segunda-feira, janeiro 26, 2004

Miklos Fehér
A morte é sempre difícil. Por vezes tão próxima de nós, que nos esmaga a alma. Outras, tão afastada, nem chega a beliscá-la. Chega disfarçada em números e estatísticas, e quase me esqueço que cada um daqueles dados é para alguém, a maior das perdas, a gigante dor.
Ontem a morte deu em directo, a vida a esgueirar-se no sorriso, no tombo, na chuva e no desespero dos outros. Suficiente próxima para nos perturbar, à distância segura para não fazer mossa. Como a um livre de meia distância, fiz-lhe uma barreira de um só homem. Ainda nem sei se foi golo.

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