sexta-feira, dezembro 19, 2003

Lisboa
A cidade voltou a velar-se em névoa, disfarçam-se os cansaços. Vizinha de fim de semana e deixa-se confundir nas nuvens e no rio. Por dentro, traçam-se contornos de luz geométricos, paralelos nos carris dos eléctricos e nas janelas feitas molduras. Os reflexos. Garante de formosura ao reflectido. Maluda também nos disse. Diz-lhe espelho meu, que não existe cidade mais bonita. Quando não se lhe vê a imensidão, torna-se mais aldeia. Quase aposto, que ainda há uma vizinha a emprestar um raminho de salsa à mais descuidada. E roupa pendurada junto às ruas.

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