Nem bons ventos...
Nunca me hei-de habituar à mudança da hora. Embora inclua uma hora de oferta, este pacote do Outono é a mais ingrato que o da Primavera. A criançada, pois claro, não tem o menor respeito pela regra e a alvorada das 8 transforma-se rapidamente na alvorada das 7. O primeiro dia após a mudança é vivido numa luta permanente contra o que nos diz o instinto. A hora de almoço aparece primeiro no estômago dos príncipes, depois no nosso e por fim no relógio. Idem para o jantar. O convite ao descanso é prematuro e roça o ridículo. Dez da noite e já me deitava?
O primeiro dia útil é ainda pior. Sempre a sensação de estar atrasado para tudo. Levanto-me com a claridade típica de um dia começado com atraso e assim prossigo. Acho que estou atrasado para a reunião das dez, para o almoço, para as tarefas da tarde, para o regresso a casa. Para ajudar à festa, telefone, carro e computador mantêm a hora antiga, pelo que quando tento confirmar o atraso, estes relógios confirmam-no, cúmplices da minha desorganização.
Para me habituar, imaginei que no Sábado à noite viajei para Espanha. Regresso à pátria lusa lá para a primavera, mesmo a tempo do Euro 2004. Seis meses em Espanha. Pode ser que me escape da ida ao IKEA. Olé!!!
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