quarta-feira, novembro 19, 2003

Insónia
Hoje de madrugada o meu filho chamou-me. Quando começou a falar, tentei ensinar-lhe que a mãe se chamava mãe e o pai se chamava Ana. Assim quando precisasse de alguém durante a noite, nunca me calharia a mim.
- PAAAAAAIIIIIIII
Deve-se ter esquecido dos ensinamentos. O pesadelo de hoje envolvia picadas de abelhas e a vontade envolvia dormir entre o pai e a mãe. Lá o pousei mais ou menos a meio da cama. Estava lá o mais novo que deve ter chamado pela mãe, sem que eu desse por isso. Refilou claro está. Refilaram os dois na disputa do espeço e passados uns minutos dormiam como anjos. Eu não consegui adormecer.
Fui até à cozinha beber um leite e fumar um cigarro. As tartarugas devem andar com um problema de intestinos.
Deitei-me na cama de um deles, e no silêncio da casa descobri que um dos vizinhos tem um relógio que dá as horas e as meias horas. Demorei tanto a adormecer. Ainda hei-de sentir falta do tempo que perdi.

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