sexta-feira, novembro 18, 2005

Bye Bye Lisboa

(a propósito desta semana parca em escritas e descaradamente como o bye bye Brasil)

O fim de semana a chegar
Nem sei p’ra onde me hei-de virar
O trabalho ainda vai aumentar
O projecto finalmente no ar
Não há isto que se lh’aponte
O Natal já está no horizonte
O ano prestes a terminar
Não vejo que isto tenda a acalmar
Os professores voltaram à greve
Este ano não vai dar para a neve
Eu sonho que estou a esquiar
Lamento vou ter que acordar
O almoço irreal sobre a família
Quero acalmar com chá de tília
O PIB foi revisto em baixa
Há tempos que não escrevo na Caixa
A confiança que volta a cair
Outras eleições estão pra vir
Quem vai pr’o palácio em Belém
Os putos não jogam nada bem
Por pouco falham o europeu
O preço do crude desceu
A carta do outro lado do mar
Quase a conseguir desarmar
De igual para igual já se vê
Gostei dessa forma de ser
As crianças andaram doentes
O mais novo com a história dos dentes
O Joao anda um cabeça no ar
Eu já lhe pedi pra mudar
Falhei a hora do Euromilhões
Outra vez a contar os tostões
Eu ontem fui desopilar
Beber uns copos no bar
Conversas, cigarros e o som
Rever os amigos é bom
Afinal o Simão vai jogar
O Braga no primeiro lugar
Morreu um sargento em Cabul
A chuva volta ao centro e ao sul
O fim de semana está aí
Nestes dias quase que fugi
não pude escrever como queria
a lufa lufa do dia a dia
Prometo voltar a postar
Assim que o ritmo abrandar
Agora eu quero é o abraço
Eu vou é matar o cansaço
Marquei uma mesa para dois
O descanso fica para depois.
Alguém vai ficar com os Marias
Adeus até daqui a dois dias

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