sexta-feira, fevereiro 27, 2004

Check List
Carregar o Telemóvel
Pagar a TV Cabo
Pagar o ADSL
Pagar à Mulher a Dias.
Acabar de Fazer o Necessaire
Colocar a comida no saco térmico.
Fazer as 10 tarefas do trabalho. Passar as coisas para as mãos certas.
Encher o depósito de gasolina do carro que fica cá.
Levar carregadores.
Dizer aos leitores da Caixa de Costura que me vou ausentar por uma semana. Achar estúpido dizer o que quer que seja porque é evidente pelos posts anteriores.
Dizer no blog, mais uma vez, que as alfinetadas não servem para deixarem recadinhos umas às outras. Ouviu menina Ana?
Dizer à Caixa de Costura que também lhe vou sentir as faltas.
Dar milhões de beijos ao Manel e à Ana.
Até ao meu regresso.
Ai já me esquecia. Pôr o João no carro.
Lá vamos nós com os Cantos do Sofá.



quarta-feira, fevereiro 25, 2004

Não te esqueças ...
... que ele sua horrores dos pés e depois do Ski é preciso trocar-lhe logo as meias.
... de lhe dar comida. Que não é para andar que nem um maluco a fazer pistas e me esquecer que o miúdo precisa de almoçar.
... de lhe dar banho logo a seguir ao ski, antes de te ires enfiar com o Pedro a beber cervejas e a comer patatas bravas.
... que ele precisa de comer sopinhas e carne e peixe, que uma criança não se alimenta a Jamon Serrano. Não????
... de lhe pôr as meias e as 3 dúzias de camisolas que estão uns tantos graus abaixo de zero.
... de nos telefonar pelo menos umas quinze vezes por dia, que ele vai ter muitas saudades minhas e do Manel.
... de o pôr a fazer xixi antes de deitar, senão vais ter que levar mudas de lençóis. (talvez a criança não se importe de ser algaliada, mesmo durante o dia, que ir à casa de banho com aquelas calças é muito chato).
... de ir com todo o cuidadinho na estrada que o meu coração já está minusculo de estar uma semana sem voçês.
Não me vou esquecer de nada disso, podes ficar descansada Mãe Amor.
(Aposto que amanhã escrevo um post chamado "Levas aqui ... uma embalagem de Brufen e outra de Benuron para o caso de ele ter febre").

terça-feira, fevereiro 24, 2004

No parapeito
Já sabia que o 100nada andava no ar, visitava-o por vezes e calculava o prazer da escrita pelo enorme gozo da leitura. Disseram-me um dia para espreitar o parapeito, onde uma menina grande, à janela, fazia estendal de coisas bonitas. Li um post "Tu primeiro, eu depois". Disse-me tanto. Os irmãos deviam ser assim. Como Bethânia e Caetano, como Rita e João. Foi depois deste post que nasceu a Caixa de Costura e a responsabilidade, além de muito minha, é repartida entre um Parapeito e o Absolutamente Vazio. A menina deixou a janela e escreveu-o na vidraça, o parapeito está mais vazio. Sei que quando passar por baixo dele, vou sempre levantar os olhos a ver se há roupa pendurada ou flores nas floreiras, sei que um dia hão-de acabar por aparecer.

segunda-feira, fevereiro 23, 2004

Humor por mail
Não costumo colocar piadas recebidas por mail no meu blog. Acho que vou abrir uma excepção para esta Cotovelada:

Eu costumava odiar ir a casamentos, porque havia sempre aquele momento, no final, em que todas as avós e tias velhas vinham ter comigo, davam-me uma coteveladazita e diziam com um ar todo derretido:
"O próximo és tu !"
Mas pararam de fazer essa merda... quando eu passei a fazer-lhes a mesma coisa nos funerais !...

