sexta-feira, janeiro 25, 2008
Sou
Sou a favor do sabor do vento, sou a favor das ruas desertas, sou a favor de céus apinhados de estrelas, sou a favor dos risos das crianças e dos mimos, sou a favor das canções ouvidas, e das que ainda não ouvi, sou a favor das asneiradas e disparates, sou a favor dos sonhos, sou a favor das máquinas do tempo, sou a favor do cinema, sou a favor das mãos baralhadas, sou a favor dos risadas, sou a favor do mar, sou a favor dos patins e da neve, sou a favor das coisas saboreadas, sou a favor das noites acordadas, sou a favor do futebol à chuva, e dos golos marcados com a mão, sou a favor das brincadeiras nas poças de água, e dos raspanetes, sou a favor dos abraços, sou a favor das margens do rio, sou a favor do riso e do choro, sou viajante na própria imaginação, passageiro sem bilhete.
terça-feira, janeiro 22, 2008
Que eu não pago
- Eu não pago porque está constantemente a cair lixo no meu quintal, águas sujas, beatas e no outro dia até um preservativo lá foi parar.
- Todos temos as nossas dores, de certeza que cada um de nós, usando a lógica "sinto-me prejudicado então não pago", iria encontrar uma centena de razões para não pagar. A verdade é que além dos problemas de cada um, existem problemas comuns, que só são solúveis se todos cumprirmos as nossas obrigações.
- Pois, mas eu já fui informar-me e não pago, porque está sempre a cair lixo no meu quintal e água suja e até um preservativo já lá foi parar.
(uma hora e meia depois)
- Então posto isto, a A. vai cumprir as suas obrigações junto do condomínio ?
- Eu não pago porque está constantemente a cair lixo no meu quintal, águas sujas, beatas e no outro dia até um preservativo lá foi parar.
- Pronto eu confesso. O preservativo fui eu. A Ana entrou pela casa sem que eu estivesse à espera e só me deu tempo para esconder a miúda no armário e deitar o preservativo janela fora. Peço imensa desculpa, não volta a acontecer.
É que às vezes falta-me assim um bocadinho a pachorra para as mãos na cintura e a canasta à cabeça.
Corolário:
Hoje o pai vai levar para casa uns balões muito giros que se enchem de água e se podem atirar para o quintal da vizinha de baixo.
- Todos temos as nossas dores, de certeza que cada um de nós, usando a lógica "sinto-me prejudicado então não pago", iria encontrar uma centena de razões para não pagar. A verdade é que além dos problemas de cada um, existem problemas comuns, que só são solúveis se todos cumprirmos as nossas obrigações.
- Pois, mas eu já fui informar-me e não pago, porque está sempre a cair lixo no meu quintal e água suja e até um preservativo já lá foi parar.
(uma hora e meia depois)
- Então posto isto, a A. vai cumprir as suas obrigações junto do condomínio ?
- Eu não pago porque está constantemente a cair lixo no meu quintal, águas sujas, beatas e no outro dia até um preservativo lá foi parar.
- Pronto eu confesso. O preservativo fui eu. A Ana entrou pela casa sem que eu estivesse à espera e só me deu tempo para esconder a miúda no armário e deitar o preservativo janela fora. Peço imensa desculpa, não volta a acontecer.
É que às vezes falta-me assim um bocadinho a pachorra para as mãos na cintura e a canasta à cabeça.
Corolário:
Hoje o pai vai levar para casa uns balões muito giros que se enchem de água e se podem atirar para o quintal da vizinha de baixo.
segunda-feira, janeiro 21, 2008
AVISO
João Maria: Se eu descubro, sonho, ouço falar ou desconfio que voltaste a olhar para este blog, barro-te o acesso à internet. Gajas nuas, vá que não vá, agora este blog. Nem pensar.
Bom Domingo
Foi se calhar o sol o primeiro a dizer que aquele Domingo se faria gente. Que importa. Vamos todos para os patins e (quase) todos patinar. O Manel e o António em estreia, o João já meu cúmplice. O Domingo estava decididamente de estação trocada. Foi se calhar o mar que se fez fabuloso. Que importa. Aproveitamos-lhe a proximidade para o almoço. Às tantas os amigos, o passeio na vila bonita. Patins outra vez, e o Manel cada vez mais afoito apesar da evidente tendência do rabo se encontrar com o chão. Às tantas as queijadas da vila bonita.
