È um mistério de dimensão semelhante ao criação. O que leva as mulheres a irem juntas à casa de banho? Porque o fazem, aos pares ou mesmo em trio ? O que é que haverá num WC de senhoras que as obriga a irem até lá em conjuntos de cardinalidade superior a um. Desde os tempos de escola que têm este hábito. Ao longo da vida fazem-no no liceu, na faculdade, no trabalho, em casa, em festas, em jantares, em congressos, algumas até nos aviões. Cheguei a pensar que as casas de banho delas tinham uma estrutura de sala de espera de consultório ou de cabeleireiro. Uma mesa cheias de revistas, e várias sanitas à volta, onde cada uma estava sentadinha entregue às leituras. Sempre que encontravam um artigo interessante comentavam o assunto umas com as outras e falavam sobre os seus problemas. A ideia de que as idas à casa de banho eram uma espécie de terapia de grupo, esfumou-se quando entrei numa casa de banho de senhoras e descobri que para além da ausência de urinóis e a presença de um número maior de recipientes, não havia grande diferença para as dos homens. Aliás, os wc’s femininos são muito mais orientados ao isolamento social que o dos homens, onde se chega ao cumulo do grande urinol comum sem qualquer divisória.
Quando estava na tropa, aprendi que em situação de guerra nuclear, biológica ou química, um soldado deve solicitar ajuda de outro em caso de necessidade fisiológica. Foi nesta fase da vida que desconfiei que elas precisavam de se ajudar umas às outras para não se contaminarem. Há casas de banho que fazem inveja ao mais agreste ambiente biológico e a razão devia ser essa. Mas por amor de Deus. As mulheres orgulham-se da sua emancipação, usam como arma de arremesso a sua capacidade para gerir tudo sozinhas. Como tão bem gostam de sublinhar, a carreira, a casa e os filhos, está tudo nos seus ombros e depois não eram capazes de mijar sozinhas ? Não. Esta não podia ser a razão.
... (continua porque tenho mais que fazer)
sexta-feira, setembro 30, 2005
Publicidade
Tema para um post. Qual a verdadeira razão para as mulheres irem juntas à casa de banho ?
quinta-feira, setembro 29, 2005
Abracadabra
Toda a magia tem os seus perigos. Aquela que costumas ver no canal Panda parece fácil de controlar mas não é bem assim. Existe sempre a forte possibilidade do feitiço se virar contra o feiticeiro, e nesse caso os dissabores são evidentes. É neste contexto, que sinto necessidade de te explicar meia dúzia de verdades:
- As portas mágicas, na realidade não o são. Não é por dizeres abracadabra aos berros no meio da rua que elas começam a girar. Existe uma célula que detecta a tua minúscula presença e que acciona o mecanismo que a faz girar.
- Quando se entra para dentro da porta é necessário acompanhar o movimento que ela faz. Não é suposto ficar ali parado no meio à espera de levar com um chapadão da parede de vidro que avança perigosamente na tua direcção.
- A saída da porta implica que tu te movimentes. Meia volta se quiseres entrar. Uma volta completa se quiseres voltar para a rua. Essa história de saíres no preciso momento em que a fresta para a rua tem exactamente a dimensão do teu crânio pode ser considerado suicídio.
- A senhora do Millenium BCP não gritou por ter achado fantástica a magia que fizeste com a porta. Gritou quando se apercebeu que ias ficar entalado a saíres daquela maneira.
- O gerente do banco não é nenhum mago com poderes ocultos que veio cá fora para combater a tua magia. O senhor só veio verificar que tinhas saído com vida daquela brincadeira e veio avisar-me do perigo que representa a utilização de portas rotativas por parte de crianças quando não acompanhadas por adultos.
- Qualquer que seja a entidade divina que te permitiu escapar ileso e por milímetros ao entalanço mágico tem obviamente uma vida demasiado ocupada para estar sempre a fazer marcação cerrada aos teus movimentos. Tenta dar-lhe algum descanso.
- O facto de tudo isto acontecer quando a máquina ao lado da porta estar a cuspir o dinheiro que eu tinha pedido e o António estar a tentar agarrá-lo não me retiraria muita responsabilidade, mas às vezes ainda sinto dificuldades a controlá-los aos três quando estamos sozinhos na rua.
- Se voltas a fazer uma destas, acabaram-se as idas à porta mágica, aos peixinhos do lago, ao café das sanduíches aparadas e à escola pelo caminho da floresta e das rampas. Pelo menos quando estiver sozinho com vocês todos.
quarta-feira, setembro 28, 2005
Despertar
Não fosse o sono, diria que gosto de acordar uns minutos antes da hora. Surpreender o despertador e retirar-lhe a oportunidade do dia. Gosto daqueles minutos antes de toda a casa acordar e antes das correrias. Posso visitar o dia anterior e antecipar o que está prestes a começar. Digerir com calma o noticiário das 7. Não há nada que me surpreenda. Os Americanos reconheceram a suprema qualidade de alguns vinhos Portugueses. E então? Não são os mesmos Americanos que consomem metros cúbicos de Mateus Rosé. Anda o nosso mais famoso semi círculo, a debater novamente a liberalização do aborto. Há vinte e três anos que o faz e não há forma de acertarem na legislação e no referendo. Vinte e três anos senhores!!! A TMN mudou de imagem e as bancas dos jornais estão todas em azul suave. Porque é que isto é notícia ? O Benfica não aproveitou a oportunidade. Pois parece que não.
Os leites estão prontos. Vamos lá começar o dia. O António Maria agita os braços quando me vê entrar, levanto-o e deito-o aos lado da mãe. Beijos aos dois, leite. Aí vem o Manel que acorda com os barulhos do irmão. O João só acorda depois.
É oficial. Arrancou o dia.
Os leites estão prontos. Vamos lá começar o dia. O António Maria agita os braços quando me vê entrar, levanto-o e deito-o aos lado da mãe. Beijos aos dois, leite. Aí vem o Manel que acorda com os barulhos do irmão. O João só acorda depois.