domingo, fevereiro 22, 2004

Os domingos
têm destas coisas. Um acordou com uma tremenda vontade de brincar com todos os carros ao mesmo tempo, e o autocarro não podia faltar. A mesa da cozinha tem mais trânsito que a ponte em fim de semana de verão. Todos os acessos estão caóticos. O outro não conseguia beber o leite por ter o nariz entupido. Queria pingos mas não queria pô-los. Choradeira garantida, mas lá lhe enfiei o leite goela abaixo.
Estou em pânico. Não sei do voucher dos apartamentos da neve. Partimos na 6ª. Só os rapazes mais velhos cá de casa com os rapazes mais velhos do canto do sofá. Gajas e menores que cinco anos ficam por cá, a poupar o dinheirinho dos forfaits para a abertura do IKEA. Vá um homem entender estas coisas. Amanhã se o não encontrar, tenho que perder algum tempo a conseguir uma coisa chamada "terceira via do voucher que os dois primeiros evaporaram-se". As boas notícias é que tem nevado muito pelos pirinéus.

sexta-feira, fevereiro 20, 2004

Cuidado
Hoje à saída do banho tinha um Elefante trombudo e um feroz Leão a olhar para mim com um ar ameaçador. Corri o mais que pude até ao quarto.
Mais tarde na rua, passou à frente do meu carro, o Zorro que perseguia uma Fada Madrinha. O polícia assistia a tudo como se nada fosse com ele, e não não se impressionou com o Homem Aranha, o Hulk e um Power Ranger encarnado que estavam por perto.
A Enfermeira ia de mão dada com o Cowboy, e a Espanhola não estava a gostar nada da brincadeira. O Cozinheiro, a Vaca e o Pirata estavam com um ar tão feliz, provavelmente por ser Sexta-Feira. Será que aquela Cigana me quer ler a sina?
Há dias em que a realidade se deixa embrulhar de fantasias.

quinta-feira, fevereiro 19, 2004

Lagos
As primeiras férias no Algarve foram em Lagos. E as segundas e as terceiras. Só muito depois descobri o Algarve para lá de Lagos. É cidade em muralhas que lhe protege o coração. É pequena como a Dona Ana e imensa como a Meia Praia. É a cara de um Algarve de aconchego e tem os melhores folhados de salsicha que conheço. Tem a estátua de um rei Menino, recém chegado dos nevoeiros. Conduzi lá o Honda da tia Zé muitos anos antes de poder conduzir, na ponta da Piedade. É uma cidade menina, mas sem paneleirices. Tem cinema, exposições, cafés e gente todo o ano. E a praia da Luz fica por perto. E o mar recortou-lhe a silhueta de encantos.
Idade
Descobri que nunca posso comemorar os meios anos porque do lado oposto a Agosto fica Fevereiro, que não tem fim do mês. Por outro lado decidi adoptar a métrica da criançada. Quando perguntarem a idade digo-a em meses. Parto do princípio que assim, actualizando-a todos os meses, me vou habituando a esta fase de crescimento. Por agora tenho quatrocentos e trinta e muitos meses.
Se calhar adopto a escala da gravidez e converto isto em semanas. Não estou bem certo, mas rondam as 1900. Mas essas começam a contar desde a última menstruação. A sério que não me lembro. A menopausa já foi há tanto tempo.
E se veio aqui parar porque resolveu pesquisar "menopausa" no Google e lhe apareceu um link para esta página, eu só tenho que lhe pedir desculpas minha senhora.

quarta-feira, fevereiro 18, 2004

A pesquisa
que fiz por imagens do Acácio Barreiros e pela UDP levou-me ao Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra. Digo-vos que há relíquias por lá. Lembrei-me de umas fotografias dos tios, sobre os murais de Lisboa. E de umas colecções de autocolantes também.
Acácio Barreiros
Morreu. Vítima de doença prolongada, um conceito tão lato, onde cabem tantas histórias. Nos últimos anos (alguns vinte e tal) foi deputado pelo Partido Socialista. Não é da bancada rosa que me vêm as memórias. Era ainda antes disso. Do tempo em quera um dos (se calhar o) deputado(s) da UDP. Era irreverente e nada compatível com os formalismos da nossa assembleia. Estava sempre a ser repreendido e por vezes era expulso do hemiciclo. Divertia-me assistir a essas sessões, como quem via futebol só pelos cartões amarelos e vermelhos, ou ainda pior, ver a F1 por causa dos acidentes.
.
Hoje
pela manhã, além dos afazeres do costume, pediram-me para fazer chantilly. E eu tudo bem.
Fiz. A percepção que tenho é que, quando chegar a casa, já não vou encontrar o resultado da minha árdua tarefa.

