... desde do meio da manhã aqui no edifício. Não sei se efeito da falta de chuva, se do cano roto no parque de estacionamento se doutra coisa qualquer. Consequência imediata. Uma contínua vontade de urinar e os intestinos hiperactivos. Faço-me à estrada em direcção ao Núcleo Central para aliviar os sintomas numa casa de banho com águas correntes. Descubro uma romaria de gente a fazer exactamente a mesma coisa. Os que partem vão apressados, pequenas corridinhas, mãos nos joelhos, dobrados sobre o ventre, expressão de nervoso miudinho. Os que regressam vêm de cara alegre, passo certo, sorriso largo, mãos lavadinhas e consciência tranquila. Fiquei abismado com a quantidade de gente que encontrei. Nunca pensei que fosse possível ver tanta gente conhecida numa ida à casa de banho. Pessoas que trabalham no mesmo edifício que eu e que não via há semanas, encontrei-as finalmente na ida à casa de banho. Está certo que não falei grande coisa com elas, já que me cruzei com elas e portanto, ou eu ou elas estávamos prestes a atingir os limites da incontinência. Já estive em festas, em que me cruzei com menos conhecidos do que nesta ida à casa de banho. Inclusivé em houve uma festa dos meus anos em que não tinha tantos conhecidos quantos os que encontrei.
Não sei quanto tempo isto vai durar, mas se se prolongar por alguns dias, estou bem capaz de aproveitar para resolver um série de assuntos pendentes que tenho com algumas dessas pessoas. Levo o meu caderninho dos assuntos a tratar e posiciono-me ali, mesmo à entrada da casa de banho para as apanhar aflitinhas. Pode ser que digam que sim a tudo e que assim consiga resolver grande parte dos meus pendentes.
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