É oficial. Arrancou o dia.
terça-feira, setembro 27, 2005
Dar de Frosques
Face ao actual estado da nação, é natural que se verifique um forte aumento na procura de outros destinos a que se possa chamar de Pátria. Sempre atento a estas situações, o governo planeia a criação de mais um aeroporto para a zona da grande Lisboa. Vocacionado para as chamadas companhias de baixo custo, para facilitar o êxodo das massas, o governo decidiu que o TGV deverá ter um apeadeiro junto ao novo aeroporto.
A Caixa de Costura obteve imagens exclusivas da simulação em realidade virtual do fluxo de passageiros nesse apeadeiro. Se olharem com atenção conseguem ver que, na carruagem da frente, se encontra Fátima Felgueiras transportando um enorme saco azul.
A Caixa de Costura obteve imagens exclusivas da simulação em realidade virtual do fluxo de passageiros nesse apeadeiro. Se olharem com atenção conseguem ver que, na carruagem da frente, se encontra Fátima Felgueiras transportando um enorme saco azul.
Glad Manuel
... é o resultado obtido, sempre que se traduzem para inglês via Google, notícias sobre Manuel Alegre. Vejamos: “Glad Manuel advances in the race to the Presidency “.
Para além deste Glad(iador) Manuel, temos River como candidato à Câmara do Porto, e este título estranho “Of Hunter the Doors, until the return with Ribeiro and Castro” para a versão original “De Monteiro a Portas, até ao regresso com Ribeiro e Castro”.
Assim traduzida, a actualidade parece-me mais apelativa.
Para além deste Glad(iador) Manuel, temos River como candidato à Câmara do Porto, e este título estranho “Of Hunter the Doors, until the return with Ribeiro and Castro” para a versão original “De Monteiro a Portas, até ao regresso com Ribeiro e Castro”.
Assim traduzida, a actualidade parece-me mais apelativa.
segunda-feira, setembro 26, 2005
Hiper Domingo
O problema dos hipermercados ao Domingo é que fecham à uma da tarde. Essencialmente é isso. E estão cheios que nem um ovo o que impede a circulação nos corredores. Pronto. E não têm pessoas suficientes a atender por ser Domingo e fecharem à uma. Garante certo de três quartos de hora, entre o instante de tirar a senha do talho e ser atendido pelo único empregado destacado para o efeito. Aparte isso, tudo bem. E também não abrem as caixas necessárias. Certíssimo. E como as pessoas preferem estragar o Domingo ao Sábado, este seja transforma-se no dia de eleição para as compras do mês. Quer isto dizer, que cada pessoa na fila da caixa, tem três carros cheios de compras para despachar.
Conclusão. Domingo seria um óptimo dia para ir ao hipermercado, não fosse estes fecharem à uma, não terem pessoal suficiente a atender, nem caixas abertas em número razoável, para dar vazão às multidões que resolvem penhorar o salário do mês seguinte nas compras do mês.
Foi por isso Manel, que depois de te ter levado a fazer xixi a meio das compras e de já passar da uma da tarde, e de estarmos na fila do talho há três quartos de hora, com o carro apinhado de compras, desatei aos berros para aguentares quando disseste que tinhas que ir fazer cócó. Sobre o resto da história, não teço aqui comentários.
Só mais uma coisinha. A diarreia ao Domingo de manhã é culpa tua. Já te avisei que quando vais à natação, não podes beber toda a água da piscina, mais a mais, tratando-se da água da piscina do Sporting, que além de cloro deve estar cheia de derrotite.
sexta-feira, setembro 23, 2005
Dá-me
Um corrupio, um assombro, dá-me a volta, a roda viva, dá-me um segundo, dá-me o tempo do abraço, dá-me o braço, dá-me a mão, dá-me o instante do teu olhar, olha para isto, dá-me um visto para o teu sonho, dá-me o teu fogo, dá-me lume, dá-me o tempo de um cigarro, dá-me só mais um segundo. Dá-se o corpo ao manifesto, dá-se trinta por uma linha, dá-se o dito por não dito, dá-se um grito. Dá-me um grito, diz-me um segredo, um murmúrio, dá-me a mão, afasta o medo, dá-me um beijo de fugida, dás-me a vida, dá-me tudo, dá-me só o último segundo.
quinta-feira, setembro 22, 2005
País do Carnaval
Fátima Felgueiras foge à justiça durante dois anos, regressa, é detida no aeroporto, ouvida em tribunal, fica em liberdade, anuncia a candidatura à presidência da câmara como se fosse uma prova de gratidão ao povo, participa em debates televisivos e tem direito a horas de tempo de antena gratuito.
Fátima Felgueiras faz tudo isto pela mesmíssima razão que os cães lambem os testículos. Porque consegue.
Num país em que não se consegue baixar o défice, o desemprego ou a miséria, conseguem-se coisas aparentemente impossíveis. Este é o outro tipo de miséria em que o nosso país está mergulhado. A miséria da esperteza saloia, da Justiça constantemente capturada nas suas próprias armadilhas, refém dos seus próprios buracos, obrigada a abandonar a cegueira e o equilíbrio. Este é o nosso país. O País do Carnaval.
Fátima Felgueiras faz tudo isto pela mesmíssima razão que os cães lambem os testículos. Porque consegue.
Num país em que não se consegue baixar o défice, o desemprego ou a miséria, conseguem-se coisas aparentemente impossíveis. Este é o outro tipo de miséria em que o nosso país está mergulhado. A miséria da esperteza saloia, da Justiça constantemente capturada nas suas próprias armadilhas, refém dos seus próprios buracos, obrigada a abandonar a cegueira e o equilíbrio. Este é o nosso país. O País do Carnaval.
quarta-feira, setembro 21, 2005
Palavras para quê ?
O País dos Retornados
Depois do regresso de Soares à Política, da Valentina Torres à televisão e do Benfica às vitórias, eis que Portugal se vê a braços com mais um estranho retorno. O de Fátima Felgueiras.
