A C. foi minha professora de história do 7º e do 9º ano. Nunca foi uma disciplina dos meus encantos, mas a C animava as aulas e convidava-nos a participar. No final do 9º ano tive alguma pena de deixar de ter esta disciplina.
O F foi meu professor de Matemática do 8º ano. Já podia estar reformado, mas insistia em dar aulas. Infelizmente pensava eu, à conta do seu estilo austero e autoritário. Nunca tive uma nota positiva num teste feito por ele, mas aprendi tudo o que havia para aprender da matemática do 8º ano.
A M. foi minha professora de economia do 10º ano. Desinteressante a matéria e a forma como era dada. Sabendo os conceitos e definições, era tão fácil ter boa nota. A M. tinha uma assiduidade precária e um mestrado para acabar.
O C. foi meu professor de trabalhos oficinais do 8º ano. Organizou visitas de estudo para que víssemos fora da sala de aulas, aquilo que ele nos ensinava no quadro e nas oficinas. Nunca tive grande nota a trabalhos oficinais, graças à minha apuradíssima destreza manual, mas lembro-me bem deste professor.
A D. foi minha professora de português do oitavo ano. Fácil de enganar. Uma redacção com alguma imaginação e o cinco era garantido. A paixão não existia, e se existisse não passava.
A F. foi a minha professora de matemática do 11º ano. Chata como tudo, parecia a madame Castafiori do Tintin e dizia “Se tiverem dúvidas, não se coíbam de perguntar”, e nós não nos coibíamos. Foi das professoras que mais me ensinou matemática e a gostar ainda mais de matemática. É daqueles casos que eu acredito ter tido sorte em tê-la como professora.
A M. foi minha professora de Ciências da Natureza do 9º ano. Sabia tanto que dava gosto, ouvi-la apesar da presença quase frágil lá à frente. Nunca fui grande aluno de Ciências da Natureza, mas adorava as aulas dadas por ela.
Podia escrever aqui sobre muitos mais professores porque grande parte deles me marcou de uma ou outra forma. Lembro-me de quase todos, e com toda a certeza que me lembro dos muito bons e dos muito maus. Dos que nos ensinavam com paixão, dos que nos ensinavam e educavam, dos que nos toleravam, dos que aprendiam connosco, e dos que nem por isso. Não me lixem, de todos os que estiveram à minha frente, é-me fácil identificar mérito e demérito, competências e incompetências. Só vejo virtudes num modelo que premeie o mérito e as competências dos que as têm e que distinga aqueles que as não têm, identificando acções que permitam que quem as não tem, possa passar a tê-las.
A minha sugestão é que se entendam neste princípio e que trabalhem em conjunto sobre a melhor forma de o fazer. A suspensão é só uma forma de empurrar com a barriga um problema sério.
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