segunda-feira, outubro 31, 2005
Pontos de Vista
O documento único automóvel – DUA começou hoje a ser emitido em Lisboa. Segundo Sócrates trata-se de um projecto emblemático. Desculpe lá, eu sei que a culpa nem é sua, mas emblemático é neste país existirem dois documentos para a porcaria do carro.
Fadas
O meu filho mais velho é uma criança precoce. A tal ponto que a uma semana de fazer sete anos ainda não lhe tinha caído o primeiro dente de leite, e teve que ir ao dentista para arranca-lo já que o definitivo se preparava para se sobrepor. Ora o dentista vira-se e diz:
- Não gosto nada de fazer isto a crianças, que depois ficam traumatizados. Ouve lá miúdo, puxa isso com força para sair. Isso assim. Tungas já está.
Resultado: Primeiro ritual da fada do dente lá de casa. Dente debaixo da almofada e na manhã seguinte uma prenda em troca do dente.
Tudo correria bem, não fosse o estupor do Manel Maria, logo pela manhã:
- Isso não foi nada a fada do dente que te deu. Eu fui com a mãe à loja dos brinquedos e compramos isso para ti João.
- Manel Maria, assim a fada zanga-se contigo. Voltas a dizer tamanha barbaridade e nem que ponhas o maxilar inteiro com cisos e tudo debaixo da almofada, te aparece uma prendinha que seja. Mau.
- Não gosto nada de fazer isto a crianças, que depois ficam traumatizados. Ouve lá miúdo, puxa isso com força para sair. Isso assim. Tungas já está.
Resultado: Primeiro ritual da fada do dente lá de casa. Dente debaixo da almofada e na manhã seguinte uma prenda em troca do dente.
Tudo correria bem, não fosse o estupor do Manel Maria, logo pela manhã:
- Isso não foi nada a fada do dente que te deu. Eu fui com a mãe à loja dos brinquedos e compramos isso para ti João.
- Manel Maria, assim a fada zanga-se contigo. Voltas a dizer tamanha barbaridade e nem que ponhas o maxilar inteiro com cisos e tudo debaixo da almofada, te aparece uma prendinha que seja. Mau.
sábado, outubro 29, 2005
Blogotinhices
... e eu claro agradeço.
Isto aqui era um banner mas deixou de aparecer e vai daí, que se lixe que também cheirava a postdencherchouriços. E o link para o fabricante de banners também leva um sumiço. E agora tenho um post que não serve mesmo para nada.
Quero lá saber. Não é o primeiro e não há-de ser o último.
Espera !!
Afinal já lhe arranjei uma justificação:
Parabéns caro Filipe, cumprimentos à esposa e à pequena Leonor e espero que as duas voltem para casa o mais depressa possível. Nós sabemos que as horas de visita no hospital são uma confusão e por isso passamos lá no palácio durante o fim de semana. Levamos os Marias, cert?
Isto aqui era um banner mas deixou de aparecer e vai daí, que se lixe que também cheirava a postdencherchouriços. E o link para o fabricante de banners também leva um sumiço. E agora tenho um post que não serve mesmo para nada.
Quero lá saber. Não é o primeiro e não há-de ser o último.
Espera !!
Afinal já lhe arranjei uma justificação:
Parabéns caro Filipe, cumprimentos à esposa e à pequena Leonor e espero que as duas voltem para casa o mais depressa possível. Nós sabemos que as horas de visita no hospital são uma confusão e por isso passamos lá no palácio durante o fim de semana. Levamos os Marias, cert?
sexta-feira, outubro 28, 2005
Um dia
Um dia todos os sonhos juntos a espicaçar a vida. O sabor das ondas do mar, o voo picado do louco pássaro, o arco das sete cores, tocar cada instrumento da imensa orquestra, o pico mais alto do mundo, os cem metros num segundo, todo o universo à vista desarmada, o golo impossível. Um dia ser Miró, Senna, Jobim, Coltrane e Bergman ao mesmo tempo. Falta-me o espaço para a sobra de euforia. Fazer a volta mais rápida à volta do teu beijo. Canto directo ao primeiro poste do coração. Um dia a tua mão. Um dia, há tanto tempo, ainda hoje, sempre tu.
quinta-feira, outubro 27, 2005
Calendário Gastronómico
Recebi um mail com imensa informação sobre marisco, valor nutricional, dicas e uma dúzia de receitas.
Então o marisco só deve ser comido em meses com R? janeiRo, feveReiro, maRço, abRil, maiRo, jRunho, jRulho, agRosto, setembRo, outubRo, novembRo e dezembRo.
Então o marisco só deve ser comido em meses com R? janeiRo, feveReiro, maRço, abRil, maiRo, jRunho, jRulho, agRosto, setembRo, outubRo, novembRo e dezembRo.
Dica do Dia
Hora de Inverno
Mais uma vez os relógios vão atrasar uma hora no próximo Domingo. Isso quer dizer que o fim de semana vai ter uma hora a mais o que pode ser considerado uma boa notícia.
Lá em casa estamos todos eufóricos já que o António Maria vai finalmente deixar de acordar às 6 e 15. Para passar a acordar às 5 e 15.
- É verdade senhor doutor, eles estão todos com uma alergia qualquer. E parece-me que é das graves. Quando é que eu posso passar aí para o senhor doutor receitar três frascos de Atarax?
Lá em casa estamos todos eufóricos já que o António Maria vai finalmente deixar de acordar às 6 e 15. Para passar a acordar às 5 e 15.
- É verdade senhor doutor, eles estão todos com uma alergia qualquer. E parece-me que é das graves. Quando é que eu posso passar aí para o senhor doutor receitar três frascos de Atarax?
quarta-feira, outubro 26, 2005
Senhores Pombos da Minha Rua:
Eu bem sei que os meus filhos vos costumam perseguir e assustar lá pela rua, mas isso não é razão para deixarem o vidro e o capot do meu carro naquela lástima. Podem argumentar que o carro não está num estado que se possa considerar impecável, mas também vos digo que, depois das chuvas, até estava com um ar quase civilizado. Não havia razão objectiva para aquilo.
Perante a quantidade de bostas com que bombardearam o carro, vi-me na obrigação de lhe dar uma mangueirada na bomba de gasolina mais próxima, e de limpar o excedente com toalhetes. Só depois me lembrei dos hagás-cinco-ene-uns que os ditos excessos podiam abrigar. Fiquei preocupado e queria que me esclarecessem alguns pontos:
Muito obrigado pela atenção.