terça-feira, fevereiro 17, 2004

segunda-feira, fevereiro 16, 2004

Aquele abraço
Esqueci o cigarro em cima do cinzeiro, acompanhava-me na contemplação. A música de Jobim, a luz cerrada que contrasta com o elevador de Santa Justa, a silhueta de Lisboa, de formas generosas. Tão sensual a minha cidade.
Nem tinha reparado nele, entregue ao jornal, com a idade e a cadência dos sábios. O rapaz aproximou-se dele quase a pedir licença, sem motivo e sem grandes forças, entregue à vida. Assim que o viu, levantou-se como uma mola, e abraçou-o com tanta força. O rapaz escondeu o rosto no ombro que o consolou. Nada disseram, parecia que não precisavam de dizer nada, tudo se falou no rosto abrigado e no abraço. Quando dois homens se abraçam assim, Deus anda com certeza por perto. Fui-me embora por não me dizer repeito.
Lembrei-me de um abraço antigo que vi há muitos muitos anos atrás por uma porta entreaberta. Era um pai a contar ao filho meu amigo, que a mãe, bem a mãe que estava doente, ... Nunca me vou esquecer desse abraço.

sexta-feira, fevereiro 13, 2004

Sexta 13
Se por obra do acaso, algo correu mal no dia de hoje, sempre pode descontrair um pouco com mais um episódio da saga do espacamento dos pinguins. Serve também como alternatitava para o dia de são Valentim.
Se o pinguim não ajudar os casais de namorados, e por amanhã ser também o Dia Europeu da Disfunção Sexual, a Sociedade Portuguesa de Andrologia disponibiliza uma Unidade Móvel de Apoio e Aconselhamento aos problemas sexuais que estará na Praça da Figueira, em Lisboa entre as 10h00 e as 20h00.
Divirtam-se.
Qual é coisa
qual é ela Qual o filme, qual o sonho fabricado, que viagem, que depressa, que sossego, vou sorrir, quero chorar, vou fugir, onde me levas, vou contigo, quero ir, quero quero e quero, vou dormir vou-te abraçar.


quinta-feira, fevereiro 12, 2004

Será
que ontem deixei uma cerveja no congelador? Acho que hoje fico a trabalhar até que todos estejam a dormir lá por casa. Com sorte consigo descongelar, limpar e voltar a congelar sem que ninguém dê pelo sucedido.
Aprendi hoje
que para se decidir os desenhos da calçada lisboeta se procedeu a um estudo. Desse estudo conclui-se que na rua, homens e mulheres têm comportamentos diferentes. Os homens andam em linha recta e as mulheres andam aos círculos. Desse estudo decidiu-se que os motivos dos passeios seriam tendencialmente rectilíneos e os motivos das praças seriam tendecialmente curvos.



É engraçado
o dia de hoje corre-me como um prato de esparguete. Caótico se visto de perto, harmonioso à distância, mas muito saboroso.
Atrasado
Saí até um pouco mais cedo do que costume, cheguei depois da hora pretendida. Normalmente isto irrita-me, resultado da contabilidade às meias horas não dormidas. Hoje foi um atraso muito saboroso. Estacionei no largo, longe do colégio dos príncipes, fomos à esplanada beber café e comer sanduiches de fiambre e manteiga aparadas. O preço nas esplanadas está pela hora da morte. Fomos até à escola pelo jardim das escadas e rampas e corremos a assustar os pombos. Quando chegámos à porta da escola berrámos muito alto que não queríamos ir à escola e todos nos ouviram.
Oásis de fim de semana criados por nós.
Vivaldi
Rapaz. Eu sei que a culpa não é tua, tanto mais que não és do tempo das chamadas em espera, mas a verdade é que metade das vezes que uma chamada fica em espera, sou brindado com a tua Primavera que se está a tornar insuportável.
Já tinham feito a mesma brincadeira com o genérico do boletim meteorológico, mas passou-lhes. A bem da verdade, o segundo lugar do top chamadas em espera, é ocupado pelos Madredeus. Já esses conheciam a realidade das chamadas em espera, e não se preocuparam nada com isso. Compuseram músicas capazes de levar qualquer um ao desespero após o primeiro minuto em espera.
Daqui vai o meu apelo para todos os compositores. Na altura da criação da obra, por tudo o que vos é sagradinho, pensem neste flagelo que são as chamasdas em espera. Obridadinha pá.