As saudades que eu tinha de patinar. E de um Domingo decidido à medida que apetece. E do mar.
As saudades que eu tinha de patinar. E de um Domingo decidido à medida que apetece. E do mar.
domingo, janeiro 13, 2008
Parabéns
Ao 13º dia do mês de Janeiro, a Caixa de Costura tem o prazer e a imensa alegria de anunciar o nascimento do priméiro bébé de 2008 numa sala de partos de um hospital nacional.
Após 12 dias de recém nascidos que encheram as páginas dos jornais, por terem nascido em Badajoz, em ambulâncias, em serviços de urgência, em salas de espera, e em casa, hoje (face à ausência de notícias desta natureza) nasceu, com toda a certeza, um bébé numa sala de parto.
Aos pais e ao recém nascido, os meus mais sinceros parabéns. O bébé que não se preocupe por não ter sido notícia, já se sabe que não se pode ter sempre sorte (excepção feita para o João Soares que sobreviveu a um desastre de avião e ainda assim vai dando que falar aqui e ali), e portanto pode ser que seja notícia por frequentar uma escola que seja fechada.
Após 12 dias de recém nascidos que encheram as páginas dos jornais, por terem nascido em Badajoz, em ambulâncias, em serviços de urgência, em salas de espera, e em casa, hoje (face à ausência de notícias desta natureza) nasceu, com toda a certeza, um bébé numa sala de parto.
Aos pais e ao recém nascido, os meus mais sinceros parabéns. O bébé que não se preocupe por não ter sido notícia, já se sabe que não se pode ter sempre sorte (excepção feita para o João Soares que sobreviveu a um desastre de avião e ainda assim vai dando que falar aqui e ali), e portanto pode ser que seja notícia por frequentar uma escola que seja fechada.
quinta-feira, janeiro 10, 2008
Música
Tocou-lhe ao de leve, com a gentileza da fricção da crina do arco sobre as cordas, e na gentileza das cordas se fez música. E o coração a bater desconcertante, na euforia dos dedos sobre as teclas, na intensa inquietude dos martelos a percutir as cordas.
E sempre o som de melodias, cheias e imensas nas partituras, infinitas notas encruzilhadas entre espaços e linhas. Ténues as linhas de fronteira que sugerem o mar à terra, que propõem o sonho à realidade, que entregam as palavras à melodia. Reinventam-se então canções bonitas, letras e sons enredados, mãos cúmplices de dedos entrelaçados, confundem-se os instrumentos e soam assim magníficos. Como violinos e pianos.
E sempre o som de melodias, cheias e imensas nas partituras, infinitas notas encruzilhadas entre espaços e linhas. Ténues as linhas de fronteira que sugerem o mar à terra, que propõem o sonho à realidade, que entregam as palavras à melodia. Reinventam-se então canções bonitas, letras e sons enredados, mãos cúmplices de dedos entrelaçados, confundem-se os instrumentos e soam assim magníficos. Como violinos e pianos.
terça-feira, janeiro 08, 2008
Trailler
Nova aventura da mulher elástica dos incríveis, pelo António Maria.
Nos braços do sofá da sala, a mulher elástica bate-se heroicamente contra o maior dos dinossauros do cesto dos brinquedos. O dinossauro ameaça:
- Vou-te comer.
A ameaça não parece intimidar a heroína da história
- Olha que eu tenho umas mamas.
Com um golpe da mulher elástica, o dinossauro salta de uma altura de um braço de um sofá e cai inanimado no soalho, com um enorme estrondo.
Mamas elásticas. Aposto que ainda ninguém tinha pensado nisto.
sexta-feira, janeiro 04, 2008
Actualizações
na coluna da direita.
Um egómetro, para me darem muitas estrelas de votação, e acrescentei a Mad, que anda lá fora a lutar pela vida.
Um egómetro, para me darem muitas estrelas de votação, e acrescentei a Mad, que anda lá fora a lutar pela vida.