Depois da madrugada de hoje, em que nem sequer havia nevoeiro, acredito em tudo. No regresso do Cavaco, do Mourinho, do Padre Frederico, do Jorge Gonçalves, do Vale e Azevedo, do Carlos Cruz, do Rui Costa, do D. Sebastião, do Santana Lopes e do Paulo Portas. Seja o diabo cego, surdo, mudo e paralítico.
Depois da madrugada de hoje, em que nem sequer havia nevoeiro, acredito em tudo. No regresso do Cavaco, do Mourinho, do Padre Frederico, do Jorge Gonçalves, do Vale e Azevedo, do Carlos Cruz, do Rui Costa, do D. Sebastião, do Santana Lopes e do Paulo Portas. Seja o diabo cego, surdo, mudo e paralítico.
terça-feira, setembro 20, 2005
ABS
Ontem a TVI, transmitiu a horas menos próprias, o seu novo programa sobre sexualidade. É difícil encontrar um formato eficaz para este tema. Algures entre o Júlio Machado Vaz enterrado no sofá a analisar palavra por palavra os mails que relatam e questionam a sexualidade, e a Elsa Raposo vestida por Fátima Lopes a apresentar contos eróticos, viagens de carro e entrevistas de rua, deve existir um formato capaz de resultar. O AB Sexo é mais uma tentativa. Programa em directo, com uma apresentadora, que de vez em quando assume a postura de professora, outras vezes de conselheira. Anda à caça da naturalidade num ambiente que parece de laboratório, com um público que dá risadinhas nervosas cada vez que se fala em clitóris, sexo oral ou que se exibe um pirilau mágico – vulgo massajador facial. Colocadas pela assistência em estúdio, por telefone ou por mail, as questões por vezes parecem tiradas das páginas da Maria, mas Sr.ª professora lá se vai safando e, mais emissão menos emissão, é bem capaz de atingir a naturalidade. Com um bocadinho de arte, engenho e muita descontracção obviamente.
segunda-feira, setembro 19, 2005
Análises
Seguindo as indicações do pediatra, o Sr Incrível e o Flecha foram fazer análises. É preciso saber a que é que os super-heróis são alérgicos. Finalmente vamos saber se têm alergia a periquitos, o que é muito útil uma vez que, se a memória não me falha, eles nunca tiveram contacto próximo com nenhum.
Colheita da primeira urina. Alguém sabe se há frascos de colheita cá em casa. Pois. Parece não haver. Não faz mal. Usam-se os tupperwares da sopa do Zézé. Resultado: duas baixas no stock de caixas de plástico.
O Sr incrível já tinha feito análises e dele não se esperava outra coisa que não uma valentia exemplar. Já o Flecha... Pois é. Nada de fitas, nem uminha. O pequeno herói só gemeu, enquanto lhe tiravam uma enorme seringa de sangue. Outro valente lá em casa. No fim das análises, fomos todos tomar um grande pequeno almoço para quebrar o jejum e experimentar as seringas novas que receberam com prémio da valentia. Hoje, no banho, vai haver guerra de esguichos e depois vamos montar um laboratório para recolha de sangue. A baby sitter, o António, a mãe e o pai têm análises marcadas lá para as 8 da noite.
Colheita da primeira urina. Alguém sabe se há frascos de colheita cá em casa. Pois. Parece não haver. Não faz mal. Usam-se os tupperwares da sopa do Zézé. Resultado: duas baixas no stock de caixas de plástico.
O Sr incrível já tinha feito análises e dele não se esperava outra coisa que não uma valentia exemplar. Já o Flecha... Pois é. Nada de fitas, nem uminha. O pequeno herói só gemeu, enquanto lhe tiravam uma enorme seringa de sangue. Outro valente lá em casa. No fim das análises, fomos todos tomar um grande pequeno almoço para quebrar o jejum e experimentar as seringas novas que receberam com prémio da valentia. Hoje, no banho, vai haver guerra de esguichos e depois vamos montar um laboratório para recolha de sangue. A baby sitter, o António, a mãe e o pai têm análises marcadas lá para as 8 da noite.
sábado, setembro 17, 2005
Teste
Este post provavelmente não serve para nada (não que os restantes sirvam para algo), a não ser para testar se a relação entre o Word e o Blogger tem alguma consistência.
sexta-feira, setembro 16, 2005
Lisboa
Cada passeio é uma peça de arte, obra de calceteiros. Na minha cidade há recantos de fontes e chafarizes, há escadas e corrimões, há eléctricos e elevadores. Quem nela vive ainda encontra quem distribua leite, quem vende língua da sogra em semáforos, quem venda castanhas e gelados, quem mande na chuva e se faça anunciar em melodias num instrumento de sopro. A minha cidade tem jazz, tem fado, tem rock e tem pop. Tem acordeões e violinos. Quem nela vive sabe onde a cidade entrega ao rio, sabe onde se namora e onde se vêm as vizinhas na cusquice. Sabe como é que se apanha e se salta de um eléctrico em andamento. Consigo mostrá-la por inteiro dos locais que me ensinaram. A minha cidade são todas as aldeias juntas, sei de portas e janelas abertas para a rua, sei o nome das pessoas, sei onde moram os artistas, onde se pede esmola, onde se acena a quem passa e onde se encontram os velhos amigos. A minha cidade é a cidade da Maluda, do Carlos, do Vasco e da Beatriz, do Eugénio, do Cassiano, do Sérgio, do Fernando, da Teresa e de muitos outros. E de todos nós. A minha cidade é cheia de luz e sombras e cheira bem.
Os senhores que ontem à noite deram, na televisão, aquele triste espectáculo não são Lisboa. São parvos.
quinta-feira, setembro 15, 2005
Parabéns
Para a Mãe, a prenda de aniversário prometida, e já bastante atrasada.
Um blog a manter com todo o carinho.
Aqui está ele.