quarta-feira, fevereiro 11, 2004

Escrevia
ontem sobre a luta pela guarda de uma criança e veio-me à memória a primeira peça de teatro para "crescidos" a que os meus pais me levaram. Tinha 7 anos quando fui ver o "Círculo de giz caucasiano" ao Teatro Aberto. Lembro-me da Irene Cruz e de dois meninos, um louro outro moreno que se repartiam na tarefa de representar todas as noites. Na noite em que fui, acho que era noite de menino louro. Fazia-me falta rever esta obra de Bertolt Brecht .

terça-feira, fevereiro 10, 2004

É permitida...
a utilização, por parte das leitoras deste blog, do véu islâmico.
.
Caramba
que hoje apetece-me ouvir isto.

Caramba

Letra e música: Sérgio Godinho

Ó senhor da loja
já que a vida é curta
diga-me lá, se souber
quantos metros tem a dor

E já que ainda por cima
a vida é pesada
diga-me lá, se puder
quantos quilos tem o amor

E já que a paciência
tem os seus limites
diga-me lá quantos são
que é p'ra eu saber se espero ou não
quando for desesperar

Já que a vida é curta
e o futuro, diz que está aqui já
(sei lá)
já que o futuro vêm
em peças separadas p'ra montar
(ah! ah! ah! ah!)
antes que se esgote
reserve desde já o seu exemplar
Caramba
está-se p'raqui a dançar na corda bamba
sem se saber para que lado é que se cai
nem com que pé é que se samba
(Refrão)

Ó senhor da loja
já que a vida é bela
diga-me lá se souber
em que espelho a devo olhar

Mas se por outro lado
diz que a vida é dura
arranje-me aí, se tiver
um capacete p'ra eu marrar

E já que a vida é feita
de pequenos nadas
guarde-me aí quatro ou cinco
que é p'ra quando for domingo
eu os poder saborear

(Refrão)

Ó senhor da loja
já que a vida é breve
arranje-me aí os ponteiros
dum relógio que atrasar

E já que no fundo
vai tudo dar ao mesmo
diga-me se o mesmo é mesmo
tudo o que ainda vai mudar

E já que é preciso
deitar contas à vida
desconte-me aí os meses
em que apenas fiz às vezes
doutro que não era eu

(Refrão)
Iruan
Uma disputa imbecil em tribunal sobre a guarda de uma criança. Orfão primeiro de mãe, depois de pai, vê-se no meio de uma guerra cega, estúpida e insensível que lhe potencia a dor. Não haverá quem veja que se pode evitar isto ? Que merda de mundo.

segunda-feira, fevereiro 09, 2004

Esta noite
vou-te sobrevoar os sonhos. Aterro no primeiro beijo que encontrar
Sexómetro
Instigado pela Blogotinha, lá fui até ao Sexómetro.
Os procedimentos são simples, escreve-se o nome do casal e é apresentado o resultado numa escala de 0 a 100.
Os resultados foram dúbios:
1. Se se considerar apenas o primeiro nome da minha mulher o resultado é mediano:
49 pontos em 100, com o seguinte comentário
Your sex life is kind of average. May be you're satisfied with it, but remember that there is more.
2. Se considerar os dois nomes próprios da minha mulher:
99 pontos em 100, com o seguinte comentário
Ooh la la! You have a great sex life, but may be you do it just too often! Don't forget life offers more than just sex!

