Vamos lá a ver se nos entendemos. O futebol não se dá bem com estas coisas da transparência. Nem nunca vai dar. Isso da transparência é cena para o Badminton , o Ténis de Mesa e para aquela coisa dos OVNIS e das esfregonas em cima do soalho deslizante. O futebol tem árbitros, presidentes, ligas, federações, jogadores, transmissões televisivas, publicidade, espectadores, orçamentos e patrocínios. Uma actividade com tanto peso num prato da balança, não se consegue equilibrar com a verdade desportiva. Não há como.
Ninguém, no seu juízo perfeito, se surpreende e muito menos se indigna com as influências trazidas a lume pelo apito coisado. É inimaginável pensar que não existem cordelinhos para puxar. O futebol tem tanto cordelinho que mais parece uma renda de bilros. A única novidade está na ponta solta que passou cá para fora. Não nos iludamos, a prática é tão corrente, tão corriqueira, tão tipicamente Portuguesa, tão na onda do “faz-me lá um jeitinho“, que não passa pela cabeça de ninguém fazer rolar cabeças apenas e só pela prática do nacional porreirismo.
Sugiro que façamos tudo à luz do dia, que a renda de bilros seja montra para todos nós. Peço veementemente que se realizem, em vez de sorteios, leilões de árbitros. Cada Clube oferecia o que podia por determinado árbitro e quem oferecesse mais levava o árbitro para o seu jogo. Até se podiam abrir os leilões a particulares, garantir transmissões televisivas, votar por SMS, ter números de variedades a intercalar cada árbitro. Ainda podiam doar parte dos lucros a instituições de caridade, e que bem que ficava um gesto destes.
Pensem nesta sugestão e deixem-se dessa mariquice de se sentirem enganados quando pagam dinheiro para ver um jogo de futebol ou uma transmissão codificada.
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