quarta-feira, março 07, 2007

DIM

Para além de uma marca de peúgas daquelas todas sexy até às virilhas, DIM também serve para Dia Internacional da Mulher. Sinónimo de DDG: Dia Das Gajas.
O DDG, convida-me a abrir o meu coração e a falar das três grandes mentiras que os homens dizem:
1º Eu também
2º Isto não é o que parece
3º É a primeira vez que isto me acontece
Em detalhe
I Nós só dizemos “Eu também” se a mulher nos confessa o seu amor. Dizemo-lo exclusivamente para evitar o uso directo daquele verbo da letra A cujo nome não deve ser pronunciado. Logo nós que, por definição, temos opinião formadíssima sobre tudo e mais alguma coisa, sentimos uma imensa vontade de a emitir. Se a nossa opinião opinião coincide com a de outra pessoa não não nos contentamos em dizer “Eu também”. Acrescentamos sempre alguma coisa. Se, à conversa, um homem emite uma opinião ou um sentimento. O seu interlocutor não responde “Eu também”:
- Aquela gaja é tão boa que a comia todos os dias. (o sentimento mais nobre do homem: a vontade de comer gajas boas)
A resposta a esta frase não pode ser “Eu também”. É sempre algo do tipo. “Eu comia-a todos os dias e todas as noites, e se tivesse tardes livres, também marchava.”
II Isto não é o que parece é das maiores mentiras que somos capazes de dizer. Se nos apanham todos nus enfiados na cama com companhia ilícita, dizemos “Isto não é o que parece”. É como fechar os olhos quando se espirra. Mas se não é o que parece, trata-se do quê ? De uma acção de protesto contra o uso de peles de animais na indústria da moda, e de repente apareceu ali a cama ? De um ensaio para uma audição duma novela da SIC (sempre a mesma coisa, ninguém entende os artistas)?
III Esta frase só é verdade se dita à primeira vez, mas nenhum homem o diz à primeira vez. Da primeira vez que acontece, nenhum homem sente qualquer tipo de responsabilidade, quanto mais necessidade de se justificar. A justificação está ali à nossa frente: uma gaja incompetente. A frase que sai, é do estilo compreensivo: “Sim senhora. Tu tens tanto jeito para isto como eu tenho para a renda de bilros.”

Há quem defenda a existência de outras mentiras típicas do homem, mas a pior de todas é-nos pregada pelo nosso imaginário. Trata-se desta mania de fantasiar aquela coisa das duas gajas e tal. Se com uma, já existem aqueles minutos de carência, para que raio é que o nosso subconsciente nos assalta com esta história das duas gajas? Elas é que têm aquela mariquice dos orgasmos múltiplos e consecutivos e nós é que ambicionamos o rebolanço plurimulheril.
Já li, e vejo-me obrigado a reflectir seriamente sobre o assunto, que a única vantagem da cena das duas gajas é elas poderem falar uma com a outra sobre novelas e fazerem companhia uma à outra, enquanto um gajo recupera.

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