Perante a quantidade de bostas com que bombardearam o carro, vi-me na obrigação de lhe dar uma mangueirada na bomba de gasolina mais próxima, e de limpar o excedente com toalhetes. Só depois me lembrei dos hagás-cinco-ene-uns que os ditos excessos podiam abrigar. Fiquei preocupado e queria que me esclarecessem alguns pontos:
- Vocês tem sentido dores no corpo, olhos lacrimejantes, pingo no bico e um estado febril geral?
- Têm espirrado com frequência ?
- Tem-vos apetecido ficar em casa de mantinha nas patas e chávena de chá ao lado ?
- Quando fizeram aquilo ao meu carro estavam poisados no candeeiro ou estavam a voar ? Se estavam a voar, a que altura ?
Muito obrigado pela atenção.
terça-feira, outubro 25, 2005
Cavaco Silva
segunda-feira, outubro 24, 2005
Prova Escrita
Preparação da primeira prova de avaliação do João.
A coisa começou logo mal porque a prova era hoje, e na sexta feira,a mochila do João não transportava o livro de português.
Eu, que não sou de me deixar abalar por insignificâncias, resolvo pegar na lista da matéria e ajudá-lo na preparação da sua estreia na avaliação escrita.
Ditado, interpretação, acentuação das palavras, translineação, divisão em sílabas, género e número dos substantivos, pontuação e composição.
Passadas duas horas, faltavam os dois últimos itens. Resolvi abreviar.
- João, faz uma composição em que uses o ponto final, o ponto de interrogação e o ponto de exclamação.
Resultado
O dia de anos do meu mano.
Ontem o meu mano Manel fez anos.
E quem é que faz anos daqui a quinze dias? Eu!
A propósito Manelinho. Parabéns.
A coisa começou logo mal porque a prova era hoje, e na sexta feira,a mochila do João não transportava o livro de português.
Eu, que não sou de me deixar abalar por insignificâncias, resolvo pegar na lista da matéria e ajudá-lo na preparação da sua estreia na avaliação escrita.
Ditado, interpretação, acentuação das palavras, translineação, divisão em sílabas, género e número dos substantivos, pontuação e composição.
Passadas duas horas, faltavam os dois últimos itens. Resolvi abreviar.
- João, faz uma composição em que uses o ponto final, o ponto de interrogação e o ponto de exclamação.
Resultado
O dia de anos do meu mano.
Ontem o meu mano Manel fez anos.
E quem é que faz anos daqui a quinze dias? Eu!
A propósito Manelinho. Parabéns.
Disse-se ...
... no programa elas sobre eles.
“Qualquer homem da classe média-alta ou alta, tem um fetiche sexual com uma cabeleireira do Cacém”
A verdade é que não conheço nenhuma. É o que dá pertencer à classe média, alguém dos segmentos A ou B me explica o que eu estou a perder.
“Existem muitas mulheres a fingir o orgasmo, porque existem muitos homens a fingir os preliminares.”
Nisso, peço desculpa, os homens são muito mais honestos. Não fingimos coisa nenhuma. “Deixa-te de lamechices e vamos ao que interessa.” não é propriamente fingir.
“Qualquer homem da classe média-alta ou alta, tem um fetiche sexual com uma cabeleireira do Cacém”
A verdade é que não conheço nenhuma. É o que dá pertencer à classe média, alguém dos segmentos A ou B me explica o que eu estou a perder.
“Existem muitas mulheres a fingir o orgasmo, porque existem muitos homens a fingir os preliminares.”
Nisso, peço desculpa, os homens são muito mais honestos. Não fingimos coisa nenhuma. “Deixa-te de lamechices e vamos ao que interessa.” não é propriamente fingir.
domingo, outubro 23, 2005
Domingo
segundo este artigo do DN, é o dia em os a maioria do homens morre.
Ora o Domingo por si só já só é meio dia. A partir das três da tarde começam as actividades de saldar a conta da semana que findou e preparar o arranque da que se inicia. A primeira conta que eu saldo sempre é a do sono, e raras serão as três da tarde de domingo que não esteja a passar pelas brasas, sob o pretexto de adormecer um dos Marias.
Isto tudo para dizer que o Domingo, a bem da verdade é só meio dia e havia logo de ser aquele em que os homens mais morrem. É certo que o facto deles terem natação às 9 da manhã pode ser, em determinadas circunstâncias, razão para o suicídio. Se pensar que a natação é no Alvalade XXI, o risco aumenta significativamente. Mas vejamos, também é um dia que tem coisas boas. Por exemplo tem o grande directo da 1ª Companhia, e o Herman Sic, e o Marcelo Rebelo de Sousa na RTP e a Corrente das Correntes aqui ao lado na Igreja Universal do Reino de Deus. Tem graça, parece que, de repente, o título do artigo já não me causa tanta estranheza.
Posto isto , e a partir de agora, a seguir ao Sábado vem outro Sábado.
Ora o Domingo por si só já só é meio dia. A partir das três da tarde começam as actividades de saldar a conta da semana que findou e preparar o arranque da que se inicia. A primeira conta que eu saldo sempre é a do sono, e raras serão as três da tarde de domingo que não esteja a passar pelas brasas, sob o pretexto de adormecer um dos Marias.
Isto tudo para dizer que o Domingo, a bem da verdade é só meio dia e havia logo de ser aquele em que os homens mais morrem. É certo que o facto deles terem natação às 9 da manhã pode ser, em determinadas circunstâncias, razão para o suicídio. Se pensar que a natação é no Alvalade XXI, o risco aumenta significativamente. Mas vejamos, também é um dia que tem coisas boas. Por exemplo tem o grande directo da 1ª Companhia, e o Herman Sic, e o Marcelo Rebelo de Sousa na RTP e a Corrente das Correntes aqui ao lado na Igreja Universal do Reino de Deus. Tem graça, parece que, de repente, o título do artigo já não me causa tanta estranheza.
Posto isto , e a partir de agora, a seguir ao Sábado vem outro Sábado.
sexta-feira, outubro 21, 2005
Presidenciais
Cavaco - Vou-me candidatar à Presidência da República
Soares – Tá giro. Ainda não me tinha lembrado dessa.
Louçã – Vai daí que era uma boa. A condescendência é a mãe de todos os males.
Jerónimo – Põe-te com merdas põe. Não tarda muito, está aí o Paulo a acusar-te de não saberes o que é ser mãe. Já foste mãe alguma vez?
