Aníbal:
Para quem "nunca se engana, raramente tem dúvidas e não perde mais que 5 minutos por dia a ler jornais", está a parecer demoradito encontrar a solução. Como eu sou boa pessoa, resolvi dar algumas sugestões que eventualmente possam estar a escapar-te:
- partir o país em dois países com duas maiorias absolutas diferentes e logo se via se a Comporta do Ricardo Salgado ficava na Coelhoportazâmbia ou na Costosousamartinica
- nomear o José Sócrates para primeiro ministro, porque está habituado a ambientes diferentes e é um político que, sendo do PS, tem a mania de fazer coisas à moda do PSD
- dividir isto em semanas e fazer uma espécie de timesharing da governação - o Coelho governava nas semanas pares, o Costa nas ímpares e havia umas 10 semanas, ali por alturas de férias, para dividir entre o Portas, o Jerónimo e a Catarina.
- decidir isto através da marcação de grandes penalidades
- decidir por um governo 24x7 . Numa semana o PS assegurava a governação das 8 às 16 , PSD das 16 às 24 e os partidos mais pequenos faziam as noites. Depois, na semana seguinte, trocavam os turnos. O país está longe de estar bem, pelo que, um governo com os horários dos serviços de urgências, é o mínimo que se espera.
Isto foi só assim num repente, a pensar um bocadinho. Ora o meu amigo, tem tido tempo de sobra para pensar, razão mais que suficiente para fazer a sua escolha. Olha que se isto estivesse nas mãos do Marcelo Rebelo de Sousa, a coisa já estava mais que resolvida. O homem está acordado algumas 20 horas por dia. Vinteeeeee Aníbal, vinte. Ele, quando chegar aos dois anos de presidência, já leva mais horas de presidência acordado que tu.
Nem precisas agradecer, se não gostares de nenhuma destas alternativas avisa-me que eu tento arranjar mais soluções.
quinta-feira, novembro 12, 2015
terça-feira, novembro 10, 2015
E morreram felizes ...
Este fim de semana fomos ao teatro. No pavilhão 30 do Júlio de Matos. Esse mesmo hospital de muros tão altos para evitar que os loucos entrem lá para dentro. O público obrigado ao silêncio e ao uso de máscara de cirurgia. Esse é o contrato. Não falar e usar a máscara e em troca a liberdade para passear pelas 27 salas onde a peça acontece, correr alucinado atrás dos personagens, escolher que personagens quer seguir, que cenas quer ver. Todas as salas vestidas a rigor num cenário hospitalar de 1949: instrumentos, mobiliário, salas, corredores, personagens, escadarias. Iluminação exemplar, encenação brilhante e boa coreografia. Teatro imersivo dizem, onde não há barreiras entre o espetador e os atores, e que falta fizeram algumas das vezes quando numa correria, numa cena violenta, ou no baile de abertura fazemos parte do próprio espetáculo. A simples história de amor de Pedro por Inês sabiamente enredada com a lobotomia de Egas Moniz é representada duas vezes para que possamos mudar de cenários, personagens, coreografias. A sensação com que fiquei é que ao fim de cinco idas ao teatro teria esgotado tudo o que há para ver naquela peça. O ambiente entranha-se facilmente no espetador e é fácil deixar-nos transportar. Saio divertido e com a sensação de tempo mais que bem empregue.
À saída foi inevitável pensar sobre que outros lugares que não um pavilhão hospitalar funcionariam como cenário para um outro argumento, uma outra tragédia uma outra história de amor. Seria estúpido não o dizer hoje, não o escrever aqui, seria estúpido no dia em que o governo de Passos caiu, não dizer que a assembleia era o outro cenário perfeito para uma outra história. Gritos, birras, poses, egos, semblantes alterados, coreografias, cenas violentas, escadarias, desesperos, choros, alianças, coligações, acordos, amores, disputas, ciúmes, pompas e circunstâncias, manifestações exteriores, manifestações no hemicírculo, assinaturas em salas parlamentares, Pedros, Paulos, Antónios, Catarinas, Jerónimos, Andrés.
