Com o início da quaresma chegaram várias tarefas urgentes e importantes para fazer, que insistem em preencher-me quotidiano. Nem o Benfica eu vi jogar, e as noitadas de trabalho duram desde Segunda Feira.
Aproveito esta janela de oportunidade para escrever umas linhas.
Necessito de melhorar urgentemente a competência “Saber Dizer Não – faça-o com um sorriso, justifique a sua recusa e prontifique-se a encontrar alternativa a quem lhe solicita alguma tarefa”
Agora que penso na arte de dizer Não, reparo que há pouca gente que o saiba fazer com a elegância necessária. Uns porque dizem Sim e não conseguem contraria esta tendência para a nega, e outros porque dizem Não, mas à bruta. Fazem-no muito na linha “Não me chateies”, “Temos pena” ou “Tu deves ser atrasado mental”
Este, já se vê, devia ser um tema abordado logo antes da adolescência: “A arte da tampa”. Evitava tanta chatice entre os 13 e os 20 anos. Esta é a idade em que mais precisamos de dizer Não, não tendo porém estatuto para o fazer:
- André para a rua
- Stor, peço imensa desculpa mas neste momento é-me completamente impossível fazê-lo. Podemos adiar esta falta a vermelho para a semana que vem ? É que hoje não me calha nada bem.
- Está-se a rir de quê?
- Estou a sorrir stor. Para lhe demonstrar que não se trata de uma questão pessoal, antes de uma real impossibilidade. Se reparar até lhe estou a dar uma alternativa, não obstante o facto de estar a recusar a sua solicitação.
- Foi uma ordem.
- Compreendo, mas sinceramente, hoje não o posso fazer. Talvez o Carlos possa. Carlos, importas-te de atender a um pedido do professor, que eu hoje não tenho a menor hipótese de aceder.
- Desculpe lá Carlos, o André está aflito, tenho que recorrer a si. Rua.
- Por mim tudo bem. Eu sei que não é a mesma coisa, mas tudo bem.
E com os namoros, a coisa também prometia ser interessante ...
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