segunda-feira, dezembro 08, 2008

Retratos

Há domingos assim, cheios de retratos. Há Domingos cheios de chuvas matinais para animar a ida ao Jardim Zoológico que, pelos convites, tinha de ser nesse e só nesse dia. Os animais não se importam com a chuva e nós também não, e foi girafas e riscorontes e pavões e gorilas e leões e tigres e corcodilos. Todos retratados. Depois pela tarde, enquanto o sirenes ia a uma festa no centro cultural de belém, levámos os mais velhos a um atelier sobre a exposição de retratos do museu Berardo. Como ir com duas crianças não dá muita pica, resolvemos levar os filhos de amigos. Levámos cinco para dar luta. Vimos a exposição com pistas para descobrir, com tempo para nos sentarmos e falar sobre os retratos, com eles a fazerem legendas para poses e instantâneos. Ainda houve lugar a criar personagens, com cenários, adereços, vestuário e maquilhagem a condizer, para, desta vez, serem eles (e nós) os retratados. Bem animados estes ateliers do museu Berardo, apesar da peruca não me ter ficado bem, tenho dificuldade em lidar com excesso de cabelo. Assim de repente, vieram-me à memória as festas de Carnaval de uma certa embaixada, sempre fora de época, mas sempre animadas.
Nos retratos da noite, um jantar com amigos no Sacramento do Chiado. Gosto do Chiado e deixa-me um sorriso no retrato sempre que o vejo animado, longe dos tempos cinzas de retratos a preto e branco. Se já em casa eu tinha feito explodir uma garrafa de margarina liquida sobre mim, no restaurante foi o senhor do bar quem se encarregou de entornar dois gins tónicos por cima. Mal empregados. No retrato de fim de noite e ainda no chiado, no Silk. Não percebi o ADN daquele local onde se entra por guest list, mas tem um retrato fabuloso sobre os telhados de Lisboa, como um retrato de Maluda.
Só pode dar em sorrisos um dia tão cheio de retratos de família, a dois e com amigos. Olha o passarinho.

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