A minha avó chama-se Alice e era dona de uma leitaria em Campo de Ourique com o nome dela escrito às avessas. A infância da minha mãe passa por lá e as pequenas histórias foram-me contadas vezes sem conta. Foi destas memórias que criei o nome do blog oferecido A leitaria Ecila.
Depois melhoramos o sistema de comentários e damos uns toques no template e acrescentamos milhares de ligações aqui à Caixa de Costura.
Alvorada
Pareceu-me ouvir o mais novo a refilar, na cama de grades mesmo ali ao lado. Levantei, a custo, uma das pálpebras e tentei focar o despertador. Vi um 6 e nem olhei para os outros dois algarismos.
“Cala-te António. Ainda é cedo” Com 9 meses ainda tem graves lacunas na comunicação oral. Talvez tenha sido por isso que não me obedeceu. Continuou a fazer barulhos e a palrar. Se ele vê alguém a debruçar-se sobre a cama dele, tem um ataque de alegria, e como os cães que dão ao rabo, o António dá aos braços e às pernas, sem ter conta a madrugada. O melhor era tentar a segunda estratégia. Cotovelada na Ana e anunciar-lhe a necessidade de preparar o biberão. “Acorda Ana. O teu filho não se cala parece que quer leite.” Cotovelada. “Ai pai. Tenho frio. Também quero leite”. Afinal não é a Ana que ali está, é o do meio. Puxo os lençóis para cima. O Manel está com frio e não o quero a choramingar àquela hora. Os lençóis vêm para cima a custo. Está alguém aos pés da cama. È a Ana, a minha salvadora que vai tratar dos leites. Não. É o João. Mas afinal ... Cobarde deixou-me ali ao abandono rodeado de selvagens esfomeados. Está a dormir sozinha na cama do João. Abandonou os filhos na calada da noite. Que golpe baixo. Hoje à noite vão todos tomar leitinho para não terem fome de madrugada. E dentro de cada leitinho .... TRÊS COLHERES BEM CHEIAS DE ATARAX.
“Cala-te António. Ainda é cedo” Com 9 meses ainda tem graves lacunas na comunicação oral. Talvez tenha sido por isso que não me obedeceu. Continuou a fazer barulhos e a palrar. Se ele vê alguém a debruçar-se sobre a cama dele, tem um ataque de alegria, e como os cães que dão ao rabo, o António dá aos braços e às pernas, sem ter conta a madrugada. O melhor era tentar a segunda estratégia. Cotovelada na Ana e anunciar-lhe a necessidade de preparar o biberão. “Acorda Ana. O teu filho não se cala parece que quer leite.” Cotovelada. “Ai pai. Tenho frio. Também quero leite”. Afinal não é a Ana que ali está, é o do meio. Puxo os lençóis para cima. O Manel está com frio e não o quero a choramingar àquela hora. Os lençóis vêm para cima a custo. Está alguém aos pés da cama. È a Ana, a minha salvadora que vai tratar dos leites. Não. É o João. Mas afinal ... Cobarde deixou-me ali ao abandono rodeado de selvagens esfomeados. Está a dormir sozinha na cama do João. Abandonou os filhos na calada da noite. Que golpe baixo. Hoje à noite vão todos tomar leitinho para não terem fome de madrugada. E dentro de cada leitinho .... TRÊS COLHERES BEM CHEIAS DE ATARAX.
quarta-feira, setembro 14, 2005
Benfica
No início do terceiro ano de Caixa de Costura, e porque hoje o Benfica joga na liga dos Campeões, e ainda por cima porque o Benfica se encontra num dos últimos lugares do Campeonato, publico um texto do Miguel Esteves Cardoso que me parece muito a propósito. Há quem ande a anunciar que o Benfica corre o risco de descer de divisão. Se calhar até corre, mas se isso acontecesse, os Benfiquistas iam ficar chateados, mas os adeptos dos outros iam morrer de depressão.
Miguel Esteves Cardoso
É por não gostar de futebol que sou do Benfica. Tal como compreendo como é que há portugueses que conseguem ser de outros clubes.
O Sporting, o Porto podem jogar bem e o Belenenses e a Académica podem calhar bem em sociedade, mas só o Benfica, como o próprio nome indica, é o próprio Bem. Que fica.
Só o Benfica pode jogar mal sem que daí lhe advenha algum mal. Basta olhar para os jogadores para ver que sabem que são os maiores, que não precisam de esforçar-se muito, porque são intrínseca e moralmente a maior equipa do mundo inteiro. Porquê? Ninguém sabe. Mas sente-se. Quando perdem, não se indignam, não desesperam.
Eusébio só chorou quando jogou por Portugal.
Quem joga no Benfica tem o privilégio e o condão de estar sempre a sorrir.
Não conseguem resistir.
O Benfica, a bom ver, nem sequer é uma equipa de futebol. É um nome.
É como dizem os brasileiros, uma "griffe". Têm uma cor. Antes de entrar em campo, já têm um mito em jogo, já estão a ganhar por 3-0, graças só à reputação. Quando o Benfica perde, parece sempre que quis perder.
Essa é a força inigualável do Sport Lisboa e Benfica - faz sempre o que lhe apetece. O problema é que lhe apetece frequentemente, perder.
Qual é o segredo do Benfica? São os benfiquistas. São do Benfica como são filhos de quem são.
Ninguém "escolhe" o Benfica, como ninguém escolhe a Mãe ou o Pai.
Em geral, aliás, os benfiquistas odeiam o Benfica e lamentam-no no estádio e em casa, mas pertencem-lhe. Quanto mais pertencemos a uma entidade superior, seja a Família, a Pátria, Deus - ou o Benfica, mais direito, temos de criticá-la e blasfesmá-la. Não há alternativa.
Em contrapartida, os sportinguistas e portistas parecem genuinamente convencidos que apoiam as equipas deles porque são as mais dignas ou as melhores. Desgraçados! Se fossem coerentes, seriam todos adeptos do REAL MADRID, AC MILAN, etc, etc.