Tantas peças podiam ser escritas para este cenário, até histórias de amor. O que hoje aconteceu, e acredito até que os fatos me desmintam, é uma história que pode dar muito certo se o amor ao país e às pessoas for maior que o amor aos umbigos e ao interesse de poucos. Este PS merece o mérito de ter criado muitas ruturas com outras tantas tradições. A Assembleia é a casa mãe da democracia e nem vou pensar qual é a casa pai, e o que hoje assisti foi a democracia a funcionar. Vejamos quantos amores, quantos ódios e quantos orçamentos aguenta este enredo. Por mim continuo imerso nesta peça com a real esperança dos finais felizes. Já agora, quando falam de Passos perdidos, é disto que se viu hoje que falam não é ?
À saída foi inevitável pensar sobre que outros lugares que não um pavilhão hospitalar funcionariam como cenário para um outro argumento, uma outra tragédia uma outra história de amor. Seria estúpido não o dizer hoje, não o escrever aqui, seria estúpido no dia em que o governo de Passos caiu, não dizer que a assembleia era o outro cenário perfeito para uma outra história. Gritos, birras, poses, egos, semblantes alterados, coreografias, cenas violentas, escadarias, desesperos, choros, alianças, coligações, acordos, amores, disputas, ciúmes, pompas e circunstâncias, manifestações exteriores, manifestações no hemicírculo, assinaturas em salas parlamentares, Pedros, Paulos, Antónios, Catarinas, Jerónimos, Andrés.
Tantas peças podiam ser escritas para este cenário, até histórias de amor. O que hoje aconteceu, e acredito até que os fatos me desmintam, é uma história que pode dar muito certo se o amor ao país e às pessoas for maior que o amor aos umbigos e ao interesse de poucos. Este PS merece o mérito de ter criado muitas ruturas com outras tantas tradições. A Assembleia é a casa mãe da democracia e nem vou pensar qual é a casa pai, e o que hoje assisti foi a democracia a funcionar. Vejamos quantos amores, quantos ódios e quantos orçamentos aguenta este enredo. Por mim continuo imerso nesta peça com a real esperança dos finais felizes. Já agora, quando falam de Passos perdidos, é disto que se viu hoje que falam não é ?
domingo, novembro 01, 2015
Porque sim
Porque hoje morreu um cineasta Português ... porque em jeito de coincidência hoje me lembro de quem me ensinou sobre Jazz, sobre cinema e sobre a doçura que podemos trazer à nossa vida . La Dolce Vita
terça-feira, outubro 13, 2015
Costa Concordia
Os resultados eleitorais são o que são e sobre eles não vale a pena tecer grandes considerações. O PaF ganhou as eleições sem maioria absoluta e o PS perdeu. Posto isto, Pedro é chamado a Belém e António à comissão política. Pedro promete a Aníbal procurar uma base de sustentação para formar um governo que dure quatro anos, Costa promete ao PS dialogar em 360º para procurar consensos. Pedro teve duas reuniões com António e levou Paulo com ele. António conversou com Pedro, com Paulo, com Catarina, com Jerónimo e com o André. Eis que então começa a surgir a possibilidade de António formar governo com ou com o apoio do Bloco e / ou a CDU.
Este cenário, que não passa disso mesmo, de um cenário está a deixar muita gente nervosa, a desenterrar muitos fantasmas, muito irritada e sobretudo numa excitação descontrolada perto da histeria que lhes está a tirar algum discernimento de raciocínio.
Percebo alguma irritação porque António está a procurar outros consensos enquanto Pedro e Paulo continuam fascinados pelo umbigo um do outro, pouco mais fazendo que reunir com António em tom de quem anda a toque de caixa para não perderem o comboio. Convém lembrar a estes senhores que ganharam as eleições e que têm um governo e um programa a apresentar e que colocarem-se como espetadores não abona muito a favor deles.
Percebo alguma frustração e desencanto da direita com a coligação, porque votaram num programa da continuidade, e agora Pedro e Paulo querem governar pelo programa do António.
Já o nervosismo com as conversas que António tem à sua esquerda, é-me muito difícil entender.
Alguma vez Aníbal chamaria António para formar Governo?
