Que pesadelo os três primeiros dias antes das férias. A contas com pontas soltas e casos mal resolvidos. O que se tem que resolver, o que na realidade se resolve e o que fica para resolver depois. Fazer as malas e tratar das tartarugas. Quero lá saber das tartarugas. Sanita fora ou bolhão pato com elas. Cortar o cabelo. Mas qual cabelo? Ainda ontem era careca, hoje já tenho que cortar o cabelo. Pouca terra, pouca terra.
Que horror os dois primeiros dias de férias. Encher o portabagagens do carro com a casa toda. Rossios em Petesgas. Desfazer as malas, reordenar a vida e compras de supermercado para os dias que se avizinham. Alugar o toldo, e passar horas a encher o corcodilo, o barco, os colchões, as bóias, as braçadeiras e os cilindros do parque insulflável. Sopro mais nestes dias que um operário da Marinha Grande numa semana de trabalho.
Que inferno os dois últimos dias de férias. A depressão do regresso, os problemas deixados por resolver a darem sinal. Tirar areia de milhares de objectos, dos bolsos dos fatos de banho e das baínhas. Esvaziar tudo tudo o que enchi à chegada mais umas bolas e uma orca gigante que resolvi comprar durante as férias. A viagem de regresso e o cheiro das tartarugas abandonadas.
Que tragédia os três primeiros dias depois das férias, os problemas que não se resolveram por si, os que surgiram durante a ausência e os que nem me tinha lembrado que era preciso tratar. A falta de ritmo, a casa de pantanas do desfazer das malas. As contas e as despesas descontroladas. Mas quem é que manda gastar dinheiro na orca insuflável ?
Vejamos. Três e dois cinco, cinco e cinco dez. Ora em três semanas de férias...
Socorrroooooo. Se alguém tiver diarreia, febre, dor de dentes, otite ou uma intoxicação alimentar (seja o diabo cego, surdo, mudo e tetraplégico) ... fica ela por ela.
quinta-feira, julho 28, 2005
quarta-feira, julho 27, 2005
Máquina do Tempo II
Ontem cheguei a casa ensopado. Soube-me bem a chuva e não apressei passos para lhe fugir. O homem do restaurante cumprimentou-me "Já viu esta chuva senhor André?". Não via eu outra coisa. Gosto de coisas fora de tempo. Morangos e cerejas no inverno. Gosto dos cheiros das chuvas de Verão. E de trovoadas.
Estas chuvas levam-me sempre até às tardes de Outouno, primeiros dias de escola, cadernos e livros por estrear, colegas e professores novos. As trovoadas até à Beira Alta. O velho sotão da casa. Quente e abafado. A janela aberta para o vale e os relâmpagos no ziguezaguear de luz. Ainda hoje conto os segundos até ao trovão, para lhes medir a distância. Trezentos e quarenta metros por cada segundo de silêncio. Estrondo.
Acho que o que gosto mesmo é de quebrar a rotina. É o que fazem as coisas fora de tempo. No Brasil o Natal é no verão e a lua nunca mente.
Estas chuvas levam-me sempre até às tardes de Outouno, primeiros dias de escola, cadernos e livros por estrear, colegas e professores novos. As trovoadas até à Beira Alta. O velho sotão da casa. Quente e abafado. A janela aberta para o vale e os relâmpagos no ziguezaguear de luz. Ainda hoje conto os segundos até ao trovão, para lhes medir a distância. Trezentos e quarenta metros por cada segundo de silêncio. Estrondo.
Acho que o que gosto mesmo é de quebrar a rotina. É o que fazem as coisas fora de tempo. No Brasil o Natal é no verão e a lua nunca mente.
terça-feira, julho 26, 2005
Máquina do tempo
Quase dez anos depois de ter casado, ainda sou surpreendido pelos meus pais, com alguns pertences que deixei lá por casa. Da última vez, umas disquetes 5 1/4, umas cassetes de vídeo e um cartão militar, em que apareço com um ar de polícia, mas em versão cinzento (a farda era a mesma para a fotografia tipo passe de todos os oficiais, o que obviamente animou a sessão fotográfica).