Perante este dilema, resolvi investigar outros casais fictícios:

Bárbara e Manuel Maria - 19 pontos.
Maria José e Jorge - 38 pontos.
Manuela e José Eduardo - 56 pontos.
Judite e Fernando - 76 pontos.
Isabel e Duarte - 57 pontos.

Confundiu-me, esta investigação. Desculpem não escrever mais nada mas tenho umas coisas a tratar em casa.



Acne ?
Nasceu-me uma borbulha bem ao lado da narina direita. Se for da puberdade chegou pelo menos com 20 anos de atraso.

domingo, fevereiro 08, 2004

Luísa
Uma coisa é garantida. As cores e os sons são os de quem vende e os de quem compra. As mulheres gordas e de avental atropelam as vozes para chegar primeiro aos ouvidos das freguesas. A fruta cheira a fruta, os legumes a legumes e o peixe, meu Deus, cheira tanto a peixe. Todos apregoados como os mais frescos das redondezas e baratos, que a vida está tão difícil para todos. A salsa e os coentros são por nossas conta, e se levar este restinho da caixa, até se faz um preço especial. Os trocos levam para as carteiras os cheiro e as escamas. As prateleiras não têm espelhos nem ordem e os produtos nunca viram códigos de barras. A Sr.ª Teresa dos legumes até já tem uma balança das modernas, mas não há balanço como o dos pratos e dos pesos gastos no tempo.
Tantas idas aos hipermercados fizeram-na esquecer aquele estranho aconchego. As gordas rosadas chamam-na de “menina” e de “amor” e de repente apeteceu-lhe comprar de tudo um pouco. E regatear. O que lhe apetecia regatear. Há muito que não se deixava banhar de tanta cor. Os dias cinzentos atrás das costas e as feridas abertas da última relação velaram-lhe a alma. Tudo lhe parecia em contraluz e era assim que tinha que ser. “Filho da puta. No que me tornei”. Agora, o arco íris naquele mercado de um acaso, esbofeteava-lhe, um por um, os sentidos. Deixou-se levar pelo ardor, porque o que arde geralmente, tende a curar. E a possibilidade da cura, era para ela, algo que não se podia dar ao luxo de desprezar.
Aproximou-se das bancas de peixe, palco de tantas as campanhas eleitorais. Deixaram autocolantes nas balanças e aventais e beijos mal amanhados às peixeiras. Comprou muito peixe, em concordância com uma mão cheia de recomendações colhidas por alturas da última visita à médica de família. De certeza que da próxima vez, a peixeira se lembraria dela. Essa é outra vantagem do mercado, para além do dinheiro, ficam-nos com o rosto na memória. As freguesas também as decoram, sempre podem pedir contas à frescura da mercadoria, caso a coisa dê para o torto.
Foi até aos legumes. Verificou que tudo o que queria estava naquelas caixas. Batatas, cebolas, brócolos e couve flor. Não encontrou a couve flor. Dirigiu-se à vendedora e perguntou-lhe por ela. A mulher chamou o filho e pediu-lhe a caixa da couve flor.
“Acabou-se-me a que aqui tinha, e ainda não fui buscar mais. O meu filho já a traz. Está no segundo ano de turismo. É muito bom rapaz e ainda melhor filho. Ao Sábado dá-me sempre uma mãozinha aqui na praça a atender as freguesas.”
De trás dos caixotes, um rapaz traz a caixa pretendida. O olhar dele intrigou-a. Muito fixo, sem desvios. Olhar enorme e traquino, paredes meias com um sedutor tosco e vulgar. Baixou os olhos, pegou nos legumes e pagou sem olhar. Virou costas e saiu quase apressada. O rapaz chamou-a.
“Minha flor, esqueceu-se da sua couve, senhora”.
“Desculpe ?”
“A senhora ... Esqueceu-se da sua couve flor.”
Estava capaz de jurar que não foi aquilo que ele disse. Ainda pensou atirar-lhe a couve flor aos cornos. Acabou por lhe agradecer, pegou no saco e fez-se confundir na multidão.
Resultado
da sondagem sobre a candidatura portuguesa ao Nobel da Paz. Parece que o Alberto João Jardim ganha, mas sem maioria absoluta que aqui na Caixa de Costura não há défice democrático.

