Apanhaste-nos a todos de surpresa
- Sabes quem fala?
- Adriana
- Estou em Lisboa
Fiquei escasso em palavras, perdi o pé.
- O Ivan e a criançada?
- Ficaram no Rio. Vim cá em formação.
Bem sei que à velocidade a que acontecem os dias, nem reparamos nos letreiros da nossa distância, do tanto mar. Nem sei há quanto tempo partiram. Só sei a falta que nos faz ter-vos mais perto.
Agora, sem aviso, à mão de semear. Ainda nessa manhã, a Ana tinha falado com o Manel sobre os tios que moram na terra do português com sotaque.
Combinámos que te ia buscar. Levei o João Maria, que ensaiou a canção da Maria Rita para te cantar. Ele adorou o gato das redondezas. Eu sou alérgico a gatos e provavelmente foi isso que me encheu os olhos com água salgada. Por azar, logo na altura em que abracei.
A casa nova, o Manel que só tinhas visto em bébé, o António que não conhecias, as fotos do João a andar de mota e do Leo com os caracóis loiros, o telefonema para o Ivã. Há ainda tanto a sincronizar. Descobri que houve quem gostasse do vosso jantar de despedida, aquele a que não pudeste ir porque tinhas milhares de coisas para tratar antes do vôo e que custou os olhos da cara. Eu hem!!!
Vamos ver-nos mais nestes dias que faltam, e vamos fazer uma almoço ou um jantar de despedida outra vez. Se puderes comparecer vai ser bom. Legal se voçê pintar.
"Qualquer dia, amigo, eu volto, para te encontrar ..."
Sem comentários:
Enviar um comentário