quinta-feira, julho 28, 2005

Férias

Que pesadelo os três primeiros dias antes das férias. A contas com pontas soltas e casos mal resolvidos. O que se tem que resolver, o que na realidade se resolve e o que fica para resolver depois. Fazer as malas e tratar das tartarugas. Quero lá saber das tartarugas. Sanita fora ou bolhão pato com elas. Cortar o cabelo. Mas qual cabelo? Ainda ontem era careca, hoje já tenho que cortar o cabelo. Pouca terra, pouca terra.
Que horror os dois primeiros dias de férias. Encher o portabagagens do carro com a casa toda. Rossios em Petesgas. Desfazer as malas, reordenar a vida e compras de supermercado para os dias que se avizinham. Alugar o toldo, e passar horas a encher o corcodilo, o barco, os colchões, as bóias, as braçadeiras e os cilindros do parque insulflável. Sopro mais nestes dias que um operário da Marinha Grande numa semana de trabalho.
Que inferno os dois últimos dias de férias. A depressão do regresso, os problemas deixados por resolver a darem sinal. Tirar areia de milhares de objectos, dos bolsos dos fatos de banho e das baínhas. Esvaziar tudo tudo o que enchi à chegada mais umas bolas e uma orca gigante que resolvi comprar durante as férias. A viagem de regresso e o cheiro das tartarugas abandonadas.
Que tragédia os três primeiros dias depois das férias, os problemas que não se resolveram por si, os que surgiram durante a ausência e os que nem me tinha lembrado que era preciso tratar. A falta de ritmo, a casa de pantanas do desfazer das malas. As contas e as despesas descontroladas. Mas quem é que manda gastar dinheiro na orca insuflável ?
Vejamos. Três e dois cinco, cinco e cinco dez. Ora em três semanas de férias...
Socorrroooooo. Se alguém tiver diarreia, febre, dor de dentes, otite ou uma intoxicação alimentar (seja o diabo cego, surdo, mudo e tetraplégico) ... fica ela por ela.

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