É que anda confuso este verão. Diz que é do anti-ciclone. Talvez seja, tenho para mim que o tempo parou, contempla-se. Também as pessoas consomem os dias sem lhes tirar o proveito. Quantos dias se transformam em mais do que só dias ? O que mudaste no mundo hoje? Onde está a marca da tua mão ? Em que sonhos deixaste a tua voz ? Deixa-te ficar então, e nota os dias passar
Bibliografia:
Esplanada: “o tempo é quase nada", "o tempo é quase nada", "o tempo é quase nada”
Operário em Construção “e em cada coisa que via, misteriosamente havia, a marca da sua mão”
segunda-feira, julho 23, 2007
sexta-feira, julho 20, 2007
Ideia peregrina
Está ali no forum da aquariofilia, um aquário que é uma verdadeira pechincha. Desconfio é que não exista lá em casa, espaço para outro aquário daquele tamanho.
Talvez se o pusesse no sítio do fogão, ou como centro de mesa, ou então, .... hum ... se a Bimby tivesse um destino trágico ... se de repente se evaporasse, ficava ali um espaço mesmo à medida.
É melhor não, o desespero seria tão grande, que a progenitora da Bimby seria recebida pelo Papa e pelo Dalai Lama, e a fotografia da Bimby apareceria na próxima edição das aventuras de Harry Potter.
Talvez se o pusesse no sítio do fogão, ou como centro de mesa, ou então, .... hum ... se a Bimby tivesse um destino trágico ... se de repente se evaporasse, ficava ali um espaço mesmo à medida.
É melhor não, o desespero seria tão grande, que a progenitora da Bimby seria recebida pelo Papa e pelo Dalai Lama, e a fotografia da Bimby apareceria na próxima edição das aventuras de Harry Potter.
quarta-feira, julho 11, 2007
Deasabafos do irmão do meio
Centena
de milhar. Hoje deve aparacer por cá o visitante 100 000. Espero que não seja uma pesquisa frustada no google sobre "breasts" ou "bimby".
terça-feira, julho 10, 2007
Quebrar
.. princípios é um mau princípio, pode e deve ser quebrado. O Manel juntou-se ao João nas lides de "ocupação de tempos livres em tempos de férias" (na realidade tem ido sózinho, porque o João adoeceu no Domingo à noite).
O princípio quebrado, é o sportinguismo, uma vez que a colónia de férias é a do Benfica (estou doido para lhe comprar uma camisolinha rosa, lantejolas na gola, um bocadinho cintada, ligeiramente evasé, com um bordadinho inglês no cós, e mangas em balão).
Não obstante, o Manel lá vai feliz para a colónia do Glorioso.
- Pai. Sexta Feira vamos visitar o estádio e ver a águia vitória.
- Tem cuidado Manelinho. Olha que aquela águi é muito esperta. Se os meninos são do Benfica ela deixa-os fazer festinhas, mas se ela descobre que são do Sporting, quando eles se aproximam, dá-lhes uma bicada e come-lhes a gelatina dos olhos. Sabes aquele menino que de vez em quando encontramos na rua e que é ceguinho ? Sabes de que clube ele é ?
- Do Sporting
- Pois. Não tinha nada que se aproximar da Vitória.
O princípio quebrado, é o sportinguismo, uma vez que a colónia de férias é a do Benfica (estou doido para lhe comprar uma camisolinha rosa, lantejolas na gola, um bocadinho cintada, ligeiramente evasé, com um bordadinho inglês no cós, e mangas em balão).
Não obstante, o Manel lá vai feliz para a colónia do Glorioso.
- Pai. Sexta Feira vamos visitar o estádio e ver a águia vitória.
- Tem cuidado Manelinho. Olha que aquela águi é muito esperta. Se os meninos são do Benfica ela deixa-os fazer festinhas, mas se ela descobre que são do Sporting, quando eles se aproximam, dá-lhes uma bicada e come-lhes a gelatina dos olhos. Sabes aquele menino que de vez em quando encontramos na rua e que é ceguinho ? Sabes de que clube ele é ?
- Do Sporting
- Pois. Não tinha nada que se aproximar da Vitória.
segunda-feira, julho 02, 2007
Banana
No dicionário:
s. f., Bot.,
fruto bacáceo, de polpa mole, doce e agradável, que provém da bananeira;
ficha eléctrica individual;
s. m., fig.,
indivíduo sem energia;
pateta;
adj. 2 gén.,
palerma;
molengão.
É ao substantivo masculino e ao adjectivo que me refiro. Pior que isso, refiro-o para me identificar e qualificar. Faço-o à conta desta tendência para não matar uma má ideia à nascença só porque sei que a sua concretização é num futuro que se advinha longínquo.
Maio de 2006: “Se as notas do final do ano forem boas, podes fazer uma pijama party cá em casa.”
