sexta-feira, dezembro 05, 2008

Natal

Ao almoço, levantou-se a suspeita se o Natal não seria algo determinado por seres de inteligência superior, que algures noutro planeta teriam decidido, no meio de uma bebedeira, divertir-se às nossas custas:
- Vamos brincar com os humanos e inventar uma coisa estranha para eles fazerem antes do fim do ano
- Podia ter renas
- Lá vem este e as renas. Deixa lá as renas em paz.
- Com canções com sinos.
- Sim e estrelas e ...
- E renas.
- Larga as renas. E umas luzes.
- E uma marca de refrigerantes que inventasse um gordo de barbas puxado num trenó, por cães.
- Por elefantes
- Não, por animais que se dêem bem com o frio. Leões marinhos.
- Pinguins.
- Renas, por renas.
- Deslarga-me com as renas. Por ursos polares.
- E as pessoas ficavam muito mais boazinhas umas para as outras.
- Por causa das Renas
- Não por causa do frio
- Não, por causa do fim de ano
- Não. Por causa do Jesus.
- Quem, o arrumador de carros?
- O treinador do Braga?
- Não pá, o filho do barbudo.
- O gordo do trenó ?
- Não o outro, o grandalhão com ar de nuvem.
- Eh páááá. Com esse é melhor não brincar, mais vale as renas.
- Eu sabia. As minhas renas.
- Pronto põe lá renas no trenó, mas não se metamn com o Barbas.
- O do Benfica?
- Não. O grandalhão com cara de nuvem.
- Combinado, aquilo fica por conta do filho do barbas, mas os humanóides hão-de distrair-se com isso. O tipo tipo também está sempre ocupado, não há-de dar por ela.
- Boa. Inventamos programas de televisão alusivos à época.
- Com renas e o Eládio Clímaco
- E o Toy mas sem renas
- E o banco alimentar.
- E uns barbudos insufláveis de 30 cms agarrados a uma corda para pôr nas varandas.
- Com umas renas às costas.
- Se voltas a falar de renas, elas saem do trenó.
- Não pá, eu não insisto, fica com um saco de prendas às costas.
- Boa. Prendas, vão andar a dar prendas até 5 euros em jantares de confraternização e com amigos secretos.
- E oferecem meias e cuecas uns aos outros. E jantam juntos ...
- E comem renas ...
- Não comem renas nada, comem bacalhaus e vamos inventar uns frangos qaue não caibam nos fornos.
- Chamemos-lhes Perús - o frango que não cabe no forno.
- Olha quem vem lá. A nossa drag queen. Anda cá estamos aqui a combinar uma coisa muito gira para fazer ali com os humanos.
- Olha que ela ainda aceita e isto acaba tudo com fitas e bolas às cores, brilhantes e purpurina.

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