No Benfica, não se exige qualquer lealdade. Só se pede, em relação aos adeptos de outros clubes, caridade e comiseração.
O Sporting, por exemplo, tem a mania e a pretensão de ser "rival" do Benfica, um pouco como o PSN se julga crítico parlamentar do PSD.
Mas, se se tirasse o Benfica ao Sporting, o Sporting deixaria de existir.
O Benfica é um grande clube porque tem história e talento suficientes para não dar importância aos resultados. Tem uma tradição de "nonchalance" e de pura indiferença que não tem igual nos grandes clubes europeus.
O Benfica não joga - digna-se jogar.
Não joga para vencer - vence por jogar.
Odeio futebol.
Mas amo o Benfica.
As opiniões de quem gosta de futebol são suspeitas.
Claro que os sábios são do Benfica. Mas a força deste grande clube está nos milhões que são benfiquistas apesar do Benfica, apesar do futebol, e apesar deles próprios. Em contrapartida, aposto que a totalidade de pessoas que são do Sporting ou do Porto, por infortúnio pessoal ou deficiência psicológica, são sócios. A força do Benfica, meus amigos, está em quem não paga as quotas, que não vai a jogos, quem não sabe o nome dos avançados - isto é, no resto do mundo.
O Benfica, é o Benfica.
E o que tem de ser - e é - tem muita força.
Miguel Esteves Cardoso
terça-feira, setembro 13, 2005
Aniversário
A Caixa de Costura faz hoje dois anos. A maior parte das vezes, deixar aqui algumas letras, continua a dar-me muito gozo. Os comentários, os leitores, as referências, as vizinhanças e os laços que nasceram nestes dois anos, também me deixam com o ego sobredimensionado. Usando a formula gasta dos melhores momentos volto a publicar um dos primeiros posts. Um daqueles que mais gostei de escrever.
"Os príncipes retomaram a natação após os meses de verão. Quase que me esquecia da animação que é uma ida à natação com a criançada. Tudo começa sexta à noite com a promessa de que só se vai à natação se eles acordarem suficientemente cedo. Que todos tivemos uma semana complicada e que não vale a pena forçarmos a madrugada se o instinto nos manda dormir mais umas horas no Sábado. Pura demagogia, o instinto manda-nos dormir e a choradeira manda-nos acordar. Acordam mesmo naquela hora em que não é suficientemente tarde para nos baldarmos à piscina, nem suficientemente cedo para nos arranjarmos sem pressas, correrias e tropeções.
Os três quartos de hora que se seguem são indiscritíveis. Fraldas, toucas, fatos de banho, chinelos, cartões de acesso. Encontrar cada um destes items envolve sempre uma expedição organizada, e um relatório de averiguação sobre as causas do desaparecimento. Encontram-se os culpados que, à semelhança da realidade nacional, escapam sempre impunes. Dez minutos antes do início da aula, saímos de casa e entramos no elevador. O mais novo começa a fazer uma cara muito esforçada, ganha cores vermelhas e agarra-se aos joelhos. Um cheiro nauseabundo invade os dois metros cúbicos do elevador. Tudo para cima outra vez. Troca de fralda e de roupa, que a matéria ultrapassou os limites impostos por uma fralda mal colocada. Inquérito para apurar o responsável pela má colocação. Culpado encontrado. Culpa que morre solteira. Paz à sua alma.
O carro pega à primeira e lá vamos todos até à piscina. Um vai com o mais novo para dentro de água, o mais velho já vai sozinho. Eu tenho a depilação sempre feita, nunca estou menstruado pelo que faz todo o sentido que seja eu a ir para a água. As aulas são seguidas para não criar demasiadas facilidades e o mais velho é o último a entrar em cena. Lá me preparo. Fato de banho, touca ridícula e chinelos. Recebo o mais novo embrulhado num robe e ostentando uma touca que tem o dobro do tamanho da cabeça. No caminho entre o balneário e a piscina descubro que me esqueci de cortar as unhas dos pés e começo a achar que todos estão a reparar nisso. Para dentro de água finalmente. A água faz o efeito de lupa e as unhas dos pés parecem rebarbadoras de relva. Ai meu Deus que vergonha. Meia hora com um selvagem ao colo que está convencido que as braçadeiras que usou no verão ainda estão nos braços. Deixo-o cair para lhe fazer ver que não há razão para se libertar dos meus braços. Lá regressa à superfície de olhos esbugalhados. De vez em quando o que ele faz coincide com o que professora manda fazer. Ela tenta exemplificar um exercício e tira-mo do colo. Ele tenta espancá-la e ela devolve-o com um sorriso amarelo e a dizer “Não está muito bem disposto o nosso Manuel”. Para já não é nosso e depois chama-o sempre de Manuel em vez de Manel. Não vou perder tempo a dizer-lhe que prefiro a versão mais curta do nome. Assim como assim, é só meia hora por semana. Para embirrar o corrector ortográfico sublinha a vermelho o Manel e deixa passar o Manuel. Aposto que a professora de natação está por trás disto.
Final da aula do Manel. Regresso ao balneário e troca de criançada. Levo o mais velho para a piscina enquanto a mãe tenta dar duche ao Manel. O raio do miúdo escorrega horrores quando se passa gel pelo o corpo. Estar vestido a dar duche a um bébé escorregadio é uma aventura. Sempre se pode poisá-lo mas ele costuma fugir.