Alguma vez o PCP faria parte de um governo PS ou apoiaria um governo PS durante toda uma legislatura? Axandrem-se. Nem o PCP cede tanto, nem o PS muda tanto.
Com certeza que não, mas esta possibilidade de, passados 40 anos, a esquerda poder entender-se torna tudo muito incómodo.
Pessoalmente, dá-me um gozo bestial que haja maior entendimento entre os partidos de esquerda e ainda maior ao ver a cara de caso de Paulo e Pedro e o nervosismo disparatado de quem os acha uma escolha razoável.
Também gosto de saber que o PCP e o BE, em pouco mais que uma semana, passaram a fazer parte do arco de governação e que Paulo inventou um novo arco: o arco europeu. Só ainda não percebi qual é que tem maior diâmetro: o da governação ou o europeu?
Só espero que o António seja um tudo nada mais divertido na liderança deste processo, já que parece ser o único com vontade de o fazer. Ao menos que o faça em grande.
A meu ver, o António não é homem não é nada, se na próxima reunião com o Pedro e Paulo não trouxer o TGV e o novo Aeroporto para a mesa das negociações.
E a libertação do preso político.
E o carro eléctrico.
E as novas oportunidades.
A terceira travessia do Tejo não é preciso, porque com o atual diâmetro do arco da governação, basta colocar o CDS-PP no barreiro e o Bloco no Terreiro do Paço. No ministério das finanças por exemplo.
segunda-feira, outubro 05, 2015
Portugal Capaz
Somos um povo de brandos costumes, do cala e do consente,
das Amélias dos olhos doces, das Marias vida fria à espera que a vida lhes dê a
oportunidade das Marias Capaz. As mulheres da porrada de todos os dias, da
violência, do insulto, do sexo à bruta, da ameaça, das promessas quebradas, dos
sonhos desfeitos, das marcas no corpo, das feridas da alma, da vergonha, do
medo, da vida desfeita. O que as separa da fuga? O que lhes impede a denúncia?
O que as faz reféns? Porque foi só uma vez, porque no namoro ele lhe dizia
coisas tão bonitas e a respeitava tanto, porque tem andado a beber, porque a
ama daquela maneira tão peculiar e além desse amor não tem outro, porque não
tem para onde ir, porque ele ia arranjar maneira de lhe por as mãos em cima,
porque ele ia ficar tão desesperado, porque os filhos precisam deles juntos,
porque ele está desempregado e nem sequer é violento, porque o que é que os
outros iam dizer, porque ia viver do quê, do ar? E até quando? Até ficar sem
dinheiro e precisar dele outra vez?
Não, não são elas as cobardes. Em cada uma delas há uma
capacidade infinita para sofrer, para amar, para perdoar, e para lá de tudo
isso para um dia se tornarem numa Maria Capaz. A cobardia está em cada um
deles. Pelo poder da besta, pelas frases de chantagem, pelas promessas
quebradas, pelas falsas declarações de amor, pelo medo que as diminui, pelas
marcas no corpo e na alma.
Agora preciso de muito cuidado com a figura de estilo porque
o assunto é demasiado sério para ser usado como argumento. Faço-o porque
abomino a argumentação do medo, da chantagem, das falsas promessas, da vergonha
dos outros. Faço-o porque acredito com todas as forças que houve quem tivesse
feito escolhas sob um clima criado para condicionar essas escolhas. Faço-o
porque de cada vez que ouvi estas frases, me lembrei das Marias Capaz. E
ouvi-as ao longo dos últimos meses, ditas pelos nossos governantes.