Que alívio
... senti quando soube desta notícia: "O PSD concorda com o cancelamento do Lisboa Dakar". Ainda bem, que eu estava muito preocupado com a opinião do PSD sobre o cancelamento. Já agora, gostava de saber quais são os partidos que concordam ou não com:
- O oceano Atlântico
- O oceano Pacífico (o oceano propriamente dito e o programa de rádio)
- A baía de Cascais (a canção dos delfins e a baía)
- O desaparecimento da Maddie
- O Natal em Dezembro
- A inexistência de Forcados Amadores no concelho de Mangualde
- A chave do Euromilhões
Obrigados
- O oceano Atlântico
- O oceano Pacífico (o oceano propriamente dito e o programa de rádio)
- A baía de Cascais (a canção dos delfins e a baía)
- O desaparecimento da Maddie
- O Natal em Dezembro
- A inexistência de Forcados Amadores no concelho de Mangualde
- A chave do Euromilhões
Obrigados
quinta-feira, janeiro 03, 2008
Mãe Natal
Guerra Junqueiro acima, com os três Marias soltos a pular entre carrinhos do Noddy, cavalos e eléctricos, daqueles que, com uma moeda de um euro, abanam durante dois minutos ao som de uma música infantil. Até que de repente a uns cinquenta metros lá estava a mãe Natal a distribuir qualquer coisa que não me apercebo.
Lá vão os três aos guinchos a chamar pela mãe Natal e uma vez junto dela dão-lhe abracinhos, fazem-lhe uma festa, perguntam pelo Pai Natal, querem explicações sobre o conteúdo das cartas que não foi atendido.
À medida que me aproximo da festa, noto que a mãe Natal tem um vestido estranhamente curto, um decote generoso, e aparentemente mais curvas que o próximo troço da CRIL. Algo mais me chama atenção, apesar dos miúdos lhe estarem a pedir um exemplar dos panfletos que ela generosamente distribui, ela insiste em vedar-lhes o acesso à publicidade. Grande cabra, já me está a irritar. Aproximo-me e digo-lhe:
- Bom dia Mãe Natal, não me diga que estes selvas não têm direito às lembrancinhas que está a distribuir.
A mãe Natal, com pouco mais de vinte anos se é que os tem, olha para mim, esboça um sorriso amarelado e diz num português atabalhoado com sotaque de Leste:
- Toma o senhor.
Estende-me um panfleto. Olho-o incrédulo. É de um clube de strip que promove a noite de fim de ano com um show erótico.
- Bom Ano então. MENINOS, deixem lá a Mãe Natal em paz, ela está muito cansada e já deve estar farta de meninos.
- Pois teve a ajudar o Pai Natal com as prendas. Pois foi pai?
Pois foi filho, pois foi.
Lá vão os três aos guinchos a chamar pela mãe Natal e uma vez junto dela dão-lhe abracinhos, fazem-lhe uma festa, perguntam pelo Pai Natal, querem explicações sobre o conteúdo das cartas que não foi atendido.
À medida que me aproximo da festa, noto que a mãe Natal tem um vestido estranhamente curto, um decote generoso, e aparentemente mais curvas que o próximo troço da CRIL. Algo mais me chama atenção, apesar dos miúdos lhe estarem a pedir um exemplar dos panfletos que ela generosamente distribui, ela insiste em vedar-lhes o acesso à publicidade. Grande cabra, já me está a irritar. Aproximo-me e digo-lhe:
- Bom dia Mãe Natal, não me diga que estes selvas não têm direito às lembrancinhas que está a distribuir.
A mãe Natal, com pouco mais de vinte anos se é que os tem, olha para mim, esboça um sorriso amarelado e diz num português atabalhoado com sotaque de Leste:
- Toma o senhor.
Estende-me um panfleto. Olho-o incrédulo. É de um clube de strip que promove a noite de fim de ano com um show erótico.
- Bom Ano então. MENINOS, deixem lá a Mãe Natal em paz, ela está muito cansada e já deve estar farta de meninos.
- Pois teve a ajudar o Pai Natal com as prendas. Pois foi pai?
Pois foi filho, pois foi.
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