Alegre – A presidência do inconformado, não se olha o dente a cavalo dado, ao PS não estou amarrado, recebo apoios em todo o lado.
Cavaco – Quero ajudar Portugal
Jerónimo – Eu é que quero ajudar Portugal contra o grande Capital e derrotar o Aníbal
Alegre – Se voltas a fazer verso vou ter que apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições
Soares – Eu também quero ajuda a TAP Air Portugal, que me leva de Espanha ao Nepal
Alegre – Ai ai ai ai ai, que já me estão a enervar. Aqui quem faz versos sou eu.
Louça – Eu vou liberalizar a presidência e ajudar a liberalizar Portugal e a droga e os homossexuais e as putas e o aborto e os furacões e as colheres de pau e os incêndios de verão, não quero um novo Cavaquistão.
Alegre – Mas que merda. Já vos disse que o poeta sou eu, rimar foi um dom que Deus me deu, indo eu indo eu, a caminho de Viseu, encontrei o meu amor, ai Soares que lá vou eu. Eu vou ajudar Portugal, Portugal eu vou ajudar, eu sou contra o eixo do mal, que a direita está a marcar.
Cavaco - Tenho plena consciência dos poderes e do papel do Presidente
Louçã – A consciência é a mãe de todos os males. O poder do presidente é o da liberalização e da despenalização.
Alegre – Não rimes palhaço.
Louçã – Tu sabes lá o que é ser palhaço. Tu já foste palhaço alguma vez ?
Soares – Eu já. E agora sei fazer pinturas faciais e bonecos com balões. Faço festas de anos e descontos em lares e centros de dia.
Jerónimo – Podes ir ao congresso da Juventude Comunista actuar ? Dava-nos jeito ter lá um jovem para animar o pessoal.
Alegre – Um presidente é um poeta, o presidente é um grito vermelho na seara dourada, a presidência é a porta aberta, para a reforma antecipada.
Soares – Ai nem me falem na reforma, ainda me falta tampo tempo. Estive no outro dia a fazer as contas, aquele moço, o Guterres deu-me uma ajuda. Só daqui a 70 anos é que tenho direito à reforma por inteiro.
Louçã – A culpa é do Sócrates que quer prolongar a idade da reforma.
Jerónimo – A culpa é do grande Capital, e da política imoral.
Alegre – Voçê parece que faz de propósito. Deixe-se de rimas. Maricas parasita.
Louçã – Mas o que é que você sabe sobre Maricas Parasitas? Alguma vez foi maricas parasita? É preciso ter lata, lá porque fizeram a revolução, já acham que sabem tudo.
Cavaco – Portugal tem 400 mil desempregados.
Jerónimo – São 500 mil. Para quem nunca se engana, não está nada mal não senhor. E se contar com o segurança do Hospital que foi despedido por não conhecer o primeiro ministro da altura, são 500 mil e um.
Louçã – Vamos lá acabar com isto. Aníbal manda lá os senhores para casa.
Cavaco – Viva Portugal.
Todos – Viva a eleição Presidencial.
Alegre – Não rimem.
Louçã – Liberalizem-se as rimas.
Soares – Tá giro. Ainda não me tinha lembrado dessa.
Louçã – Vai daí que era uma boa. A condescendência é a mãe de todos os males.
Jerónimo – Põe-te com merdas põe. Não tarda muito, está aí o Paulo a acusar-te de não saberes o que é ser mãe. Já foste mãe alguma vez?
Alegre – A presidência do inconformado, não se olha o dente a cavalo dado, ao PS não estou amarrado, recebo apoios em todo o lado.
Cavaco – Quero ajudar Portugal
Jerónimo – Eu é que quero ajudar Portugal contra o grande Capital e derrotar o Aníbal
Alegre – Se voltas a fazer verso vou ter que apresentar queixa na Comissão Nacional de Eleições
Soares – Eu também quero ajuda a TAP Air Portugal, que me leva de Espanha ao Nepal
Alegre – Ai ai ai ai ai, que já me estão a enervar. Aqui quem faz versos sou eu.
Louça – Eu vou liberalizar a presidência e ajudar a liberalizar Portugal e a droga e os homossexuais e as putas e o aborto e os furacões e as colheres de pau e os incêndios de verão, não quero um novo Cavaquistão.
Alegre – Mas que merda. Já vos disse que o poeta sou eu, rimar foi um dom que Deus me deu, indo eu indo eu, a caminho de Viseu, encontrei o meu amor, ai Soares que lá vou eu. Eu vou ajudar Portugal, Portugal eu vou ajudar, eu sou contra o eixo do mal, que a direita está a marcar.
Cavaco - Tenho plena consciência dos poderes e do papel do Presidente
Louçã – A consciência é a mãe de todos os males. O poder do presidente é o da liberalização e da despenalização.
Alegre – Não rimes palhaço.
Louçã – Tu sabes lá o que é ser palhaço. Tu já foste palhaço alguma vez ?
Soares – Eu já. E agora sei fazer pinturas faciais e bonecos com balões. Faço festas de anos e descontos em lares e centros de dia.
Jerónimo – Podes ir ao congresso da Juventude Comunista actuar ? Dava-nos jeito ter lá um jovem para animar o pessoal.
Alegre – Um presidente é um poeta, o presidente é um grito vermelho na seara dourada, a presidência é a porta aberta, para a reforma antecipada.
Soares – Ai nem me falem na reforma, ainda me falta tampo tempo. Estive no outro dia a fazer as contas, aquele moço, o Guterres deu-me uma ajuda. Só daqui a 70 anos é que tenho direito à reforma por inteiro.
Louçã – A culpa é do Sócrates que quer prolongar a idade da reforma.
Jerónimo – A culpa é do grande Capital, e da política imoral.
Alegre – Voçê parece que faz de propósito. Deixe-se de rimas. Maricas parasita.
Louçã – Mas o que é que você sabe sobre Maricas Parasitas? Alguma vez foi maricas parasita? É preciso ter lata, lá porque fizeram a revolução, já acham que sabem tudo.
Cavaco – Portugal tem 400 mil desempregados.
Jerónimo – São 500 mil. Para quem nunca se engana, não está nada mal não senhor. E se contar com o segurança do Hospital que foi despedido por não conhecer o primeiro ministro da altura, são 500 mil e um.
Louçã – Vamos lá acabar com isto. Aníbal manda lá os senhores para casa.
Cavaco – Viva Portugal.
Todos – Viva a eleição Presidencial.
Alegre – Não rimem.
Louçã – Liberalizem-se as rimas.