“Têm duas escolhas, ou manter o caminho que nos trouxe aqui
ou voltar aos tempos que vos levaram à desgraça, porque sem nós este país volta
ao despesismo. Mas acham que nós gostamos de austeridade? Não fomos nós que a
quisemos, foram aqueles que estiveram antes, aqueles que vocês escolheram que
nos obrigaram a fazer o que fizemos. Fizemo-lo por amor. Porque mais importante
que os nossos interesses é o interesse de Portugal. Olhem para aquela galdéria
da Grécia que decidiu que não queria mais austeridade. O que é que lhe
aconteceu? Vocês é que sabem. Tanta coragem para eleger um grupo de radicais e
olhem como está agora. Debaixo de um novo programa de ajustamento ainda mais
duro, comentada pelo mundo e massacrada pelos mercados. É isso que querem? Se
for isso, votem nos outros. Querem seguir o rumo que nos tirou do pântano ou
embarcar em aventuras para voltarmos a ter a Troika? Quatro anos a por a casa
em ordem e agora acham que vamos novamente para a caos? A escolha é simples. A
estabilidade e o rigor, ou mais uma aventura que só vai conduzir a mais
austeridade. Prometemos que agora não vamos bater, a casa já está em ordem. A
partir de agora tenho tanto carinho para te dar. Foi tudo por amor a Portugal.”
Claro que as distâncias têm que ser devidas. Claro que dos
39 % (dos menos de 60% que foram às urnas), muitos houve que votaram na coligação pelas melhores
razões. Por acreditarem na ideologia, por concordarem com as propostas, por
gostarem dos líderes, por confiança no projeto e nas pessoas. Mas muitos, e
estou certo disto, fizeram-no porque o clima do medo, da chantagem, do racional "sem mim não serás ninguém", resultou.
Um dia o meu país, tenho a certeza, há-de ser um Portugal capaz.
quinta-feira, outubro 01, 2015
Aniceto Taxista
Aquilo era demais, parecia uma perseguição. A tal da globalização
de que falam com tanto entusiasmo, o infinito leque de oportunidades, parecia
existir tão-somente para lhe arruinar a vida. Irra que parecia de propósito. Tudo
começou com o clube de Vídeo, e só Deus sabe o quanto lhe custou arranjar
aquele 2º emprego. O dinheiro que ganhava a distribuir listas telefónicas não
era muito e sempre ganhava mais uns trocos ali no clube de vídeo da zona, horário
noturno já se vê. Até às 10 a coisa era animada e entre as 10 e a meia noite aparecia
um ou outro cliente com umas preferências mais ousadas. Esses foram os primeiros
a desaparecer. A TV Cabo começou com os canais de adultos e em pouco tempo, a
freguesia das sessões contínuas começou a rarear. Nem foi preciso esperar muito
tempo até o fenómeno se estender aos restantes géneros. Maldita internet. Nem
chegou a dois anos para assistir à debandada da mais fiel clientela do aluguer
de filmes. O inevitável aconteceu e o clube acabou por fechar.
Mas um homem nunca desiste e já que os filmes estavam na rua
da amargura, e as listas telefónicas rendiam pouco, o cunhado era taxista e
podia dar-lhe uma ajuda. E assim foi. Às seis da tarde pegava no táxi do cunhado
e fazia umas corridas até que o sono deixasse. E ia assim a vidinha até que ao
dia em que a firma da distribuição das listas, … enfim, já se sabe. “Agora já
não há muito telefone fixo, e mesmo os que têm, espalham-se por vários
operadores, e já ninguém usa as listas, pesquisam tudo na net. A bem a bem, só
os vendedores de castanhas e as empresas de sondagens em tempos de campanha
eleitoral para escolherem amostras representativas…. Não temos espaço para si
na empresa”. Tantos anos a carregar listas, escada abaixo escada acima, deixa
uma recolhe a velha, tanto degrau tanto papel e, de quando em vez, lá havia um
assinante que dava uma ajuda mais generosa. Ora bolas outra vez a net e as
novas tecnologias a pregarem-lhe uma partida.