sexta-feira, fevereiro 06, 2004

Então ????
Passou por aqui o visitante 4000 e nem levou o troféu? Um dedal e uma agulha em ouro branco e uma mão cheia de botões em madre pérola. O que é que eu faço a isto ?
Junto-lhe mais uma tesoura e 10 metros de tecidos do Vidal e ofereço ao 5000.

quinta-feira, fevereiro 05, 2004

Querem-me
...lá ver. Que agora se nos der para largar um arroto nesta tasca, ainda temos que pedir licença. Aquilo vai para ali uma revolução. E está tudo assim para o rosinha. Não tarda muito, em vez do calendário com as miúdas, põem um contador com o número de dias que falta para o Euro, ou para o dia dos Namorados. :-)
Pesquisas
Mais uma vez me surprrendo quando percorro a lista de palavras pesquisadas na internet e que originaram uma visita à Caixa de Costura. Desta vez, no meio de muitas Caixas e Costuras, encontrei:
1. Gravidez
2. Receitas para Bifanas
3. Trajecto Urbano do Metro do Porto.
Para não desiludir os potenciais visitantes aqui vai
Gravidez - normalmente dá nas mulheres para alívio de quase todos os homens. Há-de ser sempre um dos pontos fracos do homem, já que confere uma relação previligiada com o feto que se há-de tornar bébé. Dura mais coisa menos coisa 40 semanas e ficam lindas, enormes, hiper sensíveis (capazes de chorar a ver o TV Rural) e carregadinhas de hormonas.
Bifanas (receitas de) - é muito simples. Louro, colorau, alho, vinho branco e sal. Deixam-se marinar uma hora nestes temperos e fritam-se em banha de porco. Fritar bem para não correr o risco de apanhar uma bicha solitária.
Porto (Trajecto Urbano do Metro do) - não faço a menor ideia. Se eu mandasse, passava no Salão de Chá de Leça da Palmeira, no forte de Matosinhos, na Praia da Luz, na Casa de Serralves, na Ribeira, na Câmara Municipal, na Rua de Santa Catarina, no Marquês e na Praça Velasquez.

quarta-feira, fevereiro 04, 2004

No post anterior
referi uma ida à Serra da Estrela há dois anos atrás, antes de terem renovado toda a estância de esqui, melhorando substancialmente as infraestruturas. Resolvi espreitar a webcam e decidi. Ainda não é este ano que lá vou.
Olé

Eis que aos poucos se aproxima o Carnaval. A Gotinha que me perdoe mas o mês de Fevereiro lembra-me duas coisas. O Carnaval e uma ida à Serra da Estrela donde voltei deprimido, já que fui na clara disposição de esquiar, e mal consegui ver neve. Nunca me lembro do dia dos namorados que está, para mim, na mesma classe do “Dia Internacional da Uva Mijona” ou do “Dia Mundial do Canhoto”, com o devido respeito pelos namorados, pelos canhotos e pela incontinência do fruto.
O Carnaval é como o festival da Canção, quando nasci era muito importante e foi perdendo prestígio, sendo que, de vez em quando recupera alguma importância. A propósito, parabéns à Sofia da Operação Triunfo sobretudo por ser assim. Aqui há uns poucos anos, quase já nem me lembrava do Carnaval, apareceram na minha vida umas festas de Carnaval muito animadas e ímpares.
Ímpares porque eram na residência dos embaixadores de Espanha, e porque nunca eram no Carnaval. Eram sempre umas três semanas depois para que todos os filhos dos embaixadores pudessem juntar-se em Lisboa. Isto atirava o Carnaval para a segunda metade da quaresma, animando-a definitivamente. Ainda hoje os vizinhos comentam aquelas saídas lá de casa, eventualmente no final de Março, de um grupo de mascarados para uma noite que prometia farra. A animação era garantida pela quantidade de bebida disponível na festa sem que a mesma fosse acompanhada de comida. Prevenido, no segundo ano, já levava os bolsos carregadinhos de batatas fritas e aperitivos, para serenar a taxa de álcool.
Não consigo contar muito mais dessas festas porque de facto, só me lembro da primeira meia hora, tudo o resto está naquela zona híbrida que não consigo destinguir se era verdade ou mentira. Uns cães muito feios, um senhor que veio ter comigo porque eu estava a desafinar o piano do salão nobre (ora eu nem sei tocar piano), um lago com peixinhos mal dispostos, uma cozinha com um Pata Negra mesmo a pedi-las (mas eu era incapaz de comer alguma coisa que me não tenha sido oferecida). Tudo isto deve ser fruto da minha fértil imaginação. Seguro que sim.
De qualquer forma retomei o gosto pelo Carnaval, o que me leva a ter alguma compreensão pelo João e Manuel Marias que ficaram doidos no Domingo com as máscaras que apareceram lá por casa.