40000 visitantes
Ou me engano muito ou é hoje ....
A pessoa que demonstrar ser a 40 000 visitante, receberá um convite duplo para visitar as instalações da redacção da Caixa de Costura e um fim de semana grátis com os três Marias numa unidade familiar/ hoteleira junto à Alameda.
A pessoa que demonstrar ser a 40 000 visitante, receberá um convite duplo para visitar as instalações da redacção da Caixa de Costura e um fim de semana grátis com os três Marias numa unidade familiar/ hoteleira junto à Alameda.
Serviço Público
Deferimento – concessão
Exemplo: O Juiz deu deferimento à pretensão do advogado.
Diferimento – adiamento
Exemplo: O diferimento do jogo deveu-se ao mau tempo.
Doferimento – relativo ao ferimento quando a tecla de espaços não funciona
Odiferimentodofinaldojogodeve-seaotempoperdidoàcontadoferimentodoavançado.
Dofermento - relativo ao fermento quando a tecla de espaços não funciona
Obolocresceudaquelamaneiraestúpidaporqueaanormaldacozinheira
deixoucairalatadofermentonamassa.
Exemplo: O Juiz deu deferimento à pretensão do advogado.
Diferimento – adiamento
Exemplo: O diferimento do jogo deveu-se ao mau tempo.
Doferimento – relativo ao ferimento quando a tecla de espaços não funciona
Odiferimentodofinaldojogodeve-seaotempoperdidoàcontadoferimentodoavançado.
Dofermento - relativo ao fermento quando a tecla de espaços não funciona
Obolocresceudaquelamaneiraestúpidaporqueaanormaldacozinheira
deixoucairalatadofermentonamassa.
quinta-feira, outubro 20, 2005
Fora de época
Preocupava-me aquela presença. Quase constrangedor vê-lo a assar castanhas num Outono de 30 graus. “O que é que hei-de fazer? É o tempo delas.” Mas não havia maneira do tempo estar para elas. O guarda chuva guardava-o do sol, e o cheiro a castanhas assadas não batia certo com as mangas curtas ou com a vontade de gelados dos miúdos da secundária. Quando chegava a casa, pelo fim da tarde, cruzava-me com ele. Perguntava-lhe pelo negócio. Encolhia os ombros e reclamava mais frio e até alguma chuva.
De há uns dias para cá a coisa mudou e o céu abandonou aquele monótono e inapropriado azul. Ganhou todos os tons cinzas e encheu-se de cores no fim da tarde. Desconfio que ele também gosta dos novos tons e já o descobri sem mãos a medir para o negócio. Antes assim. Afinal de contas é Outono e as castanhas querem-se para aconchegar do frio e da chuva. Oxalá tenha vindo para ficar.
quarta-feira, outubro 19, 2005
Uma no cravo ...
Recebi este mail e resolvi divulgá-lo.
O Site do Cancro da Mama está com problemas por não ter o nº de acessos e cliques necessários para alcançar a quota que lhes permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente a mulheres desprivilegiadas.
Ir ao site e carregar na tecla cor de rosa que diz: Free Fund Mammograms, é uma questão de segundos.
Isto não custa nada e pelo n.º diário de pessoas que clicam os patrocinadores (Avon, Tupperware, etc....) oferecem a mamografia.
Depois fui até ao site e descobri que vendem roupa interior com o lacinho cor de rosa. Então não é que vendem cuecas e não vendem soutiens ? Que raio de mensagem de esperança querem passar ?
O Site do Cancro da Mama está com problemas por não ter o nº de acessos e cliques necessários para alcançar a quota que lhes permite oferecer 1 mamografia gratuita diariamente a mulheres desprivilegiadas.
Ir ao site e carregar na tecla cor de rosa que diz: Free Fund Mammograms, é uma questão de segundos.
Isto não custa nada e pelo n.º diário de pessoas que clicam os patrocinadores (Avon, Tupperware, etc....) oferecem a mamografia.
Depois fui até ao site e descobri que vendem roupa interior com o lacinho cor de rosa. Então não é que vendem cuecas e não vendem soutiens ? Que raio de mensagem de esperança querem passar ?
terça-feira, outubro 18, 2005
segunda-feira, outubro 17, 2005
Género
João – Deixa lá Manel.
Manel – Não. E não é deixa. É deixe. Porque eu sou rapaz, não sou menina.
Manel – Não. E não é deixa. É deixe. Porque eu sou rapaz, não sou menina.
sexta-feira, outubro 14, 2005
Ao gosto
do novo diccionário de língua portuguesa.
Por aí
Tanto trabalho na última actualização à direita e fui-me logo esquecer dos diários do tiaguinesperado que até, por acaso, tinha mesmo que ir para lá.
Por aqui
Tiaguinesperado - Cada post no diário inesperado escrito pelo Tiago.
Já lá está o linkário
Por aí
Tanto trabalho na última actualização à direita e fui-me logo esquecer dos diários do tiaguinesperado que até, por acaso, tinha mesmo que ir para lá.
Por aqui
Tiaguinesperado - Cada post no diário inesperado escrito pelo Tiago.
Já lá está o linkário
Sinto-me
quinta-feira, outubro 13, 2005
Guarda Chuvas
Existem há tanto tempo, e ainda não houve ninguém que inventasse algo mais prático para nos guardar da chuva.
Os que acabam em forma de bengala ainda servem para pendurar mochilas e sacos de ginástica, mas mesmo assim, quando chove, levá-los à escola, é sempre uma aventura com várias viagens entre o carro e o alpendre de entrada.
Os que acabam em forma de bengala ainda servem para pendurar mochilas e sacos de ginástica, mas mesmo assim, quando chove, levá-los à escola, é sempre uma aventura com várias viagens entre o carro e o alpendre de entrada.
quarta-feira, outubro 12, 2005
Actualizações
... na coluna da direita. É que estava farto de ir ao fundo da Caixa para vos ler. Obrigado pelos vossos escritos.
Futebol e Política
Por ocasião do seu 80º aniversário, Mário Soares reiterou permanecer afastado da vida política activa.
Este é um exemplo clássico, de que os jovens não pensam muito naquilo que dizem, e deixam escapar o primeiro disparate que lhes vem à cabeça. Passado algum tempo, acabam por amadurecer, e mostrar ao mundo o quanto estavam errados.
Vejamos outro exemplo.
Este é um exemplo clássico, de que os jovens não pensam muito naquilo que dizem, e deixam escapar o primeiro disparate que lhes vem à cabeça. Passado algum tempo, acabam por amadurecer, e mostrar ao mundo o quanto estavam errados.
