domingo, novembro 27, 2011

Luzes

à muralha do castelo de São Jorge, e desta vez com imagens que celebram a distinção pela UNESCO do fado como Património Imaterial da Humanidade. Eu que até por vezes engraço com o fado, já o ouvi em casa do dito, e já o ouvi em modo vadio numa taberna, confesso que nestas últimas semanas atingi a minha cota de fado de 2011 e já esgotei a de 2012 e estou a meio da de 2013.
Que me perdoem os mais puristas, mas estou convencido que a candidatura do fado a património imaterial foi pouco ambiciosa. Devia ser como as misses, com direito a primeira e a segunda dama de honor. E assim iam em trio candidatar-se a património imaterial. A acompanhar a miss "fado", gostava de ver a miss "coçar os tomates" e a miss "ritual da escarreta". Ainda ficam bem colocadas nesta lista, a candidata miss "palito no canto da boca" e a candidata miss "fato de treino ao domingo no shoping". Uma candidatura mais consistente com um trio de patrimónios imateriais catapultava para as luzes da ribalta, ícones da nossa identidade que merecem tratamento digno e reconhecimento de todos. Não há museu da escarreta nem se promove o coçanso dos tomates ao desafio e contudo eles são tanto do nosso património.

2 comentários:

Mia disse...

A não esquecer a unha grande do dedo mindinho, que também também a sua importância.

Anónimo disse...

Pois eu fiquei tão contente.

Gosto muito.

Gostei desde muito pequena.Ouvi-o de muitas formas, sempre alguém o trauteava em minha casa

A Tota tinha uma voz fantástica. Cantava nas traseiras enquanto lavava no tanque.

O meu pai levou-me muito cedo a uma casa de fado. Fui contrariada, disse que não queria ... Voltei embalada . Era magia.