Aqui há umas semanas, às voltas com a necessidade de uma cassete para filmar as aulas dos Marias, dou de caras com uma dessas cassetes vindas de casa dos meus pais. Uma trovoada de verão no sul de França, Lago do Como, Veneza, Pizza, Marselha, Barcelona. Vi-a ontem de trás para a frente. É o original da viagem de autocaravana com quatro amigos. Diagonal do tempo e uma vontade de Barcelonear outra vez. 20 dias de uma imensa aventura há uma dúzia de anos atrás. Aprendi tantas coisas nessa viagem: "Não se toma banho com a caravana inclinada para o lado contrário ao ralo do duche. Se o fizer agarre-se bem ao chuveiro na altura de inversão de marcha."
Aqui há umas semanas, às voltas com a necessidade de uma cassete para filmar as aulas dos Marias, dou de caras com uma dessas cassetes vindas de casa dos meus pais. Uma trovoada de verão no sul de França, Lago do Como, Veneza, Pizza, Marselha, Barcelona. Vi-a ontem de trás para a frente. É o original da viagem de autocaravana com quatro amigos. Diagonal do tempo e uma vontade de Barcelonear outra vez. 20 dias de uma imensa aventura há uma dúzia de anos atrás. Aprendi tantas coisas nessa viagem: "Não se toma banho com a caravana inclinada para o lado contrário ao ralo do duche. Se o fizer agarre-se bem ao chuveiro na altura de inversão de marcha."
sexta-feira, julho 22, 2005
Rapaz ...
Não é que não nutra alguma afeição por ti, que até nutro, não fosses tu meu filho. Mas francamente. Berrar às duas da manhã é uma actividade considerada ilícita lé em casa. Se o menino quiser berrar a essas horas, tem bom remédio, sai porta fora e vai berrar para a rua. Se não tem condições para sair de casa porque não sabe andar, ou porque não chega ao trinco da porta, ou porque nem sequer se consegue manter sentado mais do queia hora sem cair, então vai ter que rever a sua postura e optar pelo silêncio total. Aquele local onde o menino habita, embora muitas vezes possa não parecer, mas é um lar. E um lar, como o menino sabe, tem que ter os seus momentos de harmonia. Acontece que esses raros momentos de alguma harmonia ocorrem tendencialmente entre a uma e as seis da manhã. Portanto se isso não o incomodar sobremaneira, mantenha-se calado durante esse período, ou vai dormir para o tanque das tartarugas. Agradeço a compreensão.
quinta-feira, julho 21, 2005
Praga
Desde que o seu uso é obrigatório, os coletes reflectores e florescentes transformaram-se na nova praga da estrada. Ele é vê-los aí aos milhares a forrar os bancos das viaturas. Está bem que há estofos que não merecem existir, mas o amarelo florescente não é solução.
Se não quiserem ocupar o porta luvas com o colete reflector, usem-no como tapete do carro. Aquilo não foi feito para forrar os bancos. Aquilo é florescente e faz mal à vista. Deve estar fora do alcance dos outros condutores. Bem sei que nalguns episódios do Espaço 1999, aparecem seres florescentes, mas esses largavam um líquido viscoso e venenoso, e era pura ficção. Nunca houve uma base lunar chamada Alpha, nem naves espaciais chamadas Eagle.
Há ainda que esclarecer uma coisa, que pode fazer confusão nas cabeças dos mais distraídos. Quando alguém nos diz que temos que reflectir sobre algo, não quer dizer que temos que andar com o colete reflector à vista.
- Nãaaao ????
- Não. Apenas quer dizer que temos que pensar.
Se tivessem um barco, iam colocar os coletes salvavidas espalhados pelos bancos do barco ? Acham isso bonito ? E porque é que acham que os colete nos aviões estão escondidinhos debaixo dos bancos ? Acham que os aviões ficavam bonitos com os coletes todos penduradinhos nas costas dos bancos ? Ai é? Havia de ser lindo. Era desastre atrás de desastre.