Vejamos outro exemplo.
terça-feira, outubro 11, 2005
Álbum de Recordações
Feito a correr o álbum. A vida contada aos quadradinhos. Distribuir nas páginas, o que não se revela nas fotos. Ali estás tu ainda menino, ar de traquinas e quase sempre São Martinho. Ali naquela outra já mais velho, velhos amigos, saudades desses tempos, as brincadeiras, as partidas. Ainda te faz mossa a partida. Não te detenhas aí. Muda de página. Olha quem chega agora, a menina linda dos teus olhos. Também dos meus. Sempre princesa. É ela quem te abraça, em caso de emergência. Vem a seguir mais um sorriso, uma outra mão, um outro abraço. Aquilo que agora sentes, saiu do enquadramento, vem desfocado. Se olhos brilham não os escondas, que um homem também vacila. Ponham-se em fila vêm lá as fotos e as palavras de tantos amigos. Lembras-te de tudo isto ? Textos escritos nas cumplicidades, alegria, sorrisos e gargalhadas. Neste a lembrança é mais séria. Da porrada que levaste em Caxias. Histórias de embalar que escrevias à princesa, como se estivesses em Espanha. Anda lá mais um bocadinho para a frente. É que cada um de nós vai dizer o que sente, bem perto de uma imagem. A última foto tiro-a agora. Apanho-te no meio delas as duas, a folhear o álbum. Nesta, fica-te bem o sorriso. Havemos de cá estar para o que for preciso.
segunda-feira, outubro 10, 2005
Abusar da sorte
Já escrevi uma vez sobre isto. Sobre as pessoas que já esgotaram o plafond de sorte que lhes está destinado para a vida. Um gajo que sobrevive a um desastre de avião tem é que estar quietinho em casa, e rezar para que nada mais o importune. Não deve candidatar-se a coisa nenhuma, nem sequer à administração do condomínio. É que nestas coisas de eleições, a sorte, por vezes, também conta, e o meu amigo já esgotou o seu plafond.
De igual forma, uma pessoa cujo filho sobreviveu a um desastre de avião, tem é que ir para casa agradecer a todos os santinhos e deixar-se ficar no seu aconchego sem importunar as outras pessoas. Não abusem da sorte meus senhores.
Por fim, há quem acredite que, ao casar com a Bárbara, o Manuel Maria esgotou o seu plafond de sorte e que, nesta linha de raciocínio, se devia dedicar a ficar em casa e ser, para o resto da vida, um homem objecto. Eu não acho que seja propriamente a sorte grande, mas que o homem estava a pedir uma tareia, lá isso estava. Bem feita.
De igual forma, uma pessoa cujo filho sobreviveu a um desastre de avião, tem é que ir para casa agradecer a todos os santinhos e deixar-se ficar no seu aconchego sem importunar as outras pessoas. Não abusem da sorte meus senhores.
Por fim, há quem acredite que, ao casar com a Bárbara, o Manuel Maria esgotou o seu plafond de sorte e que, nesta linha de raciocínio, se devia dedicar a ficar em casa e ser, para o resto da vida, um homem objecto. Eu não acho que seja propriamente a sorte grande, mas que o homem estava a pedir uma tareia, lá isso estava. Bem feita.
Elas sobre eles sobre elas
Ontem à noite, provavelmente cansado da noite eleitoral, parei na SIC Mulher, num programa em que quatro pessoas do sexo feminino, falavam sobre os homens. Guida Maria, Luísa Castelo-Branco, Ana Marques e Solange F discutem alegremente as relações entre mulheres e homens num programa chamado “Elas sobre eles”. Parece existir um programa exactamente no mesmo formato em que eles falam sobre elas, mas esse nunca assisti.
Trata-se de dividir a humanidade em dois grandes conjuntos, e discutir premissas sobre cada um deles. Temos então conjunto das mulheres e o conjunto dos homens. E a partir daqui é generalizar:
Os homens pensam da cintura para baixo
Os homens são mais práticos
Os homens davam jeito porque sabem colocar buchas, parafusos o que permite pendurar algumas das tralhas que as mulheres gostam de ter em penduradas. Mas desde que inventaram os berbequins, as mulheres conseguiram dominar o mundo da bricolage e já não precisam dos homens para nada. Ainda há a questão da muda dos pneus.
Os homens são intermitentes e as mulheres são contínuas.
Há sete mulheres para cada homem. Elas caçam, eles escolhem.
Os homens não se aguentam muito tempo sozinhos. Depois de um divórcio ou de ficarem viúvos encontram logo uma nova mulher.
Mais vale ser esperta que inteligente. Os homens fogem da inteligência feminina. Se conhecerem uma mulher gira, boa, rica e inteligente fogem a setes pés.
Eu sei que estas alminhas estão a falar de estereótipos, mas mesmo assim ... que raio de homens é que terão conhecido, para insistir na divisão do mundo pelo tracejado dos sexos? A velha divisão entre índios e cowboys, os policias e ladrões, os bons e os maus, é tão mais sábia ...
Todo o século XX a convergir para a igualdade entre homens e mulheres e assim que se vêem com um canal de televisão nas mãos, a primeira coisa que fazem é marcar fronteiras, cavar fossos e marcar terreno ? Mas de que é que estávamos à espera ? Eu já sabia, isto o mulherio é todo igual, quem já viu uma já viu todas. Assim que lhes concedemos uma coisinha querem logo tudo. Mas quem é que disse que as mulheres devem ter um canal de televisão? As mulheres na televisão, só devem fazer duas coisas, locução de continuidade e limpar o pó ao aparelho. Vão mas é para casa, tratar das tarefas domésticas. Desavergonhadas. Ordinaronas. Ressabiadas.
Trata-se de dividir a humanidade em dois grandes conjuntos, e discutir premissas sobre cada um deles. Temos então conjunto das mulheres e o conjunto dos homens. E a partir daqui é generalizar:
Os homens pensam da cintura para baixo
Os homens são mais práticos
Os homens davam jeito porque sabem colocar buchas, parafusos o que permite pendurar algumas das tralhas que as mulheres gostam de ter em penduradas. Mas desde que inventaram os berbequins, as mulheres conseguiram dominar o mundo da bricolage e já não precisam dos homens para nada. Ainda há a questão da muda dos pneus.
Os homens são intermitentes e as mulheres são contínuas.
Há sete mulheres para cada homem. Elas caçam, eles escolhem.
