Fui pela terceira vez àquele local. Pavilhão da gripe da Estefânia. A braços com a febre e a tosse do mais velho, e as dores no peito que confirmaram ser de quadro gripal e de uma ligeira infecção pulmonar. Passam-se sempre demasiadas horas por ali. Entre colheitas, consultas e triagem. Todos de máscara. É um exercício desafiante. Perceber os rostos atrás daquelas máscaras. É lê-los nos olhos, nas sobrancelhas e nas rugas de expressão. É adivinhar-lhes os sorrisos, as dores, os amargos de boca. As máscaras protegem dos vírus, mas não escondem a alma e naquele lugar, em que a razão é uma camada tão fina, não há máscara capaz de esconder tanta angústia.
2 comentários:
Beijo
Mãe
Hoje tambem estive no hospital... é um ambiente que mexe comigo. Ainda por cima com a doença que prolifera por aí...
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