E já que gostam tanto de expor o colete, porque é que não andam sempre com ele vestido ? Hã ? Ir trabalhar de florescente e a reflectir que nem um doido. Que coisa mais linda. Ir para a cama só de colete. As lojas de roupa interior é que ainda não se lemnbraram deste nicho de mercado. Tudo florescente a irradiar como se não houvesse amanhã. Sexo extraterrestre.
Tomem juízo senhores. Guardem os reflectores. (Versejei)
Se não quiserem ocupar o porta luvas com o colete reflector, usem-no como tapete do carro. Aquilo não foi feito para forrar os bancos. Aquilo é florescente e faz mal à vista. Deve estar fora do alcance dos outros condutores. Bem sei que nalguns episódios do Espaço 1999, aparecem seres florescentes, mas esses largavam um líquido viscoso e venenoso, e era pura ficção. Nunca houve uma base lunar chamada Alpha, nem naves espaciais chamadas Eagle.
Há ainda que esclarecer uma coisa, que pode fazer confusão nas cabeças dos mais distraídos. Quando alguém nos diz que temos que reflectir sobre algo, não quer dizer que temos que andar com o colete reflector à vista.
- Nãaaao ????
- Não. Apenas quer dizer que temos que pensar.
Se tivessem um barco, iam colocar os coletes salvavidas espalhados pelos bancos do barco ? Acham isso bonito ? E porque é que acham que os colete nos aviões estão escondidinhos debaixo dos bancos ? Acham que os aviões ficavam bonitos com os coletes todos penduradinhos nas costas dos bancos ? Ai é? Havia de ser lindo. Era desastre atrás de desastre.
E já que gostam tanto de expor o colete, porque é que não andam sempre com ele vestido ? Hã ? Ir trabalhar de florescente e a reflectir que nem um doido. Que coisa mais linda. Ir para a cama só de colete. As lojas de roupa interior é que ainda não se lemnbraram deste nicho de mercado. Tudo florescente a irradiar como se não houvesse amanhã. Sexo extraterrestre.
Tomem juízo senhores. Guardem os reflectores. (Versejei)
terça-feira, julho 19, 2005
Socorro
Acordei cedo demais. Isso não é bom sinal. Estava a sonhar com a coisa mais parva que alguma vez sonhei. Luke Skywalker e Darth Vader lutavam ali mesmo à minha frente. Era a primeira batalha entre pai e filho e o Luke parecia mais preocupado em admirar o sabre de luz do que em fazer frente ao senhor de escuro. Mais a mais o rapaz não sabia que tinha poderes de Jedi e por mais que eu me esforçasse em lhe dizer "Usa a merda da força", o rapaz continuava com cara de parvo a olhar para o sabre de luz. Que irritante. Acabei de me lemnbrar que antes da luta com o pai, o Luke tinha salvo o andróide dourado que estava transformado em varinha mágica de bater sopa. Carregava-se num botaão e ele batia com os pés e fazia maionese. Acordei no meio da luta e não sei quem é que acabou por ganhar. Mas que raio de sonho. Aposto que Freud tem uma ou duas obras dedicadas ao tema "Sabres de Luz e Andróides transformados em pequenos electrodomésticos".
Acho que preciso de férias.
Acho que preciso de férias.
quinta-feira, julho 14, 2005
Os cinco
Hoje vou estar sózinho com os Marias mais um amigo. A mãe tem um jantar, e para me facilitar a vida, resolveu convidar um amigo do João Maria a passar lá a noite. De repente lembrei-me deste livro.
Não me agradeças Pedro, porque
Não me agradeças Pedro, porque
quarta-feira, julho 13, 2005
Sudoku
Sempre desconfiei das palavras orientais acabadas em ku. O herói infantil son-goku ou san-goku, ou lá como é que ele se chama, sempre soou a hemorróidas. E sinceramente, não acho natural, que um herói de ficção se chame hemorróidas.