Mas um homem nunca desiste e passou a fazer todo o turno da
noite no táxi do cunhado. O dinheiro não era muito mas, palavra de honra que
era dinheiro honesto. Pelas conversas que ouvia na praça, lá se ia apercebendo
de umas trafulhices que os seus colegas faziam, e dos azares de serviços
pequenos depois de horas na fila do aeroporto, e de clientes que estão mesmo a
pedi-las, muitos deles nem gorjeta davam. Nada disso lhe interessava, o seu
trabalho era transportar pessoas e era isso e apenas isso que fazia, com a
simpatia que lhe era possível. As gorjetas que quase sempre recebia pareciam-lhe
um sinal de que fazia o que devia ser feito. E logo agora, não é que agora aparecem
uns tipos de carros imaculados, todos bem vestidos, muitos deles bem-falantes e
educados a transportar pessoas de um lado para o outro. Tudo por causa de uma
aplicação vinda, pasme-se o azar do homem, da internet. E ainda por cima o
pagamento é feito pela aplicação e o percurso é monitorizado e gravado. Maldita
tecnologia. Os colegas já lhe tinham falado daquilo, mas foi ver com os
próprios olhos. Sim senhora, carros topo de gama, impecáveis e asseados, com
motoristas que pareciam executivos. Aquilo deu-lhe que pensar. E os colegas a
quererem fazer a folha aos tais motoristas, tanto mais que havia uma decisão do
tribunal que decidia sobre a ilegalidade deste novo serviço. Querem lá ver que
a tal da tecnologia lhe ia fazer de novo a folha?
Não, nada disso. É que um homem nunca desiste. Aniceto foi
tratar do assunto e desta vez resolveu fazer justiça pelas próprias mãos.
Apanhou um desses seus colegas de praça a jeito, e disse-lhe das boas “Tu és
mesmo uma besta. Andas com o carro que mais parece uma pocilga, gabas-te dos
trajetos mais longos que propositadamente fazes, irritas-te com os clientes que
te pedem percursos pequenos, tens uma figura tão cuidada quanto a viatura,
insultas quando te dão gorjetas a que chamas miseráveis, diriges-te com
palavrões aos outros condutores e conduzes como se fosses dono da estrada. Achas mesmo que são estes senhores que te
estão a arruinar o negócio? Queres bater-lhes e destruir-lhes o automóvel? Achas
que a atividade deles é ilegal? E aquilo que fazes aos teus clientes, é o quê? Queres
mesmo impedir que eles tenham clientes, nem que seja ao estalo? És tu o culpado
do sucesso deles. Vai-te esbofeteando até teres consciência do que andas fazer
aos teus colegas que têm brio no que fazem. É que se essas pessoas resolvessem
fazer o tipo de justiça que tu fazes, tu, e os outros como tu, iam passar
tempos muito duros. Cretino.”
quinta-feira, janeiro 22, 2015
Bárbara e Manuel
Este casal não pára de surpreender. Desta vez, Carrilho ameaçou publicar na Net fotos de Bárbara. Os tempos que se avizinham não serão fáceis nem para Manuel, nem para Bárbara, nem para todos nós que assistimos passivamente a este enredo que se passeia entre a novela e o Big Brother famosos.
Bárbara é menina para responder à altura, ameaçando também publicar fotos de Carrilho todo nu, o que, convenhamos, roçava o terrorismo. Pelo sim pelo não, o melhor é prepararmo-nos para uma grande jornada de apoio aos protagonistas desta história, pelo que vou começar a comercializar t-shirts adequadas a esta novela, de acordo com as preferências de cada um :
Bárbara é menina para responder à altura, ameaçando também publicar fotos de Carrilho todo nu, o que, convenhamos, roçava o terrorismo. Pelo sim pelo não, o melhor é prepararmo-nos para uma grande jornada de apoio aos protagonistas desta história, pelo que vou começar a comercializar t-shirts adequadas a esta novela, de acordo com as preferências de cada um :
quarta-feira, janeiro 07, 2015
As Janeiras
O dia de Reis é sempre pretexto para festa rija em Belém. Cavaco ouviu Soares com atenção e ficou incomodado com o recado do seu ante-antecessor. É a consciência. Soares disse-lhe que ele devia reagir à prisão de Sócrates e Aníbal não vai de modas. Ai é? É para reagir à prisão do José, não seja lá por isso e se o homem está preso em Évora, este ano as janeiras são em cante Alentejano. Até a Maria ficou admirada:
- Kant alentejano? É que não fazia ideia. Eu às vezes sinto-me tão burrinha. É das más companhias, só pode.
- Kant alentejano? É que não fazia ideia. Eu às vezes sinto-me tão burrinha. É das más companhias, só pode.
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