Sempre o disse, gosto de matemática. Dos conceitos como o de assíntota.
Assíntota de uma curva é um ponto do qual esta se aproxima à medida que se percorre a curva. Quando essa curva é o gráfico de uma função, as assíntotas são as rectas que acompanham a função quando alguma das suas variáveis anda perto de infinito. É deste conceito que gosto. Da proximidade de duas realidades perto do infinito. Como as rectas paralelas que dizem combinam encontrarem-se por lá. É deste conceito que gosto, do da companhia em lugares improváveis. E então, e assim já tudo pode ser matemática. Já me é permitido dizer que o pote de ouro é a assíntota do arco-íris, que o céu é a assíntota do mar no horizonte, e que a estrada é a assíntota da copa das árvores. São a companhia em lugares improváveis. Agora quero ser a curva de uma qualquer função de amor, e quero-te sim, assíntota nos lugares improváveis, tão perto de mim quando algo tende para o infinito.
4 comentários:
Que bela forma de explicar matemática e... a vida. Obrigada!
Não resisti. hoje mostrei aos meus alunos de 12ºano este texto. Abri a internet, procurei "caixa de costura" e projectei este post. Ficaram surpreendidos. Algumas arriscaram a dizer "Que lindo, professora!"
Claro que só depois de alguns exercícios bem resolvidos! Em jeito de prémio...
Olha eu cheio de orgulho de aparecer numa aula de matemática. Obrigado
Ah, querido amigo, só mesmo tu para me fazer sorrir com matemática e termos que jamais entenderei.
Fez-me entender a beleza que ainda desconheço.
Obrigada.
Enviar um comentário