terça-feira, dezembro 16, 2008

15 minutos

antes do costume, se costumas à hora certa, é certo que hoje lhe tirei um quarto, e no quarto, conforme acordado, ainda estremunhado acordo em contra mão. A mão pesada e súbita sobre uma tecla qualquer, qualquer dia ainda se parte. Parto à descoberta do dia, 14 minutos antes da hora, está na hora dos preparos, não pares! Não, não paro. 13 minutos. Bom dia, bom dia, faço a barba, apresso o outro, e um beijo de bons dias às pressas. Depressa pai que o xixi ganhou à fralda, troco os planos, troco as mãos, e siga as vestes, vê se te vestes, não é já vou, é mesmo agora. O que é agora ? A pasta de dentes, dantes não te metias nessas coisas. Já passou pela hora dentro. Entro no duche, e entra uma canção no rádio, o boletim meteorológico, vai estar um frio do caneco, a caneca é que entornou, eu não tive a culpa, culpa-se a pressa pois então. Então essa mochila ? Já tem tudo ? Telefone, cartão e o lanche? Olha que está quase a tocar, não te esqueças de telefonar, basta um toque. Não toques aí, vai-te pentear. Sim sirenes, o teu cabelo está lindo. Lindo serviço na cozinha, o que descongelamos para o jantar ? Qualquer coisa a correr. Corre que se faz tarde. Não tarda, não arranjo lugar. Vamos embora, isso agora não, noutro dia. Tem um dia bom e um beijo. Meninos o beijo da mãe? Então vá até logo. Logo se vê isso dos cromos. Vamos embora, vamos, vamos, vamos. Não quero frenesim nas escadas, não passes à frente do teu irmão, que ele se põe logo a berrar. Sim chatum, vais ser tu outra vez a ganhar.

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