Agora surgem os sudokus. São puzzles numéricos. Quem me apresentou um livrinho destes puzzles foi o P. e a verdade é que demorei mais tempo do que esperava para resolver um de dificuldade média.
As regras são simples
Distribuir os numeros de 1 a 9 em cada linha
Distribuir os numeros de 1 a 9 em cada coluna
Distribuir os números de 1 a 9 em cada quadrado de 3 x 3
Para cada problema a solução é única.
Para estas férias, levo um livrinho de sudokus comigo. A alternativa é o DN que traz um em cada edição.
Este que aqui está é de dificuldade elevada.
Agora surgem os sudokus. São puzzles numéricos. Quem me apresentou um livrinho destes puzzles foi o P. e a verdade é que demorei mais tempo do que esperava para resolver um de dificuldade média.
As regras são simples
Distribuir os numeros de 1 a 9 em cada linha
Distribuir os numeros de 1 a 9 em cada coluna
Distribuir os números de 1 a 9 em cada quadrado de 3 x 3
Para cada problema a solução é única.
Para estas férias, levo um livrinho de sudokus comigo. A alternativa é o DN que traz um em cada edição.
Este que aqui está é de dificuldade elevada.
Vergas
Era assim que chamávamos ao salão de jogos Monumental, no mesmo edifício do Jardim Cinema. Escape obrigatório para os furos no Pedro Nunes. O segundo toque sem que o professor aparecesse era o convite a mais uma ida à sala de jogos. Matraquilhos, ping pong, space invaders, ou simplesmente observar os outros a jogar. Gostava de o fazer, e gostava daquela atmosfera. A arquitectura da sala encantava-me. Ainda hoje me encanta, e quando por lá passo, tento-me a olhá-la para a revisitar. Se fosse cineasta rodava lá algumas cenas. Tem sonho aquele lugar.
Tem três pisos. O mais elevado é uma varanda central que percorre todo o comprimentp da sala. Desta varanda saiem de vez em quando lances de escadas simétricos para o piso do meio que ocupa as faixas laterais, cá em baixo um enorme salão. Acho que o piso central tinha umas gaiolas, para se poder jogar ping pong sem que as bolas saíssem do seu espaço. Não consigo explicar melhor. Só consigo dizer que a sala encanta. Quem puder que passe por lá.
Agora, de vez em quando, surge num anúncio publicitário, percebe-se que é o Vergas mas não se consegue perceber toda a beleza. Desfocada.
Tem três pisos. O mais elevado é uma varanda central que percorre todo o comprimentp da sala. Desta varanda saiem de vez em quando lances de escadas simétricos para o piso do meio que ocupa as faixas laterais, cá em baixo um enorme salão. Acho que o piso central tinha umas gaiolas, para se poder jogar ping pong sem que as bolas saíssem do seu espaço. Não consigo explicar melhor. Só consigo dizer que a sala encanta. Quem puder que passe por lá.
Agora, de vez em quando, surge num anúncio publicitário, percebe-se que é o Vergas mas não se consegue perceber toda a beleza. Desfocada.
segunda-feira, julho 11, 2005
A Florinda
... é um daqueles personagens que existe em Lisboa. Deve ter uns 60 anos mas aparenta ter 70, resultado de uma vida, que imagino, levada a pulso.
É porteira de todos os prédios da rua. Põe o lixo e lava as escadas de quase todos e sabe a vida de toda a gente. Tem um orgulho imenso nos filhos, e quando o carro do INEM por lá pára, não se cansa de repetir que é o carro do trabalho do filho.
