quarta-feira, novembro 08, 2006

Chico

“Para delírio das gerais
No coliseu
Mas
Que rei sou eu (...)“

O velho Francisco, de pose recta e figura esguia, olhos de um profundo azul. A dedilhar o violão em contador de histórias. Mulheres, censuras e futebol. Os sonhos e a "precisão das flechas nas folhas secas".
Ninguém te espera animal de palco, mas sábio. E sábio és. Não senti a falta de ouvir as que todos conhecem, antes atenção à palavra, à voz, aos arranjos. Uma mulher entre os músicos. Coisa tão rara. Também te emoldurou a voz. Dois nomes Chico Batera e Luis Cláudio Ramos serviram-me outros sons, passageiro da máquina do tempo.
Quase no fim, aquele recado enviado há tantos anos. Temo que o cravo tenha murchado pá. Tanto mar. Tanto amar.

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