domingo, dezembro 14, 2003

Por vezes
... tudo pára numa canção. É invulgar dar-se o corpo a desvaneios e a alma ao infinito. A canção toma-nos os sentidos e faz-nos dela como se não soubessemos em que escala vamos parar. Cantá-la e ouvi-la é tudo o mesmo e se eu pudesse tocá-la, era assim mesmo transbordante. E quando se ouve de novo, não é só a cadência, as notas que se refaz em nós. Tudo o que ela fez sentir, nem que duma ténue sensação, vem da pauta à voz, do refrão ao suspiro do ultimo verso. Há algumas assim. Felizmente.

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