A primeira vez que fui à mercearia lá da rua, ainda nem morava lá, apresentou-me à mulher do merceeiro e disse coisas que nem eu sabia sobre a minha vida. Sabia para que número e andar eu ia viver, o nome dos antigos donos, quantos filhos eu tinha, com quem eu era casado e provavelmente quanto dinheiro dei pela casa. Os Marias adoram-na e correm para ela sempre que a vêem, excepção para o mais novo que não corre para ninguém a contas com a tenra idade. Quando os vê lá se põe aos gritos do meio da rua "Olha o meu Manel. Olá Manel." "Olha o Zé. Olá Zé." Chama sempre Zé ao João à conta de um Zé Maria que era filho dos antigos donos da minha casa. Além de trocar o nome ao João, também troca os olhos. Tem os olhos linearmente independentes e um deles parece ter vida própria. Não me chateia nada, a não ser o facto de nunca saber se está a falar comigo se com o Jesus que anda sempre por perto. Não por ser omnipresente, antes por ser o arrumador de carros lá da rua. Anda de muletas e bebe para lá da conta. Depois do meio dia deixa de ser seguro entregar-lhe as chaves para ele arrumar o carro. Mas se deixar o carro em 2ª fila e se aparecer o dono do carro que tapei, a polícia, ou um lugar vago em primeira fila, o Jesus trata de tocar à campaínha para nos avisar. Ainda bem que o nome dele não é Judas. O que não seria em despesas de reboque e em multas.
Cada um deles é mais cusco que o outro, sabem a vida de toda a gente, e no fim do dia actualizam-se mutuamente com as últimas novidades. Este post é precisamente para eles não interpretarem mal as minhas idas à sex-shop.
Acontece que às horas a que chego a casa, a sex-shop é o local mais perto para comprar tabaco. E sinceramente não estou para ir até ao outro lado da rua só porque posso ser apanhado a sair da sex shop com o António ao colo. Ele tem sete meses e aquilo que por lá vê, é muito parecido com aquelas torres para enfiar argolas às cores. Aposto que ele nem consegue destinguir uma coisa da outra. Juro que com os outros dois nunca vou lá comprar tabaco nem nadica de nada. Tá bem Florinda? Tá bem Jesus?
Pronto. Estou muito mais descansado. Foi um peso que me saiu das costas.
É porteira de todos os prédios da rua. Põe o lixo e lava as escadas de quase todos e sabe a vida de toda a gente. Tem um orgulho imenso nos filhos, e quando o carro do INEM por lá pára, não se cansa de repetir que é o carro do trabalho do filho.
A primeira vez que fui à mercearia lá da rua, ainda nem morava lá, apresentou-me à mulher do merceeiro e disse coisas que nem eu sabia sobre a minha vida. Sabia para que número e andar eu ia viver, o nome dos antigos donos, quantos filhos eu tinha, com quem eu era casado e provavelmente quanto dinheiro dei pela casa. Os Marias adoram-na e correm para ela sempre que a vêem, excepção para o mais novo que não corre para ninguém a contas com a tenra idade. Quando os vê lá se põe aos gritos do meio da rua "Olha o meu Manel. Olá Manel." "Olha o Zé. Olá Zé." Chama sempre Zé ao João à conta de um Zé Maria que era filho dos antigos donos da minha casa. Além de trocar o nome ao João, também troca os olhos. Tem os olhos linearmente independentes e um deles parece ter vida própria. Não me chateia nada, a não ser o facto de nunca saber se está a falar comigo se com o Jesus que anda sempre por perto. Não por ser omnipresente, antes por ser o arrumador de carros lá da rua. Anda de muletas e bebe para lá da conta. Depois do meio dia deixa de ser seguro entregar-lhe as chaves para ele arrumar o carro. Mas se deixar o carro em 2ª fila e se aparecer o dono do carro que tapei, a polícia, ou um lugar vago em primeira fila, o Jesus trata de tocar à campaínha para nos avisar. Ainda bem que o nome dele não é Judas. O que não seria em despesas de reboque e em multas.
Cada um deles é mais cusco que o outro, sabem a vida de toda a gente, e no fim do dia actualizam-se mutuamente com as últimas novidades. Este post é precisamente para eles não interpretarem mal as minhas idas à sex-shop.
Acontece que às horas a que chego a casa, a sex-shop é o local mais perto para comprar tabaco. E sinceramente não estou para ir até ao outro lado da rua só porque posso ser apanhado a sair da sex shop com o António ao colo. Ele tem sete meses e aquilo que por lá vê, é muito parecido com aquelas torres para enfiar argolas às cores. Aposto que ele nem consegue destinguir uma coisa da outra. Juro que com os outros dois nunca vou lá comprar tabaco nem nadica de nada. Tá bem Florinda? Tá bem Jesus?