O mais velho fica sozinho na aula e regresso calmamente para o balneário. Estou sozinho e com algum tempo para tomar um duche há muito esperado. A meio do meu duche chegam uns pais agitadíssimos com algo que só me apercebo depois. Um miúdo qualquer resolveu vomitar ou fazer cocó na piscina. Raios, logo no meio do duche. Tenho que ir a correr buscar o maior. Faço figas para que a culpa da azáfama não seja dele. Com a pressa nem reparo que além das unhas compridas, tenho o cabelo cheio de shampô. Paciência. O que interessa é que não foi o João Maria. Regresso aos balneários e começam as perguntas recursivas. Porque é que a aula acabou? E porque é que o menino fez cocó na piscina? E porque é que o pai tem a pilinha à mostra? Merda. Além das unhas e do shampô esqueci-me vestir os calções para o ir buscar. O melhor é anular a matrícula deles porque nesta piscina não volto a pôr os pés. Parece haver um segurança que quer falar comigo sobre o tema “Desrespeito à moral”. Explico o sucedido o melhor que posso. Finalmente lá consigo sair das instalações. Tomar o pequeno almoço no bar da piscina está completamente fora de questão.
Os príncipes não dão qualquer sinal de cansaço e parecem dispostos a actividade intensa durante longas horas. Eu quero chorar e desaparecer durante longos anos. A minha mulher propõe-se a gastar o saldo do telemóvel contando o sucedido a toda a gente."
"Os príncipes retomaram a natação após os meses de verão. Quase que me esquecia da animação que é uma ida à natação com a criançada. Tudo começa sexta à noite com a promessa de que só se vai à natação se eles acordarem suficientemente cedo. Que todos tivemos uma semana complicada e que não vale a pena forçarmos a madrugada se o instinto nos manda dormir mais umas horas no Sábado. Pura demagogia, o instinto manda-nos dormir e a choradeira manda-nos acordar. Acordam mesmo naquela hora em que não é suficientemente tarde para nos baldarmos à piscina, nem suficientemente cedo para nos arranjarmos sem pressas, correrias e tropeções.
Os três quartos de hora que se seguem são indiscritíveis. Fraldas, toucas, fatos de banho, chinelos, cartões de acesso. Encontrar cada um destes items envolve sempre uma expedição organizada, e um relatório de averiguação sobre as causas do desaparecimento. Encontram-se os culpados que, à semelhança da realidade nacional, escapam sempre impunes. Dez minutos antes do início da aula, saímos de casa e entramos no elevador. O mais novo começa a fazer uma cara muito esforçada, ganha cores vermelhas e agarra-se aos joelhos. Um cheiro nauseabundo invade os dois metros cúbicos do elevador. Tudo para cima outra vez. Troca de fralda e de roupa, que a matéria ultrapassou os limites impostos por uma fralda mal colocada. Inquérito para apurar o responsável pela má colocação. Culpado encontrado. Culpa que morre solteira. Paz à sua alma.
O carro pega à primeira e lá vamos todos até à piscina. Um vai com o mais novo para dentro de água, o mais velho já vai sozinho. Eu tenho a depilação sempre feita, nunca estou menstruado pelo que faz todo o sentido que seja eu a ir para a água. As aulas são seguidas para não criar demasiadas facilidades e o mais velho é o último a entrar em cena. Lá me preparo. Fato de banho, touca ridícula e chinelos. Recebo o mais novo embrulhado num robe e ostentando uma touca que tem o dobro do tamanho da cabeça. No caminho entre o balneário e a piscina descubro que me esqueci de cortar as unhas dos pés e começo a achar que todos estão a reparar nisso. Para dentro de água finalmente. A água faz o efeito de lupa e as unhas dos pés parecem rebarbadoras de relva. Ai meu Deus que vergonha. Meia hora com um selvagem ao colo que está convencido que as braçadeiras que usou no verão ainda estão nos braços. Deixo-o cair para lhe fazer ver que não há razão para se libertar dos meus braços. Lá regressa à superfície de olhos esbugalhados. De vez em quando o que ele faz coincide com o que professora manda fazer. Ela tenta exemplificar um exercício e tira-mo do colo. Ele tenta espancá-la e ela devolve-o com um sorriso amarelo e a dizer “Não está muito bem disposto o nosso Manuel”. Para já não é nosso e depois chama-o sempre de Manuel em vez de Manel. Não vou perder tempo a dizer-lhe que prefiro a versão mais curta do nome. Assim como assim, é só meia hora por semana. Para embirrar o corrector ortográfico sublinha a vermelho o Manel e deixa passar o Manuel. Aposto que a professora de natação está por trás disto.
Final da aula do Manel. Regresso ao balneário e troca de criançada. Levo o mais velho para a piscina enquanto a mãe tenta dar duche ao Manel. O raio do miúdo escorrega horrores quando se passa gel pelo o corpo. Estar vestido a dar duche a um bébé escorregadio é uma aventura. Sempre se pode poisá-lo mas ele costuma fugir.
O mais velho fica sozinho na aula e regresso calmamente para o balneário. Estou sozinho e com algum tempo para tomar um duche há muito esperado. A meio do meu duche chegam uns pais agitadíssimos com algo que só me apercebo depois. Um miúdo qualquer resolveu vomitar ou fazer cocó na piscina. Raios, logo no meio do duche. Tenho que ir a correr buscar o maior. Faço figas para que a culpa da azáfama não seja dele. Com a pressa nem reparo que além das unhas compridas, tenho o cabelo cheio de shampô. Paciência. O que interessa é que não foi o João Maria. Regresso aos balneários e começam as perguntas recursivas. Porque é que a aula acabou? E porque é que o menino fez cocó na piscina? E porque é que o pai tem a pilinha à mostra? Merda. Além das unhas e do shampô esqueci-me vestir os calções para o ir buscar. O melhor é anular a matrícula deles porque nesta piscina não volto a pôr os pés. Parece haver um segurança que quer falar comigo sobre o tema “Desrespeito à moral”. Explico o sucedido o melhor que posso. Finalmente lá consigo sair das instalações. Tomar o pequeno almoço no bar da piscina está completamente fora de questão.
Os príncipes não dão qualquer sinal de cansaço e parecem dispostos a actividade intensa durante longas horas. Eu quero chorar e desaparecer durante longos anos. A minha mulher propõe-se a gastar o saldo do telemóvel contando o sucedido a toda a gente."
