, tal qual tinha me visto a preencher o verdadeiro.
Não sei se a senhora que me caçou, tinha intenção de o fazer. Desconfio que se dirigiu ao senhor que ia ao meu lado, mas tamanho o estrabismo, a independência linear dos olhos, que se o olho esquerdo aponto à doca, o direito apontou ao cais e eu, na direcção deste último, arranquei-lhe o papel das mãos e entreguei-o ao João para ele pôr a cruz no local certo.
Regressámos a casa com o orgulho do dever cumprido.
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