quarta-feira, junho 13, 2007

Lisboa - Alcochete - Montijo

Ontem foi dia sem criançada. Regressados de férias a cinco, selvas entregues aos doutos cuidados colegiais e tempo para passar a dois. O que é que se faz o que é que não se faz? E que tal um almoço no Guincho ? Não era mal pensado, mas estamos sempre a ir para os mesmos sítios e tal e coisa. E se fossemos ao deserto ?
Boa.
Viramos costas à criançada, e atravessamos a ponte rumo ao outlet do deserto que nunca lá fomos.
É láááá. Vê-se mesmo que aquilo foi construído com os petro-euros. Luxo faraónico. Arcos e fontes ali no meio das dunas. E lojas a perder de vista. Eu não gosto de me ver de túnica por causa dos pêlos das pernas, pelo que só andei a ver uns turbantes. A minha odalisca comprou uns véus e umas chanatas e vai daí, já com os pés a escaldar do calor da areia, rumamos até ao oásis mais próximo. Fórum Montijo. Estes gajos das arábias não olham a meios. Tudo à grande. Até fizemos as compras necessárias para afastar os stocks da dispensa do ponto de ruptura, que o de encomenda já lá ia há muito.
E se almoçássemos por aqui ? Aqui no deserto ? Pois. Não há-de ser o fim do mundo.
Lá encontrámos uma tenda que servia grelhados e enchemo-nos de peixes do deserto: sardinhas e bezugos. Os mouros foram expulsos pelo Afonso, mas aposto que negociaram a retirada com algumas receitas de peixe assado. Os infiéis não são maus na grelha.
Posto isto, regressámos à margem norte, rumo à civilização. Ainda me ofereceram uns camelos pela odalisca, mas, ao que sei, os camelos cheiram horrores, não fazem grande companhia e não têm muito jeito com a criançada.
Havemos de ir ao deserto mais vezes, estilo daqui a dez anos, para ver como é que eles evoluem. São tão giros.

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