segunda-feira, outubro 10, 2005

Abusar da sorte

Já escrevi uma vez sobre isto. Sobre as pessoas que já esgotaram o plafond de sorte que lhes está destinado para a vida. Um gajo que sobrevive a um desastre de avião tem é que estar quietinho em casa, e rezar para que nada mais o importune. Não deve candidatar-se a coisa nenhuma, nem sequer à administração do condomínio.  É que nestas coisas de eleições, a sorte, por vezes, também conta, e o meu amigo já esgotou o seu plafond.

De igual forma, uma  pessoa cujo filho sobreviveu a um desastre de avião, tem é que ir para casa agradecer a  todos os santinhos e deixar-se ficar no seu aconchego sem importunar as outras pessoas. Não abusem da sorte meus senhores.

Por fim, há quem acredite que, ao casar com a Bárbara, o Manuel Maria esgotou o seu plafond de sorte e que, nesta linha de raciocínio, se devia dedicar a ficar em casa e ser, para o resto da vida, um homem objecto. Eu não acho que seja propriamente a sorte grande, mas que o homem estava a pedir uma tareia, lá isso estava. Bem feita.

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