Recado
"Ola menina deichei aqui esta pessa que eu axo que e do aspirador mas nao fasso ideia de aonde se podesse ver se era"
Resposta
"Bom dia D Felissiana
Fico felis com a sua perespicassia. De fato apezar de ser da mesma cor que o aspirador e de encaixar com perfeissao naquele bucado que aparesseu partido, essa pessa pertensse a uma unidade antiaeria. Como çabe o urço Pooh do menino joão enlouquesseu e tomou de assalto o cuarto dos brinquedos juntamente com o doende verde e com o rafael (uma das tartarugas ninjas). Os outros brinquedos organizaramsse em grupos de reisitencia para tentar repore ordem. Este fim de cemana travouce uma terrivel batalha porque o doende verde e o urço pooh transformaram a bimby e a turradeira em naves espassiales e atacaram os quarteises da resistenssia. Cem escapatoria pocivel, o homem aranha, o buzz laitiere e o sr incrivel tiveram que usar o aspirador como arma de defeza anti aeria e repodiarão o ataque inimigo, não evintando poreim que o seu posto foçe atingido. Foi desta terrivel batalha que saiu eça pessa e a d felissiana nada tem com que se preocupare a nao sere com os planos malevolosos dus urço, do doende e do rafael que pretendem transformare o microndas numa devoradora de mulheres a dias. Vamus tere muito cuidado e cuntinuare a cumunicare em codigu para as nossas mençagens não çerem intersseptadas pelo inimigo.A senhora nao tem a culpa mas estou a pençar descontar o valor de uma antiaeria nova na sua retribuissao mensale para que a felissiana possa contribuir com alegriapara a causa. Que a forssa esteja sempre consigo e que u amor de Jedi nos una muito dona felissiana. "
Resposta
"Bom dia D Felissiana
Fico felis com a sua perespicassia. De fato apezar de ser da mesma cor que o aspirador e de encaixar com perfeissao naquele bucado que aparesseu partido, essa pessa pertensse a uma unidade antiaeria. Como çabe o urço Pooh do menino joão enlouquesseu e tomou de assalto o cuarto dos brinquedos juntamente com o doende verde e com o rafael (uma das tartarugas ninjas). Os outros brinquedos organizaramsse em grupos de reisitencia para tentar repore ordem. Este fim de cemana travouce uma terrivel batalha porque o doende verde e o urço pooh transformaram a bimby e a turradeira em naves espassiales e atacaram os quarteises da resistenssia. Cem escapatoria pocivel, o homem aranha, o buzz laitiere e o sr incrivel tiveram que usar o aspirador como arma de defeza anti aeria e repodiarão o ataque inimigo, não evintando poreim que o seu posto foçe atingido. Foi desta terrivel batalha que saiu eça pessa e a d felissiana nada tem com que se preocupare a nao sere com os planos malevolosos dus urço, do doende e do rafael que pretendem transformare o microndas numa devoradora de mulheres a dias. Vamus tere muito cuidado e cuntinuare a cumunicare em codigu para as nossas mençagens não çerem intersseptadas pelo inimigo.A senhora nao tem a culpa mas estou a pençar descontar o valor de uma antiaeria nova na sua retribuissao mensale para que a felissiana possa contribuir com alegriapara a causa. Que a forssa esteja sempre consigo e que u amor de Jedi nos una muito dona felissiana. "
segunda-feira, setembro 12, 2005
Um ponto
Parabéns para o Tiago Monteiro que coloriu os resultados desportivos deste fim de semana. É engraçado. O rapaz numa tarde, fez tantos pontos quantos aquela equipa da águia em três jornadas.
sexta-feira, setembro 09, 2005
Deixa-te estar mais um bocadinho
Sentou-se. Ficou de olhos presos a um qualquer objecto fora de foco. Entregou-se à raiva contida de tamanha dor. A garganta seca carregada de nós não lhe permite o grito. Geme de dor e de impotência. Foi em vão todo aquele esforço? Oxalá não o tivesse sabido assim. As más notícias deviam ser dadas por anjos, nunca daquela maneira. E agora, o que vai fazer a tantas encruzilhadas ? Em qual dos caminhos se faz inversão à vida ? E se adormecesse até que tudo passasse? Não passa e destes pesadelos não se acorda aliviado. Deixou-se ficar ali. Olhos e alma seca, à espera que o próximo sobresalto a atirasse para a vida.
Movimentações
à direita.
O Sopro e o Canto sobem para o alinhavado. Estes dois blogs andam na vizinhança quase desde o início da caixa e encantam e agitam desde então. O canto tem um candeeiro por cima da cama que me deixa roidinho - parece capaz de iluminar almas, o sopro perdeu o cravo na mão do Zeca mas anda um sonho.
O Sopro e o Canto sobem para o alinhavado. Estes dois blogs andam na vizinhança quase desde o início da caixa e encantam e agitam desde então. O canto tem um candeeiro por cima da cama que me deixa roidinho - parece capaz de iluminar almas, o sopro perdeu o cravo na mão do Zeca mas anda um sonho.
quinta-feira, setembro 08, 2005
A postpósito
... uma pequena piada em estrangeiro, para internacionalizar a Caixa de Costura
The little girl:
"Excuse me. Does Barbie come with Ken?"
"No. She fucks Ken, but only comes with Superman"
The little girl:
"Excuse me. Does Barbie come with Ken?"
"No. She fucks Ken, but only comes with Superman"
Barbietização
Todos os dias sou assaltado pelo rosa shocking dos novos cartazes da campanha de Manuel Maria Carrilho. Aquilo não é côr para se colocar na via pública. É uma agressão violenta e um perigo para a condução de qualquer um.
A campanha do Carilho é foleira como o carraças.
Parece coisa de Barbie (atenção que eu disse Barbie). Aqueles cartazes parecem o corredor da Barbie do Continente da Amadora. Aliá, se a Matel estiver atenta, deveria lançar um pack "Barbie e Ken candidato a Presidente de Câmara - inclui uma Barbie, um Ken, um bébé, umas faixas pretas para os isolar dos media, um paparazzi conveniente, um paparazzi indesejado para agredir, um adversário que estranhamente gosta da cidade, um bairro degradado, um mercado, vários cartazes rosa shocking onde podes escrever as promessas do candidato Ken e muitos livros para o casal se divertir."
