sexta-feira, dezembro 12, 2008

Regresso

Uma mulher assim não pode ficar tanto tempo sem porto seguro onde lançar amarras, onde se sinta por inteiro, e cada pedra, cada banco, cada vaga abraçada seja uma história de infância ou de amor. Uma mulher bonita de luz, tem que abraçar um cais de sonhos, para que o tempo não se conte às voltas de um só eixo, antes as horas de navios no horizonte e os minutos de voos picados de gaivotas.
Preenchem-te das mesmas novas sombras o cais, e a praça vazia se faz de gente, comércio de emoções e ímpar este par, amantes sem pressas, passo ante passo, regressam as colunas ao Terreiro de Paço.

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