A Uber é uma startup genial, cuja existência na Europa se debate com problemas de eventuais ilegalidades e com os anti corpos de interesses mais ou menos instalados.
A ideia é muito simples: um serviço de Taxi, em viaturas topo de gama, em que o cliente, através de uma aplicação móvel, solicita a deslocação para determinado destino. A aplicação, com base na localização do cliente, identifica a viatura livre mais próxima e dá indicação ao respectivo motorista para avançar para o serviço. No final, o pagamento efectua-se por cartão de crédito previamente registado pelo cliente quando instala e parametriza a aplicação. O motorista é posteriormente creditado.
Em cidades como São Francisco, este serviço garante a chegada do motorista em tempos inferiores a dois minutos.
Aqui em Portugal a TAP acabou de estabelecer um acordo com a Uber e oferece, a quem tenha bilhetes com destino a Lisboa, uma deslocação via Uber até determinado limite de valor. Está bom de ver que quem não achou graça nenhuma à brincadeira foram os taxistas da capital, que já prometem protestos de dimensão adequada à gravidade da situação.
Nos dias que correm, existem aplicações que ajudam os seus utilizadores a encontrar voos, restaurantes, a marcar hotéis ou mesmo a encontrar companhia e eis que quando chegamos ao tema do transporte urbano, a coisa provoca a ira de quem está refastelado no mercado. Tratando-se de serviço de aeroporto, mais alto se elevam as vozes de discórdia porque esta é uma praça que, à excepção de alguns serviços para as zonas contíguas à Portela, costuma ser muito rentável para os taxistas.
Pode até ser que, por uma questão legal, este serviço acabe por ficar impossibilitado de operar em Portugal, mas sejamos realistas, a era digital e a globalização é uma vaga imparável e mais cedo ou mais tarde este tipo de serviços acabará por vingar. Veja-se o que se passou com os clubes de vídeo, ou com as lojas de revelação de fotografias. Os que não se adaptaram acabaram por desaparecer.
O mundo está, cada vez mais, orientado à prestação de serviços e só pela diferença e pela inovação se conseguirá ganhar o futuro. E atenção que a diferença pode muito bem significar um apelo à tradição, como provam os mais recentes casos de sucesso do universo das padarias. Pela lei, pela força ou por pressão, não prevejo que se consiga grande coisa.
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