E agora o teu corpo entregou-se, fulminante, ao fim. Preso à máquina que respira por ti, que te mantém o corpo quente.
Agora é que não sei mesmo responder à tua pergunta. Sei lá eu agora, quanto tempo. Agora o tempo só conta, se se invertesse na marcha. Agora só conta o que serás em nós, na tua filha, nos teus netos (não consigo explicar-lhes porquê), no teu príncipe. Ele aguenta-se, que nós não deixamos que seja diferente. O teu sorriso ainda está por revelar dentro da máquina fotográfica. Há-de andar sempre por aqui perto.
Vais-nos fazer tanta falta. Antes de partires tenta explicar a alguém que ainda é muito cedo. Que deve tratar-se de um engano. Não tenhas vergonha. Eu sei que tu não gostas nada destas coisas mas tenta explicar-lhes que é de certeza um lapso.
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