Reflexão nesse mesmo momento: O mérito até à faculdade, é uma obrigação, não deve ser premiado. Antes o demérito deve ser diagnosticado e corrigido. De qualquer forma não lhe ficava mal brilhar um bocadinho. Ter um ou outro “muito bom” para quebrar a maré de “bons”. Mas de que prémio estamos a falar. Uma pijama party ? O que é isso ? Convida um ou outro fedelho para vir de pijama cá a casa ? Caguei. O que quer que seja pode ser que não aconteça e se acontecer hei-de-me safar.
Junho de 2006 O estupor do miúdo chega com a boa nova. Um “el tuti”. Cada nota, cada “Muito Bom”. Trabalha por objectivos ? Só se esforça com cenoura à frente ?
A inevitável pergunta “Pode ser para o próximo fim de semana ?”
A reposta alivia-me a tensão. “Não é assim João Maria. É preciso primeiro arranjar um bom fim de semana para o evento, de preferência sem festas de anos, convidar os amigos, arranjar sítio para os teus irmãos irem e pronto. Fazemos a Pijama Party”. Se eu não dissesse nada nesta altura, teria que me calar para sempre. Acabo com a pijama party agora ? Claro que não. Banana. Banana. Banana. “Isto só deve ser lá para o Outono. Pode ser que se esqueça, ou que tenha tão más notas na 3ª classe que viabilizem a anulação da promessa.”
(...) férias (...) início das aulas (...) aniversários deles (...) natal (...) aniversários dos outros (...) carnaval (...) aniversários dos outros (...) páscoa (...) fins de semana em São Martinho. A promessa era de quando em vez relembrada mas de forma pouco consistente, quase diluída. Foi então, que num repente, aproveitando o facto de eu estar entretido com o novo aquário de 120 litros:
- Dia 30 fazemos a Pijama Party do João.
Não se tratava de uma pergunta, nem requeria qualquer validação, apenas uma comunicação interna.
Como que por magia, já existia a lista de convidados, devidamente validada com o João e os convites já estavam na mão dos destinatários. Seis meninos com o João.
- Não sei se conseguimos colocação para o Manel e para o António.
Sortes distintas para estes dois. O Manel conseguiu colocação em casa de um amigo (o irmão dele era um dos convidados do João, troca por troca, justíssimo portanto e até benéfico, porque o Manel é uma doce peste e o irmão convidado é uma paz de alma), o António manteve-se lá em casa para garantir que os níveis de equilíbrio não desciam abaixo do caos permanente.
A pijama party começou às 2 da tarde de sábado, hora a que ninguém está de pijama, a menos que esteja doente ou de ressaca. Até às 8 da noite os meninos e a menina foram aparecendo. Afinal não eram seis com o João, eram seis sem o João, sete portanto. Oito com o António. Mais a Ana nove, que também, garantiu o nível adequado de caos institucionalizado, promovendo o seguinte conjunto de actividades:
“Jogo de futebol na Alameda – a inteligência emocional aos 8 anos. Como lidar com a derrota, o insulto ao árbitro - pai do jogador, a expulsão, a agressão, e o relvado cheio de cocó de cão”,
“Workshop de cozinha italiana – faz a tua própria piza e espalha mozzarela pela cozinha e se conseguires pelo resto da casa”,
“O duche em linha de montagem. 7 duches em 7 minutos”
“O banho de emersão com espuma - o privilégio das meninas convidadas”,
“Mascara-te às dez da noite – o pijama não está com nada e as máscaras estão num caixote na mais alta prateleira mais do armário. O escadote e as dores de costas.”
“Actividades lúdicas depois das 11”
"Realidade Virtual: transforme 3 camas em 8"
"Aritmética divina: a multiplicação das almofadas e as fronhas quânticas"
“Sessão Prática: Como adormecer 8 selvagens em menos de duas horas e sem ultrapassar as três palmadas”
“ Sessão Radical – só para profissionais – Estancar uma hemorragia nasal às 5 da manhã, e contrariar a lógica de grupo ‘Já não temos mais sono, vamos jogar Playstation’”
“Sessão Extra: o sofá e as dores de costas”
“Sessão Matinal com Troféu – a higiene dentária em grupo, o pequeno almoço e os morangos com açúcar. Quem tomar o pequeno almoço mais afastado da cozinha, ganha uma menção honrosa.”
“Sessão Culinária – os segredos do esparguete à bolonhesa para 10 pessoas. A gestão do queijo ralado.”
Findas as actividades, foram abandonando aos poucos, até que às 19 regressámos ao sossego do lar: Só nós os cinco. Que paz. O João Muito feliz da sua pijama party, mas muito triste por já não estar com os amigos.
Acabou-se a bananice. Pijama party’s para os outros, só lá para os tempos de universidade e com estatuto de paridade: 50 % de raparigas, para equilibrar a tarefa dos banhos.
s. f., Bot.,
fruto bacáceo, de polpa mole, doce e agradável, que provém da bananeira;
ficha eléctrica individual;
s. m., fig.,
indivíduo sem energia;
pateta;
adj. 2 gén.,
palerma;
molengão.
É ao substantivo masculino e ao adjectivo que me refiro. Pior que isso, refiro-o para me identificar e qualificar. Faço-o à conta desta tendência para não matar uma má ideia à nascença só porque sei que a sua concretização é num futuro que se advinha longínquo.
