domingo, abril 22, 2012

Ciclovias de Lisboa

Não há ninguém tão precoce como o Sirenes. Aos 6 anos consegue largar as rodinhas da bicicleta e existe uma forte possibilidade de largar as braçadeiras aos 7. Por este andar é capaz de largar as fraldas aos 8, aprender a ler aos 9 e a usar os talheres antes dos 12. É um fenómeno, o mais novo dos Marias. À conta de uma ascensão meteórica na arte de bem pedalar, podemos estrear a cinco, uma passeata de bicicleta pelas ciclovias de Lisboa. Uns inacabáveis 11 quilómetros que nos levaram ao Campo Pequeno, Campo Grande, Rotunda do Relógio, Feira do Relógio (aqui temi que o itinerário fosse abruptamente interrompido pela superior interesse da estreia na visita à feira. Prevaleceu o bom senso e continuámos a pedalar), Lumiar, Estação do Oriente e Expo. Tanta caloria queimada justifica que o passeio na zona da Expo tivesse como único propósito a descoberta de um local adequado à gastronomia e assim foi. Passeámos numa zona que mais parecia a alameda dos rodízios, o que provocou algum frenesim na putalhada, mas lá nos detivemos numa pizzaria que os hidratos de carbono são essenciais a quem faz tanto exercício. O regresso, e porque com o estômago cheio não convém pedalar para prevenir indigestões, foi feito de metro. Não saiu barata a brincadeira (quase o preço do almoço) e colocar 5 bicicletas numa carruagem é um puzzle de dificuldade equivalente a um sudoku de três estrelas. Chegámos a casa mais mortos que vivos que as estações de metro têm elevadores, mas não operam muito que a manutenção está pela hora da morte e a receita dos bilhetes aparentemente não chega para estes luxos. Tamanho cansaço que o sofá nos adormeceu a quase todos e, para compensar o esforço. no final do jantar, a ingestão de açucares aconteceu com naturalidade (à conta de pastéis de Nata da Aloma que ganharam recentemente importante distinção). Concluindo, e entre os 5, a aventura ciclista conferiu-nos uns 10 quilos extra, e outros tantos euros a menos na aquisição dos títulos de transporte do Metropolitano de Lisboa. A ciclovia é nossa amiga, porque nos dá muito semáforo para atravessar, muita pizza, muitos lisboa vivas, muitas calorias e sobretudo muito divertimento.

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