A campanha do Carilho é foleira como o carraças.
Parece coisa de Barbie (atenção que eu disse Barbie). Aqueles cartazes parecem o corredor da Barbie do Continente da Amadora. Aliá, se a Matel estiver atenta, deveria lançar um pack "Barbie e Ken candidato a Presidente de Câmara - inclui uma Barbie, um Ken, um bébé, umas faixas pretas para os isolar dos media, um paparazzi conveniente, um paparazzi indesejado para agredir, um adversário que estranhamente gosta da cidade, um bairro degradado, um mercado, vários cartazes rosa shocking onde podes escrever as promessas do candidato Ken e muitos livros para o casal se divertir."
quarta-feira, setembro 07, 2005
Como é possível
... ainda cometer erros destes.
Nunca se vê se um bébé tem a fralda limpa enfiando um dedo dentro da fralda. Eu estava tão seguro que aquele cheiro não era dele.
Nunca se vê se um bébé tem a fralda limpa enfiando um dedo dentro da fralda. Eu estava tão seguro que aquele cheiro não era dele.
terça-feira, setembro 06, 2005
O Governo
"... vai alargar a época de incêndios a todo o ano".
Vai ??? A sério ???
Isto está bonito !!!
Se agora com três meses de época já é a desgraça que é, imagino o que será com um ano inteiro.
Isto cheira-me a pressões do Bloco de Esquerda: liberalização dos incêndios 12 meses por ano.
Vai ??? A sério ???
Isto está bonito !!!
Se agora com três meses de época já é a desgraça que é, imagino o que será com um ano inteiro.
Isto cheira-me a pressões do Bloco de Esquerda: liberalização dos incêndios 12 meses por ano.
segunda-feira, setembro 05, 2005
Falta de Tempo
Pois ... peço imensa desculpa, mas prevejo que este blog desça na lista de actividades mais ou menos regulares.
Efeito colateral da 38ª edição do meu aniversário, recebi uma prenda consistente com a minha madura idade, e mais o trabalho, e mais os Marias e vai daí ... agora não posso
Efeito colateral da 38ª edição do meu aniversário, recebi uma prenda consistente com a minha madura idade, e mais o trabalho, e mais os Marias e vai daí ... agora não posso
sexta-feira, setembro 02, 2005
Última Hora
E pelo BE, Louçã.
"O líder do bloco de Esquerda é o terceiro nome a concorrer oficialmente a Belém, depois do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa se ter apresentado, e de Mário Soares ter formalizado a sua candidatura na quarta-feira."
Isto baixa consideravelmente a média de idades dos candidatos. Por outro lado aumenta as diopetrias.
"O líder do bloco de Esquerda é o terceiro nome a concorrer oficialmente a Belém, depois do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa se ter apresentado, e de Mário Soares ter formalizado a sua candidatura na quarta-feira."
Isto baixa consideravelmente a média de idades dos candidatos. Por outro lado aumenta as diopetrias.
Reentré
Lá foram os Marias para o seu primeiro dia de aulas deste ano.
O Manel e o João felizes com as promoções. Bibe encarnado para o Manel e bibe verde para o João. Desta vez é que estão mesmo crescidos.
O outro desgraçado nem se apercebeu bem do que lhe aconteceu. "Sentaram-me num castelo com bolas e blocos de construção e desapareceram da minha vista. Socorrroooooooo."
Cara alegre, que os teus irmãos aos quatro meses já andavam nestas andanças e tu só aos nove é que te estreias. Por isso carinha alegre.
Ao que parece os José e o Jerónimo também voltam este fim de semana a estar junto dos colegas. O José vai aparecer já hoje nas televisões, e o Jerónimo tem uma quinta lá para a atalaia onde, todos os anos, por esta altura, organiza uma festa para os amigos. O defeso na política também devia ser rico em transferências como o futebol. Os políticos mais influentes eram adquiridos por clubes estrangeiros europeus, os mais fracos eram emprestados e dispensados para cenários políticos menos competitivos e depois vinham imensos brasileiros para os partidos portugueses. Pensando melhor ...
A propósito desta analogia política e desporto, e do anúncio da candidatura do Mário, anda por aí circular um mail que garante que Eusébio vai voltar à equipa sénior do Benfica (e que jeito isso dava) e que a Rosa Mota se prepara para a Maratona dos Jogos Olímpicos de Londres ou dos seguintes.
O Manel e o João felizes com as promoções. Bibe encarnado para o Manel e bibe verde para o João. Desta vez é que estão mesmo crescidos.
O outro desgraçado nem se apercebeu bem do que lhe aconteceu. "Sentaram-me num castelo com bolas e blocos de construção e desapareceram da minha vista. Socorrroooooooo."
Cara alegre, que os teus irmãos aos quatro meses já andavam nestas andanças e tu só aos nove é que te estreias. Por isso carinha alegre.
Ao que parece os José e o Jerónimo também voltam este fim de semana a estar junto dos colegas. O José vai aparecer já hoje nas televisões, e o Jerónimo tem uma quinta lá para a atalaia onde, todos os anos, por esta altura, organiza uma festa para os amigos. O defeso na política também devia ser rico em transferências como o futebol. Os políticos mais influentes eram adquiridos por clubes estrangeiros europeus, os mais fracos eram emprestados e dispensados para cenários políticos menos competitivos e depois vinham imensos brasileiros para os partidos portugueses. Pensando melhor ...
A propósito desta analogia política e desporto, e do anúncio da candidatura do Mário, anda por aí circular um mail que garante que Eusébio vai voltar à equipa sénior do Benfica (e que jeito isso dava) e que a Rosa Mota se prepara para a Maratona dos Jogos Olímpicos de Londres ou dos seguintes.
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