Os homens não se aguentam muito tempo sozinhos. Depois de um divórcio ou de ficarem viúvos encontram logo uma nova mulher.
Mais vale ser esperta que inteligente. Os homens fogem da inteligência feminina. Se conhecerem uma mulher gira, boa, rica e inteligente fogem a setes pés.
Eu sei que estas alminhas estão a falar de estereótipos, mas mesmo assim ... que raio de homens é que terão conhecido, para insistir na divisão do mundo pelo tracejado dos sexos? A velha divisão entre índios e cowboys, os policias e ladrões, os bons e os maus, é tão mais sábia ...
Todo o século XX a convergir para a igualdade entre homens e mulheres e assim que se vêem com um canal de televisão nas mãos, a primeira coisa que fazem é marcar fronteiras, cavar fossos e marcar terreno ? Mas de que é que estávamos à espera ? Eu já sabia, isto o mulherio é todo igual, quem já viu uma já viu todas. Assim que lhes concedemos uma coisinha querem logo tudo. Mas quem é que disse que as mulheres devem ter um canal de televisão? As mulheres na televisão, só devem fazer duas coisas, locução de continuidade e limpar o pó ao aparelho. Vão mas é para casa, tratar das tarefas domésticas. Desavergonhadas. Ordinaronas. Ressabiadas.
domingo, outubro 09, 2005
Finalmente
Já reflecti e já decidi. Exactamente no dia destinado para o efeito. Amanhã (daqui a umas horas) voto.
sexta-feira, outubro 07, 2005
Teoria
Em três passos conhece-se qualquer pessoa do mundo.
Eu explico.
Imagine-se uma pessoa qualquer do mundo. Então conhecemos alguém que conhece alguém que conhece alguém que conhece essa pessoa.
Será verdade? Não sei.
Serve para alguma coisa ? Huuuumm provavelmente não.
Mas é engraçado como assunto.
Eu explico.
Imagine-se uma pessoa qualquer do mundo. Então conhecemos alguém que conhece alguém que conhece alguém que conhece essa pessoa.
Será verdade? Não sei.
Serve para alguma coisa ? Huuuumm provavelmente não.
Mas é engraçado como assunto.
Discurso Directo
“Quero fazer um apelo ao voto dos ‘gays’ em Manuel Maria Carrilho , que é um candidato que nos apoia, não só em palavras mas também em actos.”
António Serzedelo
Presidente da Opus Gay
Diário de Notícias de Hoje
António Serzedelo
Presidente da Opus Gay
Diário de Notícias de Hoje
quinta-feira, outubro 06, 2005
Museu de Cera
As sondagens em Lisboa dão vantagem a Carmona. O PS arrisca-se a ficar, mais uma vez, arredado da CML.
Também quem é que os manda escolher um candidato que mais parece uma estátua do Madame Tussot.
Também quem é que os manda escolher um candidato que mais parece uma estátua do Madame Tussot.
Aprende a nadar companheiro
Continuo a surpreender-me com as memórias associadas a alguns sentidos. No outro dia, o cheiro da cantina da escola dos príncipes, levou-me até ao “Formigueiro”, o meu colégio castelo. Não me lembro como era a cantina mas o cheiro dos pratos e copos de plástico, dos pudins às cores, era exactamente aquele. O que será feito da Ercília ?
Ontem lá em casa ouviu-se esta canção, mais uma máquina capaz de nos transportar no tempo, até às viagens à Beira Alta, com a minha avó. Como bons burgueses que éramos, ia-mos de táxi, mas não dispensávamos o cancioneiro revolucionário. Do cancioneiro, a maré, como a Beira, ia alta.
Aprende a nadar, companheiro
Aprende a nadar, companheiro
Que a maré se vai levantar
Que a maré se vai levantar
Que a liberdade está a passar por aqui
Que a liberdade está a passar por aqui
Que a liberdade está a passar por aqui
Maré alta
Maré alta
Maré alta
(ajuda a equilibrar o post anterior)
Ontem lá em casa ouviu-se esta canção, mais uma máquina capaz de nos transportar no tempo, até às viagens à Beira Alta, com a minha avó. Como bons burgueses que éramos, ia-mos de táxi, mas não dispensávamos o cancioneiro revolucionário. Do cancioneiro, a maré, como a Beira, ia alta.
Aprende a nadar, companheiro
Aprende a nadar, companheiro
Que a maré se vai levantar
Que a maré se vai levantar
Que a liberdade está a passar por aqui
Que a liberdade está a passar por aqui
Que a liberdade está a passar por aqui
Maré alta
Maré alta
Maré alta
(ajuda a equilibrar o post anterior)
terça-feira, outubro 04, 2005
Teatro
Aviso aos leitores: este é um post muito reaccionário.
Tema: A crise das companhias teatrais (essencialmente no Norte) por atrasos no processo de distribuição de subsídios por parte do ministério da cultura.
Este atraso na distribuição de verbas já cabimentadas tem vindo a provocar a suspensão ou cessação de actividade de algumas companhias de teatro nortenhas. De um modo genérico, o teatro em todo o país sofre de uma exagerada subsídio dependência. Não me parece que faça sentido que uma actividade esteja sobredimensionada para o mercado que tem, esperando a existência de subsídios para garantir a sobrevivência. A dura realidade é que não há público suficiente para tanta companhia de teatro e que, à semelhança do que se passa noutros mercados, a oferta vai ter que se dimensionar à procura. Isto implica necessariamente o desaparecimento de muitas destas companhias. As mercearias de bairro fecham, os cinemas de bairro fecham, as indústrias pouco competitivas fecham, as escolas sem alunos fecham, os clubes de vídeo fecham e as galerias de arte também. Porque estão no meio de lutas desiguais mas sobretudo porque não têm mercado e porque o que existe procura soluções mais económicas. Isto quer dizer que eu acho que o estado não deva subsidiar o teatro? Não. Acho que o deve fazer de forma a não criar relações de subsídio dependência.
