Estive prestes a ser a primeira vítima mortal da gripe das aves em Portugal.
Auto-estrada de Cascais a 120 naquela lata ranhosa, janela aberta. Algo de estranho passa em frente aos meus olhos a grande velocidade. Apercebi-me que se tratava de uma ameaçadora pena de pombo. Na tentativa de a agarrar para a expulsar para fora do bólide ia-me espetando ferozmente no carro da frente. Lá travei a tempo e acabei por sair ileso deste episódio. O triste desta história é que, a acontecer a tragédia, nunca seria reconhecido como a primeira vítima mortal lusa da pandemia. A eventual notoriedade pautar-se-ia pela diminuta presença de inteligência no meu cérebro.
Inquieta-me não ter voltado a ver a porcaria da pena e quase sou capaz de jurar que não chegou a sair do habitáculo. Já pensei procurá-la, desta vez munido de luvas e máscara, mas parece-me já ter atingido o plafond mensal de estupidez natural.
Sem comentários:
Enviar um comentário