Pronto. Estou muito mais descansado. Foi um peso que me saiu das costas.
domingo, julho 10, 2005
David e Golias
"O sr Marques Mendes já é a segunda que me faz. Da primeira ainda passa mas agora ..."
Irrita-me quando insinuam que cada povo tem os políticos que merece. Mas a verdade é que o Golias é eleito de forma aparentemente democrática desde o 25 de Abril. O que terá feito aquele povo para merecer este homem ?
Irrita-me quando insinuam que cada povo tem os políticos que merece. Mas a verdade é que o Golias é eleito de forma aparentemente democrática desde o 25 de Abril. O que terá feito aquele povo para merecer este homem ?
quarta-feira, julho 06, 2005
Olha
Faço parte dos amigos do Gil. Dito assim, soa a nome instituição sem fins lucrativos, criada por alturas da Expo.
Nada disso.
O João tem um blog para desabafos, e colocou a Caixa de Costura, nas redondezas mais próximas.
Curiosamente dou com um dos primeiros posts deste blog. Foi precisamente sobre ele e meia dúzia de amigos. Velado, muito velado.
Agora apresenta-nos uma filarmónica. Longo e bom caminho.
Fico, obviamente cheio de orgulho, desta vizinhança. Boa sorte para o blog. Não tenhas medo.
Nada disso.
O João tem um blog para desabafos, e colocou a Caixa de Costura, nas redondezas mais próximas.
Curiosamente dou com um dos primeiros posts deste blog. Foi precisamente sobre ele e meia dúzia de amigos. Velado, muito velado.
Agora apresenta-nos uma filarmónica. Longo e bom caminho.
Fico, obviamente cheio de orgulho, desta vizinhança. Boa sorte para o blog. Não tenhas medo.
Agora escolha ...
Destas três, se tivesse que viver sem uma delas, marchavam os touros.
Factos
O Ballet Gulbenkian vai ser extinto
O Gato Fedorento e a SIC estão de costas voltadas
Apesar dos protestos, os touros mantêm-se
Factos
O Ballet Gulbenkian vai ser extinto
O Gato Fedorento e a SIC estão de costas voltadas
Apesar dos protestos, os touros mantêm-se
terça-feira, julho 05, 2005
37
Vá lá entender-se esta história dos números com significado. Trinta e sete. Surgiu na brincadeira de não querer confessar o preço de uma estravagância. Trinta e sete contos de reis pelas sessões de massagens. Credo.
Desde essa altura sempre que nos cruzamos com um trinta e sete sorrimos cúmplices feitos meninos com segredos. Agora é a idade que nos situa no sétimo ano depois de três dezenas. Primeiro eu, agora tu. Bem sei que já foi há uns dias mas tenho andado muito atarefado a fazer malas a partir de fechos éclaires. Além dos fechos, estive a inscrever a nossa família nas familias candidatas a famílias-incríveis. Aqui estão as provas que não me deixam mentir.
Parabéns meu amor.
Fechos
Incríveis
Desde essa altura sempre que nos cruzamos com um trinta e sete sorrimos cúmplices feitos meninos com segredos. Agora é a idade que nos situa no sétimo ano depois de três dezenas. Primeiro eu, agora tu. Bem sei que já foi há uns dias mas tenho andado muito atarefado a fazer malas a partir de fechos éclaires. Além dos fechos, estive a inscrever a nossa família nas familias candidatas a famílias-incríveis. Aqui estão as provas que não me deixam mentir.
Parabéns meu amor.
Fechos
Incríveis
Catano
fosga-se ... raios partam mais a porcaria dos templates e do blogger.
Fica assim. Azul e de mamas à mostra. Com o tempo vão descaindo e acabam por passar à história.
Fica assim. Azul e de mamas à mostra. Com o tempo vão descaindo e acabam por passar à história.
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