Formam-se comissões independentes que avaliam os projectos e decidem quais as companhias a financiar. Isto é não é nada. Quem é que garante que uma comissão independente faz uma triagem válida, face ao público que vai, ou está disposto a ir, ao teatro. Para mim, fazia sentido que o estado comparticipasse ou financiasse as acções de divulgação das peças que as companhias colocam em cena, e que pagassem em função do número de espectadores que tivessem ou directamente aos espectadores que comprassem bilhetes para as peças. Seguramente a ida de escolas ao teatro deveria ser totalmente paga pelo estado para garantir a vertente educacional e criar de uma vez por todas os bons hábitos. Virtude desta ideia: a triagem é feita pelo público. Defeitos desta ideia: corre-se o risco de premiar a falta de qualidade, a ausência de conteúdos culturais e educativos, a versão pimba do teatro. Existiriam casos destes como existiria o contrário, ganhar-se-ia a garantia que só se financiavam projectos com aceitação do público. Não acredito no financiamento de Brancas de Neve. Problema da ideia: as companhias deixavam de ter capital à cabeça. Solução para o problema: teriam que procurar investidores ou recorriam a crédito bancário com taxas de juro bonificadas. E se o projecto corresse mal ? Se corresse mal, acontecia o mesmo que acontece a todas as pessoas que têm ideias brilhantes mas que não resultam, e que se vêm a braços com a necessidade de pagar um empréstimo que contraíram para as colocar na prática. O risco só pode estar do lado de quem quer levar a sua avante. É natural e desejável que assim seja.
O país está cheio de pessoas que não estão a fazer aquilo para o qual investiram toda a sua formação. Os actores, encenadores, figurinistas, técnicos de luz e técnicos de som não têm que estar imunes à crise que o país atravessa. A verdade é que face a uma crise financeira, uma família começa por cortar naquilo que é considerado actividade de recreio. É triste ? É duro ? Pois é. Mas é nessa área que as pessoas do teatro resolveram trabalhar. Não têm outra alternativa ? Deviam ter. Eu gosto muito de escrever e tenho paixão por cantar. Gostava muito de cantar. Pois claro que gostava (mas também acho que o mundo não tinha obrigação de me aturar as cantorias). Não tive coragem para viver da minha paixão ? Pois não tive, e admiro muito quem teve. Mas as escolhas pessoais são sobretudo isso. Pessoais. Quando se escolhe sabe-se o que é que se está a escolher e os riscos que se estão a correr.
Uma companhia de teatro só deve existir, se conseguir levar pessoas às suas peças e se conseguir gerar receitas que permitam suportar os custos que têm. Podem e devem, face à actividade que exercem, ser apoiadas. Nunca sustentadas. Confesso que me irrita ouvir dizer que o estado não está a cumprir com as suas obrigações quando estamos a falar de um apoio que devia ser encarado como uma ajudam, e é transformado no principal suporte do exercício da actividade.
Tema: A crise das companhias teatrais (essencialmente no Norte) por atrasos no processo de distribuição de subsídios por parte do ministério da cultura.
Este atraso na distribuição de verbas já cabimentadas tem vindo a provocar a suspensão ou cessação de actividade de algumas companhias de teatro nortenhas. De um modo genérico, o teatro em todo o país sofre de uma exagerada subsídio dependência. Não me parece que faça sentido que uma actividade esteja sobredimensionada para o mercado que tem, esperando a existência de subsídios para garantir a sobrevivência. A dura realidade é que não há público suficiente para tanta companhia de teatro e que, à semelhança do que se passa noutros mercados, a oferta vai ter que se dimensionar à procura. Isto implica necessariamente o desaparecimento de muitas destas companhias. As mercearias de bairro fecham, os cinemas de bairro fecham, as indústrias pouco competitivas fecham, as escolas sem alunos fecham, os clubes de vídeo fecham e as galerias de arte também. Porque estão no meio de lutas desiguais mas sobretudo porque não têm mercado e porque o que existe procura soluções mais económicas. Isto quer dizer que eu acho que o estado não deva subsidiar o teatro? Não. Acho que o deve fazer de forma a não criar relações de subsídio dependência.
Formam-se comissões independentes que avaliam os projectos e decidem quais as companhias a financiar. Isto é não é nada. Quem é que garante que uma comissão independente faz uma triagem válida, face ao público que vai, ou está disposto a ir, ao teatro. Para mim, fazia sentido que o estado comparticipasse ou financiasse as acções de divulgação das peças que as companhias colocam em cena, e que pagassem em função do número de espectadores que tivessem ou directamente aos espectadores que comprassem bilhetes para as peças. Seguramente a ida de escolas ao teatro deveria ser totalmente paga pelo estado para garantir a vertente educacional e criar de uma vez por todas os bons hábitos. Virtude desta ideia: a triagem é feita pelo público. Defeitos desta ideia: corre-se o risco de premiar a falta de qualidade, a ausência de conteúdos culturais e educativos, a versão pimba do teatro. Existiriam casos destes como existiria o contrário, ganhar-se-ia a garantia que só se financiavam projectos com aceitação do público. Não acredito no financiamento de Brancas de Neve. Problema da ideia: as companhias deixavam de ter capital à cabeça. Solução para o problema: teriam que procurar investidores ou recorriam a crédito bancário com taxas de juro bonificadas. E se o projecto corresse mal ? Se corresse mal, acontecia o mesmo que acontece a todas as pessoas que têm ideias brilhantes mas que não resultam, e que se vêm a braços com a necessidade de pagar um empréstimo que contraíram para as colocar na prática. O risco só pode estar do lado de quem quer levar a sua avante. É natural e desejável que assim seja.
O país está cheio de pessoas que não estão a fazer aquilo para o qual investiram toda a sua formação. Os actores, encenadores, figurinistas, técnicos de luz e técnicos de som não têm que estar imunes à crise que o país atravessa. A verdade é que face a uma crise financeira, uma família começa por cortar naquilo que é considerado actividade de recreio. É triste ? É duro ? Pois é. Mas é nessa área que as pessoas do teatro resolveram trabalhar. Não têm outra alternativa ? Deviam ter. Eu gosto muito de escrever e tenho paixão por cantar. Gostava muito de cantar. Pois claro que gostava (mas também acho que o mundo não tinha obrigação de me aturar as cantorias). Não tive coragem para viver da minha paixão ? Pois não tive, e admiro muito quem teve. Mas as escolhas pessoais são sobretudo isso. Pessoais. Quando se escolhe sabe-se o que é que se está a escolher e os riscos que se estão a correr.
Uma companhia de teatro só deve existir, se conseguir levar pessoas às suas peças e se conseguir gerar receitas que permitam suportar os custos que têm. Podem e devem, face à actividade que exercem, ser apoiadas. Nunca sustentadas. Confesso que me irrita ouvir dizer que o estado não está a cumprir com as suas obrigações quando estamos a falar de um apoio que devia ser encarado como uma ajudam, e é transformado no principal suporte do exercício da actividade.
segunda-feira, outubro 03, 2005
Diálogo
Aos berros no local de trabalho
- Carlaaaaa
- Sim
- Qual é o tema de hoje ?
