Tocou-lhe ao de leve, com a gentileza da fricção da crina do arco sobre as cordas, e na gentileza das cordas se fez música. E o coração a bater desconcertante, na euforia dos dedos sobre as teclas, na intensa inquietude dos martelos a percutir as cordas.
E sempre o som de melodias, cheias e imensas nas partituras, infinitas notas encruzilhadas entre espaços e linhas. Ténues as linhas de fronteira que sugerem o mar à terra, que propõem o sonho à realidade, que entregam as palavras à melodia. Reinventam-se então canções bonitas, letras e sons enredados, mãos cúmplices de dedos entrelaçados, confundem-se os instrumentos e soam assim magníficos. Como violinos e pianos.
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