Já aqui escrevi que o António Maria foi baptizado no Domingo passado.
A cerimónia foi rica em incidentes, mas até que nem correu mal:
O missal não estava disponível e tivemos que forçar uma espera de cinco minutos para que se encontrasse algum suporte às leituras;
O salmo não tinha leitor prédefinido;
A segunda leitura foi mesmo à segunda tentativa;
Não havia certeza sobre a água benta ser de facto benta. Pelo sim pelo não, foi benzida ali mesmo à frente de todos;
Quando se anuncia a necessidade de passar óleo no peito, ninguém abriu a veste do António expondo-lhe o peito (pior seria se achassemos que era para pais e padrinhos passarem óleo no próprio peito e dessemos início a uma sessão de strip);
Os desenhos que as crianças fizeram para o ofertório nada tinham a ver com o baptismo do António (assim de repente vi uma baliza e um jogador da bola, vários carros e o desenho tipico da casa com chaminé a deitar fumo e uma árvore cá fora)
A vela tinha um pavio de alguns 30 cm que ia incendiando as vestes da criança, dos pais, dos padrinhos e do padre;
Não apaguei a vela quando era suposto;
Os pais comungaram do corpo e do sangue de Cristo e a mãe comentou de forma audível "Huuummm. É bom. O que era ? Vinho do Porto ?" Vampira.
O discurso final dos pais não fazia parte da coreografia ensaiada e foi mesmo de improviso (auxiliado pelo consumo de vinho do Porto com o estômago vazio)
(esta já contei) a criança ia ficando com o fumeiro ou o candeeiro encastrado no crâneo
À parte estes pequenos detalhes, tudo correu de feição.
Ora, quando vamos à sacristia para as assinaturas, a senhora além de recolher as assinaturas, recolheu alguns euros, sendo que parte deles lhe eram devidos. xx euros pelas flores e, segundo ela, yy euros pelo tempo. Qual tempo ? O tempo dela ou tempo fresco de Sintra em contraste com o calorão de Lisboa. Será que a mulher de peruca e óculos escuros da sacristia tem uma relação previligiada com São Pedro. Se sim, como se atreve a pedir dinheiro à conta dessa proximidade ? E depois ainda nos induz a participar com "o que quisermos dar" para ajudar. Ajudar o quê ? Ai a maçada. A senhora nem as leituras tinha colocado no seu devido lugar. Tome juízo minha senhora. Peça dinheiro aos noivos que iam casar a seguir e que deram instruções para que as flores do casamento só fossem colocadas depois do baptismo para nós não nos aproveitarmos das flores dela. Há-de ser um casamento muito feliz.
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