O Gordon sempre chega ao arquipélago. Atrasado e diminuído. Ironicamente, este furacão tem nome de gin, tónica dominante do Peter’s. Não conheço o bar nem nenhuma das ilhas de qualquer grupo. Conheço-lhe o Gin Tónico. Peter’s. Mais uma vez o Trovante e o último disco ainda por digerir, as minhas próprias tempestades
“Há quem tema por nós assim
Quando os barcos partem por fim
Há quem tenha os braços fechados
Com beijo jurado
Eu voltarei pra ti”
O Gordon vai chegar discreto ao continente, quase brisa. Nunca vou entender o meu fascínio por tempestades de chuvas e ventos. Mas gosto de as ver passar. Talvez aqueles dois dias sem escola quando os ventos desalinharam a cidade, e o mar despenteou Cascais, fazendo-a perder a compostura. Uma vila costeira no atlântico não deve andar sempre de saltos altos.
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