- Humm. Masturbação feminina.
- Boa.
- É bom.
- Pois é.
Quebras
Estou fanhoso, de nariz entupido, não consigo assoar-me, tenho sono e uma preguiça imensa. Apetece-me sofá e filmes. Para acompanhar tudo isto, o meu cérebro também está entupido. Deve ser castigo pelo esforço feito a dissertar sobre disparates. O meu crânio está em lusco-fusco. A propósito.
Quem é que, pela manhã, se enganou e pôs uma lâmpada de 25 W no sol?
Quem é que, pela manhã, se enganou e pôs uma lâmpada de 25 W no sol?
domingo, outubro 02, 2005
Homens ... Senhoras
(continuação do post anterior)
Desde então que, até há uns dias atrás, andava com esta dúvida na cabeça. O mistério esclarece-se à conta de outro mito do mulherio. O mito das pontas espigadas. O que é isto dos cabelos terem as pontas espigadas? Porque raio de carga de água as pontas dos cabelos espigariam? Aparentemente este é um fenómeno como o da candidatura de Cavaco Silva à presidência, toda a gente fala dele mas a verdade é que não existe. Foi numa destas dissertações a propósito da inexistência de pontas espigadas que uma mulher se disponibilizou a demonstrar-me a sua existência. Eu confrontei-a com a delicadeza da situação, explicando-lhe que ela não ia achar muita graça se eu me disponibilizasse a mostrar-lhe uma ponta espigada, mas ela não se demoveu e entregou-se a uma infindável tarefa de procurar uma ponta espigada no meio de milhões de pontas. Dez minutos naquela tarefa e lá mostrou um sorriso vitorioso.
- Aqui está uma.
Exibe-me a ponta de um cabelo em forma bifurcada. Isto é que é uma ponta espigada? Um Y na ponta de um cabelo. É por isto que se vendem milhões de champôs ao dobro do preço. Porque causa dos Y’s? Então e os W’s, e os X’s e os S’s e os Z’s. Como se não bastasse, ela conseguiu separar o cabelo em dois, o que na realidade significa duplicar o cabelo. Ora isto põe-me a pensar que o que eu preciso é de um champô que me espigue as pontas. Pago 10 vezes o preço de um champô normal para duplicar os meus parcos cabelos. Isto é a solução para os meus problemas.
Não contente com a demonstração, aquela mulher resolveu encontrar outra ponta espigada para um colega meu, que entretanto se interessou pelo assunto. Mais dez minutos de intensas buscas e lá conseguiu encontrar a outra ponta em Y.
Isto fez-nos falar a todos sobre o assunto e chegar a meia dúzia de conclusões. As mulheres têm exactamente duas pontas espigadas no meio dos seus milhões de cabelos e sentem tremendas dificuldades para as encontrar. Precisam de ajuda para o fazer e fazem-no aos pares ou aos trios. Ajudar outra mulher a localizar as suas duas pontas espigadas, faz parte da conduta de honra do sexo feminino, mesmo que não se conheçam de lado nenhum. É um ritual provavelmente parecido ao catar dos piolhos dos macacos. Dão as costas, no caso o couro cabeludo, e o outro cata os piolhos. É isto que as leva em grupo à casa de banho. Vão catar as duas pontas espigadas que possuem nos cabelos. É um hábito social que deve ter regras muito próprias, ditar relações de poder, enfim um ritual de contornos bem definidos e que me falta aprofundar.
É natural que a esta descoberta seja negada com maior ou menor veemência. Mas a negação é tantas vezes o primeiro dos sintomas de tanta coisa...
Desde então que, até há uns dias atrás, andava com esta dúvida na cabeça. O mistério esclarece-se à conta de outro mito do mulherio. O mito das pontas espigadas. O que é isto dos cabelos terem as pontas espigadas? Porque raio de carga de água as pontas dos cabelos espigariam? Aparentemente este é um fenómeno como o da candidatura de Cavaco Silva à presidência, toda a gente fala dele mas a verdade é que não existe. Foi numa destas dissertações a propósito da inexistência de pontas espigadas que uma mulher se disponibilizou a demonstrar-me a sua existência. Eu confrontei-a com a delicadeza da situação, explicando-lhe que ela não ia achar muita graça se eu me disponibilizasse a mostrar-lhe uma ponta espigada, mas ela não se demoveu e entregou-se a uma infindável tarefa de procurar uma ponta espigada no meio de milhões de pontas. Dez minutos naquela tarefa e lá mostrou um sorriso vitorioso.
- Aqui está uma.
Exibe-me a ponta de um cabelo em forma bifurcada. Isto é que é uma ponta espigada? Um Y na ponta de um cabelo. É por isto que se vendem milhões de champôs ao dobro do preço. Porque causa dos Y’s? Então e os W’s, e os X’s e os S’s e os Z’s. Como se não bastasse, ela conseguiu separar o cabelo em dois, o que na realidade significa duplicar o cabelo. Ora isto põe-me a pensar que o que eu preciso é de um champô que me espigue as pontas. Pago 10 vezes o preço de um champô normal para duplicar os meus parcos cabelos. Isto é a solução para os meus problemas.
Não contente com a demonstração, aquela mulher resolveu encontrar outra ponta espigada para um colega meu, que entretanto se interessou pelo assunto. Mais dez minutos de intensas buscas e lá conseguiu encontrar a outra ponta em Y.
Isto fez-nos falar a todos sobre o assunto e chegar a meia dúzia de conclusões. As mulheres têm exactamente duas pontas espigadas no meio dos seus milhões de cabelos e sentem tremendas dificuldades para as encontrar. Precisam de ajuda para o fazer e fazem-no aos pares ou aos trios. Ajudar outra mulher a localizar as suas duas pontas espigadas, faz parte da conduta de honra do sexo feminino, mesmo que não se conheçam de lado nenhum. É um ritual provavelmente parecido ao catar dos piolhos dos macacos. Dão as costas, no caso o couro cabeludo, e o outro cata os piolhos. É isto que as leva em grupo à casa de banho. Vão catar as duas pontas espigadas que possuem nos cabelos. É um hábito social que deve ter regras muito próprias, ditar relações de poder, enfim um ritual de contornos bem definidos e que me falta aprofundar.
É natural que a esta descoberta seja negada com maior ou menor veemência. Mas a negação é tantas vezes o primeiro dos sintomas de tanta coisa...
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