terça-feira, fevereiro 03, 2004

Bibas
O Bernardo é meu sobrinho e faz hoje 13 anos. Tão próximo da data de aniversário da avó Céu que ainda me visita tantas vezes o sorriso. O Bibas está adolescente e é louco pelo Benfica. Se pudesse oferecer-te algo de imenso, oferecia-te tudo o que hoje de bonito se viveu no estádio da Luz. Parabéns.
Já tá
quase tudo, na ordem natural das coisas.
Mas quem me manda
a mim meter-me nestas coisas dos computadores. Eu até nem sou formado nisto da informática nem nada.
Ai que me lembrei do termómetro. Onde é que morava o termómetro ???? Que se lixe o termómetro. Querem saber a temperatura ? Vão à rua e advinhem.
Vou-me deitar que estou desfeito.
Só falta
os links e o mail e a imagem que era um link para o cinema. A que é que eu chamava aos blogues comunitários? Alfinetes de dama, botões, e o quê???????
E os comentários
valham-me os anjinhos todos. Onde é que se enfiaram comentários? Isto foi obra da senhora do terceiro post a contar daqui como quem desce. Raios parta a velha. Bruxaaaaaaaaa. Ó minha senhora devolva-me lá os comentários que eu dou-lhe uma esmola generosa da próxima vez que a encontrar.
E os links ????
onde é que andam a porcaria dos links? E agora como é que .... Aiiiii Tenho que ir tomar o frasco de Atarax que anda cá por casa. O Atarax? Viram o Atarax

segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Ai jesus
que o template da Caixa se foi, e agora está tudo debaixo de escombros.
Esmola
Passa por mim mais uma vez, como faz há tantos anos. Estende-me a mão e pede dinheiro. Para remédios ou para uma sopa ou para o que for, pouco me importa. Fico sempre com aquela dúvida cretina de que faz aquilo por hábito e que não precisa da caridade para nada. É isso que se diz nos cabeleireiros ali das redondezas.
Por vezes entrego-lhe uns cêntimos, solução fácil para o pequeno transtorno de ter à minha frente aquela figura de mão estendida, sobre quem nada sei. Preferia que vendesse pensos para lhe dizer que não preciso, ou para lhe perguntar se vendia soro fisiológico que isso sim é que eu precisava.
Faz parte da paisagem, como o carro das castanhas ou a banca dos jornais ou a loja de fast food, apenas é itinerante. Sei que há-de surgir, só não sei quando nem onde.
E se, às tantas, a moeda que lhe não dou, faz mesmo a diferença? Que raio de crápula que por vezes sou.
Nobel da Paz II
A propósito do post aqui por baixo resolvi estrear uma modalidade de sondagens no blog.... ora aqui vai.

domingo, fevereiro 01, 2004

Bush e Blair....
foram nomeados para o Nobel da Paz. O que terás tu, minha velha amiga, a dizer sobre isto?