Maio de 2006: “Se as notas do final do ano forem boas, podes fazer uma pijama party cá em casa.”
Reflexão nesse mesmo momento: O mérito até à faculdade, é uma obrigação, não deve ser premiado. Antes o demérito deve ser diagnosticado e corrigido. De qualquer forma não lhe ficava mal brilhar um bocadinho. Ter um ou outro “muito bom” para quebrar a maré de “bons”. Mas de que prémio estamos a falar. Uma pijama party ? O que é isso ? Convida um ou outro fedelho para vir de pijama cá a casa ? Caguei. O que quer que seja pode ser que não aconteça e se acontecer hei-de-me safar.
Junho de 2006 O estupor do miúdo chega com a boa nova. Um “el tuti”. Cada nota, cada “Muito Bom”. Trabalha por objectivos ? Só se esforça com cenoura à frente ?
A inevitável pergunta “Pode ser para o próximo fim de semana ?”
A reposta alivia-me a tensão. “Não é assim João Maria. É preciso primeiro arranjar um bom fim de semana para o evento, de preferência sem festas de anos, convidar os amigos, arranjar sítio para os teus irmãos irem e pronto. Fazemos a Pijama Party”. Se eu não dissesse nada nesta altura, teria que me calar para sempre. Acabo com a pijama party agora ? Claro que não. Banana. Banana. Banana. “Isto só deve ser lá para o Outono. Pode ser que se esqueça, ou que tenha tão más notas na 3ª classe que viabilizem a anulação da promessa.”
(...) férias (...) início das aulas (...) aniversários deles (...) natal (...) aniversários dos outros (...) carnaval (...) aniversários dos outros (...) páscoa (...) fins de semana em São Martinho. A promessa era de quando em vez relembrada mas de forma pouco consistente, quase diluída. Foi então, que num repente, aproveitando o facto de eu estar entretido com o novo aquário de 120 litros:
- Dia 30 fazemos a Pijama Party do João.
Não se tratava de uma pergunta, nem requeria qualquer validação, apenas uma comunicação interna.
Como que por magia, já existia a lista de convidados, devidamente validada com o João e os convites já estavam na mão dos destinatários. Seis meninos com o João.
- Não sei se conseguimos colocação para o Manel e para o António.
Sortes distintas para estes dois. O Manel conseguiu colocação em casa de um amigo (o irmão dele era um dos convidados do João, troca por troca, justíssimo portanto e até benéfico, porque o Manel é uma doce peste e o irmão convidado é uma paz de alma), o António manteve-se lá em casa para garantir que os níveis de equilíbrio não desciam abaixo do caos permanente.
A pijama party começou às 2 da tarde de sábado, hora a que ninguém está de pijama, a menos que esteja doente ou de ressaca. Até às 8 da noite os meninos e a menina foram aparecendo. Afinal não eram seis com o João, eram seis sem o João, sete portanto. Oito com o António. Mais a Ana nove, que também, garantiu o nível adequado de caos institucionalizado, promovendo o seguinte conjunto de actividades:
“Jogo de futebol na Alameda – a inteligência emocional aos 8 anos. Como lidar com a derrota, o insulto ao árbitro - pai do jogador, a expulsão, a agressão, e o relvado cheio de cocó de cão”,
“Workshop de cozinha italiana – faz a tua própria piza e espalha mozzarela pela cozinha e se conseguires pelo resto da casa”,
“O duche em linha de montagem. 7 duches em 7 minutos”
“O banho de emersão com espuma - o privilégio das meninas convidadas”,
“Mascara-te às dez da noite – o pijama não está com nada e as máscaras estão num caixote na mais alta prateleira mais do armário. O escadote e as dores de costas.”
“Actividades lúdicas depois das 11”
"Realidade Virtual: transforme 3 camas em 8"
"Aritmética divina: a multiplicação das almofadas e as fronhas quânticas"
“Sessão Prática: Como adormecer 8 selvagens em menos de duas horas e sem ultrapassar as três palmadas”
“ Sessão Radical – só para profissionais – Estancar uma hemorragia nasal às 5 da manhã, e contrariar a lógica de grupo ‘Já não temos mais sono, vamos jogar Playstation’”
“Sessão Extra: o sofá e as dores de costas”
“Sessão Matinal com Troféu – a higiene dentária em grupo, o pequeno almoço e os morangos com açúcar. Quem tomar o pequeno almoço mais afastado da cozinha, ganha uma menção honrosa.”
“Sessão Culinária – os segredos do esparguete à bolonhesa para 10 pessoas. A gestão do queijo ralado.”
Findas as actividades, foram abandonando aos poucos, até que às 19 regressámos ao sossego do lar: Só nós os cinco. Que paz. O João Muito feliz da sua pijama party, mas muito triste por já não estar com os amigos.
Acabou-se a bananice. Pijama party’s para os outros, só lá para os tempos de universidade e com estatuto de paridade: 50 % de raparigas, para equilibrar a tarefa dos banhos.
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