quarta-feira, julho 13, 2005

Vergas

Era assim que chamávamos ao salão de jogos Monumental, no mesmo edifício do Jardim Cinema. Escape obrigatório para os furos no Pedro Nunes. O segundo toque sem que o professor aparecesse era o convite a mais uma ida à sala de jogos. Matraquilhos, ping pong, space invaders, ou simplesmente observar os outros a jogar. Gostava de o fazer, e gostava daquela atmosfera. A arquitectura da sala encantava-me. Ainda hoje me encanta, e quando por lá passo, tento-me a olhá-la para a revisitar. Se fosse cineasta rodava lá algumas cenas. Tem sonho aquele lugar.
Tem três pisos. O mais elevado é uma varanda central que percorre todo o comprimentp da sala. Desta varanda saiem de vez em quando lances de escadas simétricos para o piso do meio que ocupa as faixas laterais, cá em baixo um enorme salão. Acho que o piso central tinha umas gaiolas, para se poder jogar ping pong sem que as bolas saíssem do seu espaço. Não consigo explicar melhor. Só consigo dizer que a sala encanta. Quem puder que passe por lá.
Agora, de vez em quando, surge num anúncio publicitário, percebe-se que é o Vergas mas não se consegue perceber toda a beleza. Desfocada.

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